A falta de empatia nas relações sociais no Brasil
A empatia, segundo o neuropsiquiatra Viktor Frankl, é a possibilidade do sujeito tornar-se capaz de se colocar no lugar do outro, sentir o que o outro sente e compreendê-lo. Ela, apesar de ser exercida diariamente por muitos brasileiros, ainda está muito deficiente em outra grande parte da população, haja vista tantos tristes casos de crueldade entre as pessoas e um certo conformismo de outras com essas atitudes. Esses atos podem ser explicados pelo desinteresse estatal em fomentar uma educação integral e um desleixo à conscientização dessa problemática nas redes sociais, que são lugares onde discursos de ódio são muito disseminados.
De início, é importante falar acerca do ensino tecnicista adotado pelo Estado brasileiro. Segundo Huberto Rohden, um grande expoente da filosofia nacional, em suas obras, nenhum governo se interessa pela educação do Eu, mas apenas pela instrução do ego, isto é, não há uma formação que vise o autoconhecimento do aluno de forma que o faça buscar ser essencialmente bom, mas que apenas procure seguir as regras legislativas. Esse débil paradigma é culpado por grande parte dos indivíduos agirem de modo ruim e apático para com outros cidadãos.
Ademais, a maneira como muitos internautas veem as redes sociais como "terras sem lei" é um perigo, já que esses acham-se no direito de comportarem-se de modo insensível contra os outros. Um exemplo é o caso do filho da cantora Walkyria Santos, que suicidou-se após comentários depreciativos em sua página. Casos como esse corroboram para a percepção de quão frágil são esses sites em elucidarem às pessoas que é errado esse tipo de abordagem.
Portanto, é necessário que o Ministério da Educação una, em conferência, educadores para uma revolução no sistema educacional capaz de resolver o problema exposto por Rohden. Com essa atitude, o Brasil garantirá um trabalho reflexivo nos estudantes que desencadeará em brasileiros bons que visam o fazer o bem sempre, mitigando o problema da falta de empatia. Assim, teremos uma sociedade empática, que, como definiu Frankl, sente e compreende a dor de outrem.