Um Trago!
Sentou à mesa do boteco
e pediu um trago. Vazio ...
O bodegueiro só de prosa
com a Rosa,
num 'flerte'.
Insistiu ... dá-me um trago!
Calma, que logo lhe trago!
Lembrou cigarro, fumou 1
fumou 2 fumou 3 e, assim,
fez-se a carteira ... inteira,
em brasas. Logo lhe trago!
Trago todos meus cigarros
e esse infeliz só de prosa ...
Desistiu, mas antes de sair
deitou em verso sua prosa
ao bodegueiro e sua Rosa:
- Rosa do meu jardim ... tu,
da rua, foste acolhida por
mim e agora ao invés de
esperar em nossa casa
por mim, fica ... assim,
com um bodegueiro,
até falando mal de
mim; pois fique cá,
que me vou à casa
onde já não mora
mais, a Rosa, que
trago no coração
hoje tão frio sem
o trago que a tua
prosa, já de mim,
bebeu.
Rosa aprendeu,
que o trago de
todo dia, não
era verso, só
era prosa, só
era pretexto
no contexto
de um afago
seu ... vazio.