Pensamentos sobre hereditariedade e expressão fenotípica
De traços físicos e comportamentais...
Alerta de pedantismo crônico
Maior a pressão seletiva de um traço ou de um conjunto de traços,
especialmente se for a longo prazo, maior sua prevalência sobre uma
determinada população e, portanto, de hereditariedade.
Por exemplo, a distribuição homogênea da cor dos olhos entre os
nativos do norte da Europa (80% ou mais de olhos claros).
Outro exemplo, um casal heterossexual e branco com níveis similares de
capacidades cognitivas, nascidos na mesma cidade e oriundos de uma
mesma população etnicamente homogênea. Aí pressupõe-se uma tendência
de maior hereditariedade de transmissão desses traços para os seus
hipotéticos filhos, por causa dessas semelhanças.
Agora, quanto mais variável for a pressão seletiva de um traço ou de
um conjunto de traços, maior sua aleatoriedade hereditária dentro de
uma determinada população.
Por exemplo, a distribuição mais aleatória da cor dos olhos nas
populações nativas de alguns países europeus, como a França e a
Hungria (~60%-40%/50%-50% de olhos claros e escuros).
Novamente o exemplo da inteligência: um casal heterossexual e
multirracial (homem branco x mulher negra) com níveis discrepantes de
capacidades cognitivas e com origens distintas (ele nasceu nos EUA e
ela na Nigéria). Pressupõe-se, então, uma maior tendência de
aleatoriedade hereditária de transmissão desse e de outros traços
comportamentais para os seus filhos hipotéticos.
Por fim, menor a pressão seletiva de um traço ou de um conjunto de
traços, menor a sua presença fenotípica dentro de uma população.
Exemplo, incidência incomum de olhos azuis na população subsaariana.
Ou um casal heterossexual em que ambos apresentam capacidades
cognitivas mais simples, resultando numa menor probabilidade de que
seus filhos hipotéticos nasçam com maior potencial cognitivo.