# No Momento - Bolsonaro volta a questionar eleições e os Estados Unidos temem golpe # Covid volta a atingir Curitiba

Um jornal de atualidade

Sexta-feira, 29 de abril de 2022

"Agora estou vendo notícia na imprensa que não querem aceitar as observações das Forças Armadas. A gente não fala, nas observações, de voto em papel. Seriam nove observações que o TSE não basta apenas trazer para si. Tem que despachar."

Foi o que declarou ameaçadoramene o ainda presidente do Brasil, Jair Bolsonaro, nesta quinta-feira, em transmissão ao vivo pela internet. A declaração atesta a preocupação do Governo dos Estados Unidos com uma tentativa do golpe no Brasil

caso Lula ganhe as eleições presidenciais deste ano, o que vem sendo indicado por todas as pesquisas.

Bolsonaro lembrou que ocupa a posição de “Chefe Supremo das Forças Armadas” e disse manter relações por meio do Ministério da Defesa e de “conversas reservadas” com o alto comando.

Enquanto isto, o Governo Biden recebeu dossiê de acadêmicos advertindo contra uma 'versão mais extrema de ataque ao Capitólio', como a ordenada pelo ex-presidente Trump nos Estados Unidos, mas agora pelo ainda presidente Bolsonaro no Brasil.

No dia 6 de janeiro de 2021, apoiadores radicais de Trump invadiram o Congresso dos Estados Unidos para interromper a certificação do presidente eleito, Joe Biden.

Restam pouco mais de cinco meses das eleições no Brasil e altos funcionários do governo Joe Biden e do Congresso dos Estados Unidos receberam, nesta semana. um relatório em que diversos acadêmicos e instituições da sociedade civil, do Brasil e dos EUA avisam para se manter vigília sobre o mesmo risco nas eleições brasileiras.

--"Bolsonaro está criando condições para um ambiente eleitoral muito instável e, se perder, o mundo deve lembrar o ataque de 6 de janeiro de 2021 ao Capitólio dos EUA e estar preparado para testemunhar uma versão provavelmente mais extrema disso no Brasil", afirma o documento de 25 páginas informado à BBC News Brasil.

O relatório aponta semelhanças entre o comportamento de Bolsonaro e o do ex-presidente americano Donald Trump para chamar a atenção do governo dos EUA.

"Reminiscente da retórica de Trump em 2020, Bolsonaro já disse que pode não aceitar os resultados da eleição de 2022, criando um terreno fértil para desinformação e atos extremistas", afirma o documento.

Acresce que o presidente brasileiro continua repetindo acusações sem provas de Trump sobre fraude eleitoral nos EUA e até hoje não cumprimentou oficialmente o sucessor do republicano, o democrata Biden, depois de atacá-lo .

Não bastasse, Bolsonaro fez campanha aberta pelo voto impresso e chegou a promover um desfile de tanques em Brasília enquanto o Congresso decidia sobre como aconteceria a votação para presidente e Congresso e governadores do Brasil, deste ano.

Depois de um mês, Curitiba volta a ter mais de mil casos ativos de Covid-19

A Secretaria Municipal da Saúde de Curitiba registrou, nesta quarta-feira (27), 357 novos casos de Covid-19 e dois óbitos de moradores da cidade infectados pelo novo coronavírus. Um desses óbitos foi nas últimas 48 horas. Ontem, também, a cidade voltou a registrar mais de mil casos ativos. Eram 1.021 casos ativos na cidade, correspondentes ao número de pessoas com potencial de transmissão do vírus.

O número voltou a subir nas últimas semanas. A última vez que a cidade contava mais de mil casos ativos foi no boletim 661, do dia 25 de março, quando eram 1.435 os ativos. No boletim seguinte, 0 662, do dia 28 de março, eram 998.

A evolução dos casos ativos coincide com o período da desobrigação do uso de máscara em ambientes fechados e abertos, em meados de março. Mas, mesmo assim, a alta ainda acontece em menor velocidade que em outros períodos da pandemia.

Outro fator importante é que a gravidade dos casos de Covid-19 tem se mantido baixa. Ontem, a taxa de ocupação dos 15 leitos de UTI SUS exclusivos para Covid-19 estava em 27%. Restavam 11 leitos livres. A taxa de ocupação dos 35 leitos de enfermarias SUS Covid-19 estava em 11%. Havia 31 leitos vagos.

No auge da contaminação, Curitiba chegou a ter 16 mil casos ativos. Isso foi no começo do ano, durante a onda de contaminação causada pela variante Ômicron, logo depois das festas de fim de ano.

Zulcy Borges e editor e jornalista diplomado
Enviado por Saskia Bitencourt em 29/04/2022
Reeditado em 29/04/2022
Código do texto: T7505574
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