Um povo massacrado há 60 anos
Tecendo leitura passado-presente, quiçá, hoje, Cuba enfrente o pior de seus momentos. Conforme noticiado pelo canal Euronews em data de 12.jul.2021, manifestantes foram às ruas clamar por liberdade em diversas cidades cubanas, Havana inclusive (fortes protestos em frente ao edifício do capitólio).
Recorde-se que, na década de 1950, guerrilheiros tomaram o poder, resultando na queda do ditador Fulgencio Batista. O sistema comunista tomou o poder na ilha, sob liderança de Fidel Castro, Raúl Castro e Che Guevara, com perseguição brutal aos opositores. Não se tem como precisar o número de mortes. Contudo a confissão do guerrilheiro argentino Che Guevara, em discurso na ONU em 1964, foi assaz significativa.
De acordo com o portal Jornalistas Livres: “ ‘Pátria o muerte!’, com essa frase o então Ministro da Indústria de Cuba, Ernesto Che Guevara, encerrou seu discurso em 11 de dezembro de 1964, perante a Assembleia Geral das Nações Unidas”. Até a rutura do regime soviético, na década de 1990, a situação se encontrava relativamente sob controle.
No entanto, após a perda do apoio da URSS para compensar os embargos comerciais e de serviços norte-americanos impostos, a vida do povo cubano se tornou mais sofrível: além da perda das liberdades civis elementares, a população padece do mínimo vital desejável em termos de alimentação e medicamentos.
A partir de 2020, a crise sanitária internacional intensificou os problemas, levando à população às ruas em 2021. Hoje, Cuba se encontra na posição 171 no índice de liberdade de imprensa (de um total de 180 países).
Nada disso impediu as recentes manifestações por mais liberdade, mais comida, mais remédio, principalmente, pelo fim do regime totalitário comunista em Cuba. Não se pode ser indiferente à escravidão do povo cubano.
@engenhodeletras