Canavial de Ilusão!

O sol desponta no horizonte mais forte do que nunca.

Seus raios lentamente acariciam os rostos dos cortadores de cana, que simultaneamente se protegem com as mãos e braços cobertos por trapos.

Vida cotidiana, de longa duração, cuja lembrança se esgotou.

Pra eles o tempo não importa.

Sentem-se como esquecidos por Deus.

Suas mãos já tão calejadas, ainda sabem abraçar.

E de suas bocas seca pelo calor, ainda pronunciam palavras de amor para o seu amado ou amado, quando acaba a lida.

O trabalho parece até gratificante, apesar do sofrimento, do suor que parece derreter em suas faces.

Imagina-se que esse suor é doce como o caldo da cana que penetra em suas veias,

Pois ao cortar cana o dia inteiro, é como se adocicassem cada gota de sangue, cada gota de suor do corpo,

Tornando cada momento triste transforma-se em eterna felicidade, adocicando a vida desses trabalhadores dentro de uma triste realidade.

Melris

Marli Caldeira Melris
Enviado por Marli Caldeira Melris em 02/11/2007
Reeditado em 10/01/2009
Código do texto: T720954
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