Preconceito Linguístico

Hodiernamente já é de conhecimento geral que a população brasileira foi formada através de uma miscigenação. Consequência disso são as diversas raças, culturas, religiões e, da mesma forma, dialetos encontrados no nosso país. Sobre o último, muito se discorre a respeito do preconceito linguístico e a xenofobia realizada por uma pequena parcela da população, fruto de uma obsolescência intelectiva.

"Cada qual considera bárbaro aquilo que não é da sua Terra”, a fala do filósofo Michel Montaigne, que viveu no século XVI, relaciona-se perfeitamente com o preconceito linguístico que vemos ainda nos dias de hoje em detrimento das variedades linguísticas existentes dentro de um mesmo território.

O autor Marcos Bagno, em sua obra "Preconceito linguístico, o que é, como se faz" analisa algumas falas que contribuem para que esse preconceito persista, a saber: "O certo é falar assim porque se escreve assim" ou "O lugar onde melhor se fala português no Brasil é o Maranhão" são alguns exemplos de mitos sobre o preconceito linguístico.

Dado o exposto, fica evidente que o Brasil, por possuir dimensões continentais fica suscetível a variações do idioma pelas particularidades regionais principalmente. Entretanto, vale lembrar que todas as variações linguísticas são legítimas e devem ser consideradas um tesouro cultural e não um motivo de exclusão social ou chacota.

K_Karen
Enviado por K_Karen em 04/06/2021
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