"Eles" fizeram isso com a gente

 

Faz tempo que eu deixei de ter sonhos nítidos, que ficam na memória. Nesta madrugada, porém, sonhei algo que ficou com bastante nitidez.

Eu estava num restaurante - coisa rara, por causa da minha situação financeira. Comia alguma coisa, não lembro o que, quando um homem apareceu diante de mim, com expressão muito séria, e falou algo assim: "Coisa gostosa, não é?"

Reconheci um amigo que não via há anos. Estava vestido com aprumo, lembro desse detalhe. Eu o acolhi alegremente e gesticulei para que sentasse, pois a mesa estava vazia. Mas ele, de cara fechada, não aceitou o convite e foi embora sem dizer palavra. Pouco depois, acordei.

Ele é um dos amigos que eu perdi tempos atrás por razões políticas: um dos que aderiram ao pensamento de esquerda, PT e companhia, e que nos trouxeram a lacração, o cancelamento. Pela doutrina do pensamento único, você só presta se pensar como eles, tem que aceitar até que pisoteiem a nossa bandeira, como certa cantora fez recentemente.

Foi assim que vários amigos se afastaram de mim, levados pela doutrina de ódio e intolerância da esquerda radical.

Nem venham dizer que é a direita que espalha o ódio. A hostilidade dessa turma é contra a não-esquerda, e chamam tudo de direita embora existam o centro, centro-direita, centro-esquerda e posições independentes, até mesmo a linha anarquista que proclama que político nenhum presta e que se deve anular sempre o voto (como se isso resolvesse). E existem os volúveis, que votaram no Collor, no FHC, no Lula, no Bolsonaro e amanhã talvez votem no Lula, são os votos de ocasião e conveniência...

Eu só me declaro católico e conservador, mas para o radicalismo esquerdista sou da direita embora não seja.

E ninguém me diga que foi a direita quem dividiu o país em barreiras de ódio, pois já na década de 1980 eu vi o extremismo que o PT estava inoculando em nosso país. De lá para cá vi crescer o radicalismo em atos de violência e vandalismo e em discursos de ódio, que desprezam os fatos objetivos. Foram eles que criaram a lacração e até o absurdo "ódio do bem".

Impossível que o ódio leve a algum lugar a não ser o abismo. Pode ser chavão mas convém lembrar que só o amor constrói, aquele amor que o Redentor nos ensinou: "Amai-vos uns aos outros como Eu vos amei". E nosso tão estimado Papa Francisco já lembrou que o mundo não precisa de muros que dividem, mas de pontes que unem.

Eu nunca recusei amizade a uma pessoa por ser esquerdista, entendo que a posição política, religiosa ou moral deve ser respeitada. Infelizmente, não é isso que a militância esquerdista espalha no país e no mundo, e os cristãos conservadores são alvo frequente de perseguição, e agora mesmo a ditadura marxista da Nicarágua desenvolve horrível perseguição contra a Igreja Católica.