Confissão de Julieta - CAP II
Eu estava muito distraída, leve, sendo eu mesma, sabe?... E fui até ele, ele já estava olhando pra mim, sorrindo, sei lá, não havia porquê de querer saber nada... A noite estava quente, a lua no céu, mágica como são as noites de verão, cheiro de dama-da-noite vindo do jardim... Ele não se esquivou... Ele veio olhando pra mim, se aproximando lentamente, sorrateiramente e quando me dei conta, os seus lábios se aproximaram dos meus em um beijo leve e doce, e todo aquele sentimento reprimido parecia ter rebentado em uma tempestade de mil rosas voando entre nós e tudo era paz...
Era como se tivesse acabado uma guerra!
Conversamos tanto aquela noite...
Eu me perdi nos seus olhos milhares de vezes...
Havia um sentimento de recompensa tão latente em mim, eu me senti forte e frágil, preenchida... Me senti no lugar certo, na hora exata, parece que as peças haviam sido encaixadas e então naquele momento eu tive certeza que o céu havia olhado para mim...
Eu queria prestar mais atenção em coisas que ele me dizia mas eu só queria fechar meus olhos e fazer uma oração. Eu senti o amor e o cuidado de Deus sem perceber que Ele já estava ali e parece que Ele sussurrou ao meu coração: “Filha, não precisa ter pressa, esse momento é seu e eu o preparei para você!”