ESTUDO APLICADO A COMPREENSÃO E PRODUÇÃO DE GÊNEROS TEXTUAIS

UECE

geimesraulino@yahoo.com.br

Um gênero textual é uma combinação entre elementos lingüísticos de diferentes naturezas – fonológicos, morfológicos, lexicais, semânticos, sintáticos, oracionais, textuais, pragmáticos, discursivos e, talvez possamos dizer também, ideológicos – que se articulam na linguagem usada em contextos recorrentes da experiência humana, e que são socialmente compartilhados. (MOTTA-ROTH, 2005, p. 181).

A redação no vestibular, ou em qualquer tipo de concurso, de fato, já causou muito mais horror, tremores e bloqueios do que hoje. Dessa forma, com o tempo, aprendeu-se a conviver com ela, porém não se descobriram os seus segredos, não assinalaram suas técnicas, ela não adquiriu o sabor gratificante da convivência: tornou-se conhecida, mas não íntima.

É nesse objetivo que este Manual servirá como mediador para desenvolver no estudante aptidões, habilidades de (descrever, narrar e dissertar) e competências para se produzir textos respaldados nos padrões mínimos de objetividade, clareza, coerência e coesão. Percebe-se que as práticas de ensino de gêneros textuais têm à missão de desenvolver nos alunos competências analíticas e críticas dos contextos de uso da linguagem, sobretudo da modalidade escrita, de modo a se tornar capaz de analisar discursos, dinamizar habilidades e estratégias de compreensão, interpretação e produção de texto.

Observa-se com os argumentos expostos que o ato de redigir é de suma importância, para que se avaliem as deficiências ao escrever um determinado gênero textual e se reconheça conscientemente as limitações e necessidades, porque só através de muito esforço e dedicação que essas capacidades de redatores proficientes serão adquiridas ao passo que se motiva o aluno nesse processo de construção textual.

1.CONSIDERAÇÕES SOBRE O ESTUDO DE REDAÇÃO

Texto é uma unidade lingüística concreta, (...) um conjunto organizado de informações conceituais e procedimentais (instruções de como ligar essas informações), que media a comunicação. É um produto de um ato discursivo, isto é, está sempre marcado pelas condições em que foi produzido e pelas condições de sua recepção. Assim, o texto não funciona autonomamente, posto que depende da ação de quem o produz, e também de quem o recebe, ou seja, não traz em si todos os detalhes de sua interpretação. Em outras palavras, o texto funciona como o fio condutor que liga tenuemente o escritor ao leitor, permitindo a interação entre eles em uma situação comunicativa concreta. (CAFIERO, 2002:31).

Para Ilari (1997) o exercício de redação na escola é uma atividade pedagógica aparentemente fundamental no processo de formação dos educandos, na qual se gastam um esforço e um tempo considerável, sem que os principais interessados demonstrem, em compensação e em contrapartida um progresso efetivo.

O autor cita, ainda, três exigências quanto à satisfação de uma prática eficiente de redação:

1 – a importância da leitura dos “bons autores”;

2 - observação prévia, pelo aluno, dos “fatos” que são assunto da redação;

3 - certeza de que o aluno esteja efetivamente motivado para redigir.

A partir desses elementos, ele indaga que a importância da leitura, da observação e da motivação são coisas evidentes para qualquer educador interessado em problemas de redação ou outros, e posto que seu peso relativo pudesse ser discutido em função do grau de escolaridade, da idade dos alunos, das condições psicológicas em que se encontra a classe ao redigir, trata-se de ingredientes virtualmente presentes em qualquer exercício de redação bem-sucedido.

E, finalmente, no seu trabalho, Ilari expõe algumas concepções de redação:

o objetivo específico da redação como exercício escolar não é a correção gramatical;

o objetivo específico da aula de redação é a aplicação da língua em seus aspectos textuais;

a redação escolar é um exercício de roteiros associados a funções do texto;

a redação escolar é um exercício sobre registros lingüísticos;

o exercício de redação é um aprendizado de controle dos fatores de informatividade e redundância no texto;

o exercício de redação é um exercício de coesão interna do texto que se cria.

