O fanatismo como ferramenta de retrocesso
Denotativamente, o fanatismo é explicado pelo excesso de admiração veemente por algo ou alguém, podendo ter inúmeras motivações. Coexistir com diferentes fundamentos ideológicos torna-se uma tarefa árdua para grupos facciosos.
Este fenômeno vem crescendo exponencialmente em nossos dias, configurando uma ameaça à convivência entre povos e nações, porém, não é um fato contemporâneo. O filósofo e enciclopedista Denis Diderot dizia que do “fanatismo à barbárie não há mais do que um passo", desde as Cruzadas ao Nazismo, é possível observar a ação motivadora das condutas mais sangrentas: defesa de um fundamento ideológico.
Por todos esses aspectos, insta salientar que "opiniões ferrenhas sobre um tema podem acabar servindo aos interesses de grupos e pessoas que buscam retrocessos em causas sociais já consolidadas", indeferindo assim um progresso alcançado. Colocar em convívio o discriminante e os que são alvos dessa discriminação, esclarecendo e ensinando é um remédio proposto por Theodor Adorno, tarefa difícil e demorada, mas que poderá resultar na conquista do respeito mútuo às divergências gerais.