Sobre populações, estereótipos e correlações
As teorias racistas estão intrinsecamente equivocadas porque se baseiam principalmente na ideia de que características raciais ou físicas têm uma relação de causalidade com comportamentos, como se, por exemplo, a cor da pele fosse causal a uma maior ou menor propensão a cometer atos violentos.
Ainda assim, existem correlações específicas de comportamentos em populações humanas que, de qualquer maneira, não legitimam essas tais teorias. Por exemplo, a maior proporção de japoneses que são introvertidos, que não é apenas resultado da cultura do país em que vivem, se os traços psicológicos também são geneticamente transmissíveis. Por isso, se você selecionar um indivíduo japonês, de maneira aleatória, há uma maior chance de ele ter um temperamento introvertido; também é possível afirmar que, um casal de japoneses têm mais chances de ter filhos introvertidos, e isso não significa que o fenótipo racial nipônico está tendo qualquer causalidade com esse tipo de personalidade, mas que estão mais propensos a coexistirem dentro de um mesmo contexto correlativo. Portanto, mesmo que o racismo seja moral e intelectualmente errado, os (mais) racistas ainda não estão equivocados sobre tudo, pelo menos em relação à possibilidade de validação de estereótipos de grupos humanos, especialmente os que estão mais precisos.