Concebe-se, por fim, que é necessário contextualizar a prática de redação em sala de aula com a situação sociocomunicativa do aluno e as condições cognitivas de produção na escola.

2. GÊNERO TEXTUAL E SUA ESTRUTURAÇÃO RETÓRICA

Um gênero compreende uma classe de eventos comunicativos, cujos membros compartilham os mesmos propósitos comunicativos. Tais propósitos são reconhecidos pelos membros especialistas da comunidade discursiva de origem e, portanto, constituem o conjunto de razões ( rationale ) para o gênero. Essas razões moldam a estrutura esquemática do discurso e influenciam e impõem limites à escolha de conteúdo e de estilo. (SWALES, 1990, p. 58)

O Texto Escrito e Oral

A luta que os alunos enfrentam com relação à produção de textos escritos é muito especial. Em geral, eles não apresentam dificuldades em se expressar através da fala coloquial. Os problemas começam a surgir quando este aluno tem necessidade de se expressar formalmente e se agravam no momento de produzir um texto escrito. Nesta última situação ele deve ter claro que há diferenças marcantes entre falar e escrever.

Na linguagem oral o falante tem claro com quem fala e em que contexto. O conhecimento da situação facilita a produção oral. Nela o interlocutor, presente fisicamente, é ativo, tendo possibilidade de intervir, de pedir esclarecimentos, ou até de mudar o curso da conversação. O falante pode ainda recorrer a recursos que não são propriamente lingüísticos, como gestos ou expressões faciais. Na linguagem escrita a falta desses elementos extratextuais precisa ser suprimida pelo texto, que se deve organizar de forma a garantir a sua inteligibilidade.

Escrever não é apenas traduzir a fala em sinais gráficos. O fato de um texto escrito não ser satisfatório não significa que seu produtor tenha dificuldades quanto ao manejo da linguagem cotidiana e sim que ele não domina os recursos específicos da modalidade escrita.

A escrita tem normas próprias, tais como regras de ortografia - que, evidentemente, não é marcada na fala - de pontuação, de concordância, de uso de tempos verbais. Entretanto, a simples utilização de tais regras e de outros recursos da norma culta não garante o sucesso de um texto escrito. Não basta, também, saber que escrever é diferente de falar. É necessário preocupar-se com a constituição de um discurso, entendido aqui como um ato de linguagem que representa uma interação entre o produtor do texto e seu receptor; além disso, é preciso ter em mente a figura do interlocutor e a finalidade para a qual o texto foi produzido.

Para que esse discurso seja bem-sucedido deve constituir um todo significativo e não fragmentos isolados justapostos. No interior de um texto devem existir elementos que estabeleçam uma ligação entre as partes, isto é, elos significativos que confiram coesão ao discurso. Considera-se coeso o texto em que as partes referem-se mutuamente, só fazendo sentido quando consideradas em relação umas com as outras.

Coerência Textual

Ao estudar a coerência textual em Koch (1997), percebe-se que o texto coerente é o estabelecimento de uma conexão semântica que resulta da articulação das idéias e, obviamente, é essencial para a compreensão do sentido global de um texto, isto significa que a intertextualidade é o fator de coerência importante no processo de cognição de um texto, advindo do conhecimento prévio de outras estruturas textuais.

Então, Koch e Travaglia (2003) abordam os diversos tipos de coerência, retomando para isso o texto de Van Dijk e Kintsch:

1. coerência semântica: que se refere à relação entre significados dos elementos das frases em seqüência em um texto ou entre os elementos do texto como um todo, em outras palavras, contradições de sentido entre expressões ou entre trechos dos textos;

2. coerência sintática: que se refere aos meios sintáticos para expressar a coerência como, por exemplo, os conectivos, pronomes, sintagmas nominais definidos e indefinidos etc. Na verdade, esse tipo de coerência nada mais é que um aspecto da coesão que pode auxiliar no estabelecimento da coerência;

