# Momento Itajubense - Bandido invade Paróquia São José, na Boa Vista, rende padre com faca e rouba R$ 600,00 e celular / Menina é proibida no SBT depois de mostrar apoio a Lula / Varíola dos macacos alcança 14 casos no Brasil *

Jornal virtual de Itajubá - Sul de Minas

Quarta-feira, 29 de junho de 2022

Homem armado com faca invade Paróquia São José Operário e rende padre

-Um elemento armado com uma faca invadiu a Casa Paroquial São José Operário, no bairro Boa Vista, neta terça-feira (28), rendendo o padre, de 59 anos, da igreja, para roubar dele quase R$600, a carteira e o celular. do padre. A carteira foi depois encontrada, mas o dinheiro levado e o celular não foram recuperados.

A Casa Paroquial São José Operário emitiu uma nota informando que o padre está bem sem ferimentos. A Paróquia alertou que caso alguém receba mensagens do número do padre, não atenda e não faça doações.

Qualquer suspeita pode ser comunicada com a polícia através do 190 ou na Casa Paroquial, pelo telefone (35) 3623-5401.

Menina que fez "L" de Lula no programa Sílvio Santos, foi proibida de voltar ao SBT

A menina Letícia Trevisan, 16 anos, que se tornou conhecida na internet depois de fazer o L de Lula, no auditório do programa de Sílvio Santos, foi proibida de voltar à TV. Apoiador do ainda presidente Jair Bolsonaro, Silvio Santos casou a filha Patrícia Abrevanel com o deputado federal licenciado e ministro das Comunicações - Fábio Faria. E seu canal defende abertamente o governo - especialmente o programa diário do Ratinho.

Proibida de voltar ao programa Sílvio Santos, a menina comentou que esteve pela --"terceira ou quarta vez na gravação do Sílvio. Um dia normal, já estou acostumada. Nos bastidores, todo mundo é muito educado, me recebem super bem, tem lanche.

A caravanista falou que é só pra eu dar um tempo por causa da política. Assim que baixar a poeira, ela vai conversar com eles e, provavelmente, vou poder voltar. Não era uma coisa intencional. Não sabia que a gente não podia falar de política, se manifestar. Não sabia que ia dar essa repercussão toda e ia prejudicar a emissora."

Brasil ultrapassa uma dezena de casos da varíola dos macacos

- O Brasil já contabilizou 14 casos confirmados de varíola dos macacos até o último dia 23 de junho, de acordo com informações do Ministério da Saúde.

Causada por um vírus do gênero Orthopoxvirus da família Poxviridae, que pode estar presente em roedores, a varíola dos macacos é uma doença rara e geralmente restrita às regiões central e ocidental do continente africano, mas os casos no Brasil vem aumentando.

E a doença (monkeypox, em inglês) não para de surgir neste primeiro semestre de 2022 em países onde não é endêmica, principalmente na Europa, EUA e mais recentemente na América Latina.

A Secretaria de Estado da Saúde do Paraná comunicou nesta quarta-feira, 29 de junho, que o Paraná possui três casos suspeitos de Monkeypox ou varíola dos macacos.

Trata-se de três homens com idades entre 27 e 39 anos residentes em Curitiba, Cascavel e Londrina. Os pacientes possuem históricos de viagem para São Paulo, França, Inglaterra e Turquia.

As amostras dos suspeitos foram coletadas e estão em processo de envio para o Laboratório Central do Estado (Lacen/PR), responsável pela articulação com o Ministério da Saúde para envio ao Laboratório de referência para casos desta doença, em São Paulo.

A Organização Mundial da Saúde - OMS - vem atualizando a quantidade de casos. Sua forma de transmissão e sintomas envolvem a doença “prima” do vírus da varíola comum, erradicada do planeta em 1980.

Transmissão

A monkeypox é considerada uma zoonose viral – o vírus é transmitido aos seres humanos a partir de animais -, com sintomas muito semelhantes aos observados em pacientes com varíola, embora seja clinicamente menos grave.

O período de incubação da varíola dos macacos é geralmente de seis a 13 dias, mas pode variar de cinco a 21 dias, de acordo com a OMS.

Apesar de pouco frequente, a varíola dos macacos pode afetar humanos e causar sintomas como calafrios, dor muscular e nas costas, cansaço excessivo e aparecimento de bolhas e feridas na pele, que podem coçar ou ser doloridas.

