Duas estratégias de debate ou confrontação intelectual: trincheira e ataque frontal
Pela estratégia ou tática de trincheira, o debatedor se posiciona sempre de maneira defensiva, buscando preservar-se, ou os seus posicionamentos o máximo que conseguir, sem nunca "dar o braço a torcer", isto é, sem jamais aceitar pontos válidos do oponente, por interpretá-los como tentativas de avanço inimigo no seu ''território''. Essa tática tem como principal intenção cansar o oponente e não de se chegar a um consenso ou mesmo a uma verdade. Por isso, até o uso de falácias lógicas é recomendado, se a finalidade de uma trincheira é impedir o avanço do "inimigo" enquanto também demarca posição, tentando avançar lentamente.
A estratégia de ataque frontal, por sua vez, requer um conhecimento sobre o oponente, especialmente no que ele está mais certo e mais errado, já que consiste em uma investida direta, de avanço no território ''inimigo' em que é necessário conhecê-lo para não acabar encurralado ou derrotado. Essa é uma tática em que a melhor defesa é o ataque, porque visa "destruir" ou "desarmar" o oponente ao invés de apenas se defender. Pois se a escolha for pelo seu desarmamento, usará argumentos que buscam paralisar ou limitar seu potencial de argumentação. Já se for por sua "destruição", usará argumentos que colocam em cheque a validade moral ou factual dos seus posicionamentos, de buscar deslegitimá-los por completo.
No cenário atual, de polarização ideológica, a tática que tem sido mais usada é a de trincheira...