3. coerência estilística: que se refere à obediência ao uso de apenas um ou outro estilo lingüístico. O usuário, normalmente, deve empregar em seu texto elementos lingüísticos (léxico, tipos de estruturas, frases, etc.) pertencentes ao mesmo registro. Entretanto, dependendo da intenção do falante, pode-se empregar conjuntamente um e ou outro estilos (esta mescla pode vir precedida de uma ressalva, como “se me permite o termo”);

4. coerência pragmática: que se refere ao texto visto como uma seqüência de atos de fala. Para o texto falado ser aceito como apropriado, é preciso que os atos de fala satisfaçam às condições presentes em determinada situação comunicativa. Por exemplo, se um pedido é feito, espera-se que o outro o atenda ou prometa que o atenderá ou, ainda, que recuse (entre tantas possibilidades). Não se espera, contudo, que o outro o ameace ou responda qualquer coisa que não tenha relação com o pedido. A menos que, nessa resposta imprevista (fora dos padrões da situação comunicativa), encontrem-se pistas para identificar a intenção do outro ao não obedecer a tais modelos.

É, por isso, que a compreensão dos aspectos intertextual no processo de interação comunicativa dos usuários da língua (falante, escritor/ouvinte, leitor) é cabal para se desenvolver as capacidades textuais básicas que para Charolles (1989) são habilidades importantes no ato comunicativo.

Nessa discussão Beaugrande & Dressler (1981) propõem que esse estudo se embase em sete princípios constitutivos para o estudo da textualidade que fundamentam as relações da atividade comunicativa textual, entre os quais: coesão, coerente, intencionalidade, aceitabilidade, informatividade, situacionalidade, e intertextualidade.

Além disso, esses padrões de textualidades funcionam integrados com três princípios reguladores: a eficiência, a eficácia e a adequação, cuja missão seria facilitar o monitoramento do processo comunicativo dos participantes.

Observa-se, pois, que a coerência e os aspectos textuais envolventes são fundamentais para a compreensão e a recepção cognitiva de textos, uma vez que se pode produzir textos orais e escritos coerentemente completos.

Coesão Textual

"A coesão não nos revela a significação do texto, revela-nos a construção do texto enquanto edifício semântico.” M. Halliday

A metáfora acima representa de forma bastante eficaz o sentido de coesão, assim como as partes que compõem a estrutura de um edifício devem estar bem conectadas, bem “amarradas”, as várias partes de uma frase devem se apresentar bem “amarradas”, para que o texto cumpra sua função primordial ? Veículo de articulação entre o autor e seu leitor.

A coesão é essa “amarração” entre as várias partes do texto, ou seja, o entrelaçamento significativo entre declarações e sentenças. Existem, em Língua Portuguesa, dois tipos de coesão: a lexical e a gramatical.

A coesão lexical é obtida pelas relações de sinônimos, hiperônimos, nomes genéricos e formas elididas. Já a coesão gramatical é conseguida a partir do emprego adequado de artigo, pronome, adjetivo, determinados advérbios e expressões adverbiais, conjunções e numerais.

Seguem alguns exemplos de coesão:

1. Perífrase ou antonomásia - expressão que caracteriza o lugar, a coisa ou a pessoa a que se faz referência.

Ex.: O Rio de Janeiro é uma das cidades mais importantes do Brasil. A cidade maravilhosa é conhecida mundialmente por suas belezas naturais, hospitalidade e carnaval.

2. Nominalizações - uso de um substantivo que remete a um verbo enunciado anteriormente. Também pode ocorrer o contrário: um verbo retomar um substantivo já enunciado.

Ex.: A moça foi declarar-se culpada do crime. Essa declaração, entretanto, não foi aceita pelo juiz responsável pelo caso. / O testemunho do rapaz desencadeou uma ação conjunta dos moradores para testemunhar contra o réu.

3. Palavras ou expressões sinônimas ou quase sinônimas - ainda que se considere a inexistência de sinônimos perfeitos, algumas substituições favorecem a não repetição de palavras.

Ex.: Os automóveis colocados à venda durante a exposição não obtiveram muito sucesso. Isso talvez tenha ocorrido porque os carros não estavam em um lugar de destaque no evento.