Uma questão que está intrigando especialistas é o motivo de o vírus estar se comportando de maneira diferente daquela estudada, já que, de acordo, então, com a OMS, a transmissão normalmente ocorria de forma esporádica em regiões específicas da África e de animais para pessoas.

A contaminação entre seres humanos, embora possível, era considerada pelos cientistas da entidade limitada até certo ponto.

Contaminação

“Nestes países com casos recentes, está havendo agora a confirmação de casos secundários, ou seja, pessoas que não viajaram para áreas endêmicas estão se contaminando por outras pessoas. Trata-se de um comportamento inusitado para esse vírus. É a primeira vez em que isso é relatado nesses lugares”, analisa o professor de doenças infecciosas e parasitárias da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), Marcelo Nascimento Burattini.

A transmissão da varíola dos macacos ocorre por contato próximo com lesões, fluidos corporais, gotículas respiratórias e materiais contaminados, como roupas de cama.

A OMS relata que a transmissão de humano para humano está ocorrendo entre pessoas em contato físico próximo com casos sintomáticos.

A varíola geralmente é autolimitada, ou seja, pode ser curada com o tempo e sem tratamento, mas pode ser grave em alguns indivíduos, como crianças, mulheres grávidas ou pessoas com imunossupressão devido a outras condições de saúde. O atual surto é classificado pela OMS como “altamente incomum”.

Atualmente, não há evidências de que o vírus tenha sofrido mutação para uma forma de transmissão sexual. “A transmissão é fundamentalmente por contato direto, por meio da secreção das vesículas, que são essas espécies de bolhas que surgem na pele, ou por contato muito próximo, por via respiratória, por exemplo”, reitera Burattini.

Controle do surto

O Centro para Controle e Prevenção de Doenças (CDC) dos Estados Unidos explica em seu site que, embora atualmente não haja tratamentos específicos disponíveis para a infecção por varíola, os surtos podem, então, ser controlados com medicamentos disponíveis no mercado, os quais foram aprovados e se mostraram eficazes contra a doença, entre eles o cidofovir, o ST-246 e a imunoglobulina vaccinia.

A varíola é causada por um vírus conhecido e que tem afetado comunidades por décadas, tendo, portanto, sido possível desenvolver vacinas e tratamentos.

Como o vírus da varíola do macaco está intimamente relacionado ao que causa a varíola, a vacina desenvolvida contra a varíola se mostrou eficaz para ambas as doenças, com, pelo menos, 85% de eficácia na prevenção da varíola dos macacos.

Posição da OMS

A OMS afirma, portanto, que algumas pessoas que receberam vacinas contra a varíola também podem ter certos níveis de imunidade, embora, em muitos países, essa vacinação tenha sido suspensa há quase 40 anos, quando a doença foi considerada erradicada.

Varíola dos macacos no Brasil

A saber, no Brasil, a varíola foi considerada erradicada em 1973, e a vacinação contra a doença foi suspensa em 1979.

Já a Agência de Segurança da Saúde do Reino Unido revela que, diferentemente de outras doenças contagiosas, a varíola dos macacos não se espalha facilmente entre as pessoas e que, em surtos anteriores, uma pessoa infectada transmitia o vírus, em média, para no máximo uma pessoa, de modo que os níveis de contágio eram muito baixos.

O professor Burattini ressalta que um dos maiores mistérios do avanço da varíola dos macacos neste momento é o número inesperado de casos e a dispersão rápida por diferentes países e continentes.

“Essa é uma doença que não deveria ter esse comportamento”, fala o pesquisador da Unifesp. Uma hipótese que deve ser considerada -e propriamente investigada – é a maior mobilidade, a ânsia por viagens e o maior contato entre as pessoas após os dois anos da pandemia de Covid-19.

Diagnóstico

O diagnóstico da varíola dos macacos pode ser feito por um infectologista ou clínico geral por meio da avaliação do histórico de saúde e dos sintomas apresentados.

No entanto, para a confirmação da doença, normalmente é realizada a coleta da secreção da ferida, que é analisada em laboratório por meio do teste de PCR, com o objetivo de identificar o vírus responsável pela doença.

Fonte: Unifesp