O drama dos agricultores de "Arja", nordeste  revela a hostilidade de Argel contro o Marrocos

O clima de tensão entre Marrocos e Argélia remonta a alguns semanas,  passando a afetar a zona fronteiriça, resultado de movimentação perto das cidades marroquinas orientais, informando da expulsão  dos camponeses de Figuig, com o apoio do exército argelino, que fisou seus pés na zona de "Arja".

Não se trata da primeira vez, que a questão da fronteira levantada pela diplomacia argelina, sendo durante a década de noventa do século passado, o fato  tem desencadeado o atentado terrorista de Marrakesh (1994), motivo do fechamento instantâneo das fronteiras, até os dias atuais.

Tal decisão argelina de intervir na altura de Fiquig deixou para trás o ressentimento de uma série de cidadãos, dependendo das plantas de palmeiras nesta zona “Al-Arja e Ould Soliman”, única fonte de sustento deste nômades, ficando num lapso  de tempo de noite ao dia sem nada, além do difícil clima nesta região desértica.

As “decisões argelinas ligadas al Mouradia” afetam sempre os dois lados, cujo impacto de subsistência prejudica os “marroquinos e argelinos na fronteira”, sobretudo nas atividades económicas e com a ausência de alternativas de emprego ao longo da faixa fronteiriça.

Al-Sharqi Al-Khatri, professor de ciência política considerou que o Marrocos adota uma política de fronteiras seguras, usando um sistema de monitoramento moderno, tratando os recentes acontecimentos da região oriental como realidades que surgem no contexto da hostilidade normal da Argélia, da tentativa para nutrir a ideologia política e de hostilidade contra os povos da região.

Sr Al-Khatri, numa artigo ao jornal online Hespress, considera que a Argélia não deixa nenhuma ocasião a não ser para levantar os abalos nas relações; uma vez  que o Marrocos se comporta de forma distanciada, movendo de forma calma sem turbulências, longe de qualquer planejamento aleatório.

O Investigador considerou que o levantamento da questão da implementação dos requisitos do acordo de demarcação de fronteiras firmado entre os dois países em 1972,  publicado no Diário Oficial em 1992,  incluindo muitos itens, prazos e coordenadas de demarcação,  vem na tentativa de empregar táticas e ignorar falhas em muitas frentes, seja interna ou externamente.

Tal pesquisador afirmou que o vizinho oriental do Reino que passa por uma série de crises sociais e econômicas,  tenta preencher suas lacunas com muitas peculiaridades. Quanto ao Marrocos, ele adopta uma estratégia silenciosa, de acordo com uma diplomacia de smart power, das relações internacionais, sublinhando que a força de Marrocos reside na sua entrada na linha dos assuntos regionais e internacionais.

Finalmente, o Professor Al-Khatri sublinhou que este procedimento visa reciclar os anéis de mobilização contra o Marrocos. Numa altura que o Reino adopta a postura de silêncio diante da ausência de estabilidade política na região, sem ser arrastado ao nível da questão das fronteiras para com a  vizinha Argélia.

Lahcen EL MOUTAQI

Professor universitário, Marrocos

ELMOUTAQI
Enviado por ELMOUTAQI em 20/03/2021
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