4. Repetição vocabular - ainda que não seja o ideal, algumas vezes há a necessidade de repetir uma palavra, principalmente se ela representar a temática central a ser abordada. Deve-se evitar ao máximo esse tipo de procedimento ou, ao menos, afastar as duas ocorrências o mais possível, embora esse seja um dos vários recursos para garantir a coesão textual.

Ex.: A fome é uma mazela social que vem se agravando no mundo moderno. São vários os fatores causadores desse problema, por isso a fome tem sido uma preocupação constante dos governantes mundiais.

5. Um termo síntese - usa-se, eventualmente, um termo que faz uma espécie de resumo de vários outros termos precedentes, como uma retomada.

Ex.: O país é cheio de entraves burocráticos. É preciso preencher uma enorme quantidade de formulários, que devem receber assinaturas e carimbos. Depois de tudo isso, ainda falta à emissão dos boletos para o pagamento bancário. Todas essas limitações acabam prejudicando as relações comerciais com o Brasil.

6. Pronomes - todos os tipos de pronomes podem funcionar como recurso de referência a termos ou expressões anteriormente empregados. Para o emprego adequado, convém rever os princípios que regem o uso dos pronomes.

Ex.: Vitaminas fazem bem à saúde, mas não devemos tomá-las sem a devida orientação. A instituição é uma das mais famosas da localidade. Seus funcionários trabalham lá há anos e conhecem bem sua estrutura de funcionamento. / A mãe amava o filho e a filha, queria muito tanto a um quanto à outra.

7. Numerais - as expressões quantitativas, em algumas circunstâncias, retomam dados anteriores numa relação de coesão.

Ex.: Foram divulgados dois avisos: o primeiro era para os alunos e o segundo cabia à administração do colégio. / As crianças comemoravam juntas a vitória do time do bairro, mas duas lamentavam não terem sido aceitas no time campeão.

8. Advérbios pronominais (classificação de Rocha Lima e outros) - expressões adverbiais como aqui, ali, lá, acolá, aí servem como referência espacial para personagens e leitor.

Ex.: Querido primo, como vão as coisas na sua terra - Aí todos vão bem - / Ele não podia deixar de visitar o Corcovado. Lá demorou mais de duas horas admirando as belezas do Rio.

9. Elipse - essa figura de linguagem consiste na omissão de um termo ou expressão que pode ser facilmente depreendida em seu sentido pelas referências do contexto.

Ex.: O diretor foi o primeiro a chegar à sala. Abriu as janelas e começou a arrumar tudo para a assembléia com os acionistas.

10. Repetição de parte do nome próprio - Machado de Assis revelou-se como um dos maiores contistas da literatura brasileira. A vasta produção de Machado garante a diversidade temática e a oferta de variados títulos.

11. Metonímia - outra figura de linguagem que é bastante usada como elo coesivo, por substituir uma palavra por outra, fundamentada numa relação de contigüidade semântica.

Ex.: O governo tem demonstrado preocupação com os índices de inflação. O Planalto não revelou ainda a taxa deste mês.

Tipologia Textual

Tudo o que se escreve recebe o nome genérico de redação ou composição textual. Basicamente, existem três tipos de redação: narração (base em fatos), descrição (base em caracterização) e dissertação (base em argumentação).

Cada um desses tipos redacionais mantém suas peculiaridades e características. Para fazer um breve resumo, pode-se considerar as proposições a seguir:

• narração – modalidade textual em que se conta um fato, fictício ou não, que ocorreu num determinado tempo e lugar, envolvendo certos personagens. Estamos cercados de narrações desde que nos contam histórias infantis como Chapeuzinho Vermelho ou Bela Adormecida, até as picantes piadas do cotidiano.

Ex.: Numa tarde de primavera, a moça caminhava a passos largos em direção ao convento. Lá estariam a sua espera o irmão e a tia Dalva, a quem muito estimava. O problema era seu atraso e o medo de não mais ser esperada...

