Países árabes e democracia: uma equação impossível?
Os desejos democráticos não pertencem apenas ao Ocidente, mas também a todos os povos, sejam marroquinos, argelinos e tunisianos, a condição que os direitos e as liberdades estejam garantidos.
Prescrever as sociedades magrebinas numa concepção universalista de direito, de justiça ou de democracia, leva a examinar os certos princípios universais do bem-estar comum da sociedade, em termos de como se constroem as normas jurídicas, os princípios de justiça, bem como as visões políticas.
Se abordar a questão no ângulo das ciências humanas e sociais, o estudo do direito permite analisar os elementos empíricos através dos quais as populações foram organizadas e governadas.
Esclarecendo ainda os dados contextuais a partir dos quais as normas jurídicas construídas, impostas, bem como foram recebidas e utilizadas de diferentes formas, sobretudo nas esferas sociais.
Interrogar sobre os parâmetros políticos e éticos de uma dada civilização, os que deveriam contribuir para o bem-estar coletivo, mas também individual. Cujo direito não existe sem atores sociais que os produzam e utilizem seu conteúdo.
Sem esta visão normativa desses mesmos atores, o desejo de estimular ou impor determinadas visões de mundo dentro do espaço público, demora incapaz do “bom” ou “justo” para a sociedade.
Se a norma jurídica tem suas condições sociais de produção dentro do campo de usos sociais, permitindo vincular a ideia de justiça a quem a produz ou utiliza.
Tratar deste tipo da democracia no mundo ocidental e arabe, sob o levantamento das seguintes lições.
Considerando o ponto de vista de que os povos possuem uma consciência inata, superando em profundidade e influência as teorias científicas, por isso se percebe seja de modo óbvio ou natural, vendo as mudanças radicais de atitudes em relação à democracia, não porque a eclosão de crises econômicas e vivas e anotadas nas pressões; mesmo se for o caso de muitos povos árabes; assumindo as responsabilidade no momento da razão face ao colapso da crença.
Volta)se a tratar de Quem se prevalece no tempo da crise: tendo em vista o cenário árabe, envolvendo algumas partes e regiões, cujas algumas condições de segurança e políticas sofrem do resultado de desastrosas divisões sectárias, ficcionais, partidárias e divisões sob a bandeira da prática democrática:
Tal mecanismo político, estratégico de meio conjugando com as peculiaridades e na vida de todos os Estados, sociedades e povos, do principal sistema de governança adequado para cada Estado ou sociedade.
Pergunta)se, se cada um possa se apropriar a dados países e povos, generalizando sobre as diferentes pessoas; ou das experiências dos países asiáticos cujos valores e governança ocidentais sejam a única maneira de construir países, desenvolver economias, alcançar desenvolvimento competitivo global e taxas de crescimento, bem como garantir segurança e estabilidade dos povos desses países .
Todas essas evidências confirmam que aceitar ou rejeitar a democracia não tem nada a ver com os árabes ou outros povos.
Porque ?
Os mecanismos de governança e políticos continuam sendo diferentes, como dissemos acima, de acordo com as sociedades e os povos, tal modelo ê suficientemente adequado para permitir a compreensão das variáveis ao redor do globo, explicando as mudanças na opinião pública árabe em direção à democracia desde o início das crises e guerras a partir de 2018.
Concluindo sobre esta estreita relação entre as repercussões do caos e turbulência eclodida em 2011, que o mundo assistiu; onde as consequências daquele passado recente e seus efeitos continuam surtindo efeitos até hoje ; em alguns países, enquanto outros países árabes e sociedades mantidos sob o custo das perdas ocorridas em diversas áreas e setores de desenvolvimento.
Lahcen EL MOUTAQI
Professor universitário - Marrocos