Ativistas denunciam a visita do chefe de gabinete do exército israelense e a "institucionalização da normalização"
Foi nesta segunda-feira , na praça em frente ao parlamento marroquino em Rabat, que os cidadãos marroquinos de direitos humanos e civis manifestaram num protesto popular, contra a visita pretendida do chefe do Estado-Maior do Exército israelense, Aviv Kohavi, a Marrocos, consideranda-a uma visita refutada, cujo objetivo é de “avançar nas relações políticas” e diplomáticas entre os dois países”, segundo a agência espanhola “EFE”.
As vozes de centenas de cidadãos, participando a vigília, gritando com palavras de ordem, denunciando a visita de Kochavi a Rabat, considerando esta visita ao Reino como “um novo crime decorrente da normalização das relações a custo do povo marroquino e palestino e contra todos povos e nações independentes” gritando por uma só voz: “ o que pertence a Marrocos pertence a Palestina... um povo só, não são dois”, “Marrocos é terra livre, o povo quer acabar com a normalização das relações com Israel ”.
Os manifestantes criticaram o "processo de normalização" pelo qual o Marrocos aderiu, a título dos "Acordos de Abraão" em dezembro de 2020, considerados como "acordos de desgraça e vergonha, de uma decisão imposta ao povo marroquino, rejeitado como uma obrigação religiosa , humana, civil e direito, mas também como um cumprimento e referência da história e da resistência contra todos tipos de discrimanação e colonização ", segundo os manifestantes da passeata.
O comunicado do Grupo de Ação Palestina, instituído sob a bandeira das atividades associativas e de direitos humanos, contra todo tipo da normalização, é caracterizado como “ crime a visita de Kohavi sem justificação, nem tolerância a título da lógica da defesa do Saara marroquino”. Cujo fato considerado sem “precedente na história das farsas de normalização para a nação marroquina”.
Tal comunicado, lido publicamente durante a manifestação, levantando “uma série de mensagens de raiva e condenação, da inequívoca rejeição e forte condenação desta visita”, segundo o grupo de manifestantes e ativistas, prontos a lutar com determinação para “purificar e expulsar os sionistas do Marrocos”, considerando que “esta luta popular vai julgada e responsabilizada todos os envolvidos nesta normalização com Israel”.
Tal manifestação considerou que “a recepção de Kochavi, e firmar uma parceria com os quais suas mães manchadas do sangue das crianças mártires da Palestina, sobretudo da Faixa de Gaza, onde 4 marroquinas inocentes, mártires, assassinadas um ano atras em decorrencia da agressão sionista, Ramadã de 2021; colocando as autoridades marroquinas numa posição de traição e negligência, perante o sangue marroquino, e fac a uma posição legal, moral e politicamente humilhante e ultrajante”, segundo o comunicado do grupo dos manifestantes.
Abdel Qader Al-Alami, coordenador do Grupo de Ação para a Palestina sumblinhou ter chamado “para esta manifestação e protesto, denunciar a recepção do oficial israelense no país, um dos criminosos de guerra, chefe do Estado Maior do exército sionista, ” explicando que “o povo marroquino rejeita qualquer visita deste tipo, referentes a alguem, cujos pés criminosos não deviam pisar o terreno marroquino”.
O ativista Alami, num comunicado junto ao jornal eletrônico Hespress:
“ deveria o Marrocos, que tem compromissos e posições árabes e internacionais em relação à questão palestina, não aceitar os criminosos de guerra, responsáveis do assassinato e crimes contra um grupo de marroquinos nas guerras travadas em Gaza”.
Por sua vez, Sion Asedon, um ativista marroquino de direitos humanos conhecido por sua anti normalização, considerou que “não passa uma semana sem apreender de desastres na Palestina e Marrocos; como se pode o Marrocos receber o Ministro da Defesa e Guerra de Israel, e seus soldados e turistas”, lamentando tal situação, cujo jornal Hespress tem escrito tal visita do “tsunami da normalização do sionismo e suas instituições”. cujo "povo rejeita fortemente, além dos slogans dos jovens nos estádios exprimindo suficientes este sentimento de rejeição e desaprovação".
Tais Líderes e ativistas antinormalização, dos quais a “Frente Marroquina em Apoio à Palestina e Contra a Normalização”, revelando que “o dia 18 de julho de 2022, vai ter percurssões sociais e politicas, em termos de identidade, de civilização, e posição marroquina … a caracterizar como um dia de vergonha, desgraça, uma catástrofe a titulo de insulto à história de Marrocos e ao povo marroquino, nos tempos passados e presentes, ao receber o maior terrorista e criminal sionista, Chefe de Gabinete do Exército de Guerra”, segundo o comunicado divulgado por parte da vigília do manifesante, concluindo suas ações simbólicas e slogns a titulo da rejeição da visita, ao “queimar a bandeira israelense e fotos de Kochavi”.
Lahcen EL MOUTAQI
Professor universitário-Marrocos