• descrição – tipo de texto em que se faz um retrato por escrito de um lugar, uma pessoa, um animal ou um objeto. A classe de palavras mais utilizada nessa produção é o adjetivo, por sua função caracterizadora. Numa abordagem mais abstrata, pode-se até descrever sensações ou sentimentos.

Ex.: Seu rosto era claro e estava iluminado pelos belos olhos azuis e contentes. Aquele sorriso aberto recepcionava com simpatia a qualquer saudação, ainda que as bochechas corassem ao menor elogio. Assim era aquele rostinho de menina-moça da adorável Dorinha.

CONSIDERAÇÕES FINAIS

Com a realização deste trabalho, observa-se inúmeras contribuições no estudo aplicado à prática e compreensão de gêneros textuais a qual se verifica que os textos produzidos pelos alunos na suas diversas relações sociais são essenciais para dinamizar o processo de ensino-aprendizagem de leitura, compreensão e produção dos principais textos circundantes no nosso meio sócio-cultural.

Compreende-se, também, que o estudo do gênero é concernente a retórica dos textos tradicionalistas, isto é, “o gênero se caracteriza pela sua organização e desenvolvimento das noções ideológicas contidas no texto”. É nesse diapasão da Lingüística Textual que se argumenta e discute as formas retóricas, que são elementos substanciais, estilísticos e situacionais para o estudo da composição do gênero, uma vez que como assegura Compbele e Jamieson (1978) que “a reabilitação da retórica requer o deslocamento do estudo retórico do evento individual para o estudo das ações retóricas recorrentes”.

Dessa forma, faz-se imprescindível enfatizar a importância de métodos mais eficazes para a correção de redações escolares e de vestibulares que na acepção de Nogueira (2007) é necessário propor especificamente critérios que subsidiem aos professores mecanismos de correção das produções de seus alunos sem muitas dificuldades. É nessa ótica que Travaglia (2002) expõe que um bom texto não é aquele que apresenta, ou só apresenta, características literárias, mas aqueles que são adequados a situação comunicacional para o qual foi produzido, quer dizer, se a escolha do gênero, se a estrutura, o conteúdo, o estilo e o nível de língua estão adequados ao interlocutor e podem cumprir à finalidade do texto.

Pode-se através desses argumentos acreditar que o ensino de redação no vestibular, exige do professor um entendimento de que os gêneros, em geral, são constituídos de diferentes seqüenciais tipológicas (Gêneros Textual, Tipologia Textual e Espécies) que para Travaglia são elementos básicos na construção das tipologias e talvez dos textos, numa espécie de analogia como os elementos químicos, ligadas num pacto textual coeso e coerente.

Conforme Meurer (1996), não se pode negar a relevância dessas modalidades retóricas, porque funcionam como um reservatório de possibilidades de realizações lingüísticas ou repertórios sintático-funcionais usados para produzir textos específicos, posto que um mesmo texto pode incluir concomitantemente várias dessas modalidades.

A escola precisa se pautar no caráter comunicativo da linguagem, para se aproximar da noção de gênero, questionando à exclusividade do ensino de tipologia na escola, visto que não basta somente disponibilizar modelos, é fundamental um trabalho de análise e reflexão sobre o emprego do gênero. Até porque se precisa levar em conta o universo reduzido de leitura dos alunos em todos os níveis de ensino. Portanto, é urgente desenvolver no aluno habilidades discursivas para a produção de textos variados.

Conclui-se com essa discussão teórico-metodológica que é indispensável uma pedagogia de ensino de redação de vestibular, que faça o aluno: compreender, refletir, dissociar e produzir textos em consonância com a realidade sócio-comunicativa, com o objetivo enunciativo e estilo realizados na integração de forças históricas, sociais e institucionais, ordenando e estabilizando as atividades comunicativas do cotidiano.

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Obs: Este é apenas a condensação do texto do Manual de Redação que estou elaborando com exemplos de Gêneros Textuais mais aplicados na escola e mais solicitados nos exames de vestibulares.

Jeimes Paiva
Enviado por Jeimes Paiva em 27/11/2007
Reeditado em 05/03/2008
Código do texto: T755154
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