As posições do Conselho de Segurança incita a Paris apoiar, Rabat no Saara marroquino
Desde a última sessão do Conselho de Segurança, organizada com apelo da Alemanha sobre o saara ocidental, a "Polisário" não conseguiu chamar a atenção da comunidade internacional, insistindo dar atenção a outras agendas prioritárias, uma vez a atenção se dirige para a sessão de 21 de abril, visando o exame da situação da zona tampão, na qual o Marrocos aposta sobre a posição da União Europeia em relação aos últimos passos.
Destacando a posição da França na próxima sessão, aliado estratégico de Marrocos, uma vez que Rabat aguarda uma posição clara sobre o reconhecimento americano da soberania marroquina, coincidindo com a abertura de consulados nas províncias do sul, esperando que Paris responde aos interesses franceses, bem como ao passos da determinação da União Europeia em formular uma posição comum, alinhando a posição americana.
A posição de Paris sobre a questão do Saara é conhecida, pois apoia a proposta de autonomia, apresentada por Marrocos, e também apoia a assinatura de um acordo de pesca entre o Reino e a União Europeia, incluindo as águas, fazendo fronteira com as terras do Saara marroquino.
O analista político e midiático, sr Mustafa Tousa acredita que “pode-se entender que as autoridades francesas têm resultado em abrir um consulado na cidade de Dakhla, reconhecendo plenamente o caráter marroquino do Saara, uma vez que Paris continua ainda no sentido de formular a sua posição definitiva, em harmonia com a era, após o reconhecimento americano do Saara marroquino. ”
O analista político baseado em Paris sublinhou, numa declaração dirigida junto ao Hespress, que “há dois fatores principais, por trás da paciência das autoridades francesas a não reconhecer o saara marroquino a exemplo dos EUA; o primeiro é a insistência de Paris em manter relações equilibradas com os países do Magrebe e a ausência de uma vontade francesa para romper com o regime argelino.
A este respeito, o Sr Tousa considerou que “a França, atualmente decidida a tentar abrir uma reconciliação histórica com a Argélia, dando um apoio político em relação à fase de transição. Paris, bem ciente de que, assim que os franceses conhecem plenamente o Saara marroquino, o regime argelino ia engajar no sentido de prejudicar ou ameaçar os interesses franceses.
O segundo fator, tal a paciência da França, em relação à abertura de um consulado no Saara marroquino, segundo o mesmo analista, pode estar relacionado com a sua espera da formulação da posição europeia de forma comum, mais eficaz e credível para com os países litigantes do Magrebe. Tal posição europeia não foi alcançada ainda em virtude das agendas conflitantes da Alemanha, França e Espanha.
Sr Al-Toussa destacou finalmente que Paris ativou a sua máquina diplomática para apoiar a proposta de autonomia nos foros internacionais, considerando tal posição a única solução para sair desta crise, acreditando que essa solução deve ser aprovada pelas Nações Unidas, seja “um passo para envolver a opinião de Paris, antecedendo ao pleno do reconhecimento do Saara marroquino, e uma abertura futura de um consulado em Dakhla.
Lahcen EL MOUTAQI
Professor unversitario, Rabat, Marrocos