A França e reconhecimento da soberania sobre o saara marroquina
Os marroquinos residentes na França lançaram uma petição dirigida ao presidente francês Emmanuel Macron, pedindo o reconhecimento do Saara marroquino, depois seguindo o passo dos Estados Unidos da América que reconheceu a soberania do reino sobre todas as suas províncias do sul.
O número de signatários da petição foi mais de quarenta e sete pessoas, visando a chegar a cem assinaturas, cujo objetivo é de instar o presidente francês a mudar a sua posição neutra, para o reconhecimento do Saara marroquino, dando exemplo pois a outros países sobre este processo, desvendando os segredos das relações estreitas com Marrocos.
Tal petição constitui uma força de consciência, refletindo os laços existentes entre as tribos do saara, bem como nas áreas disputadas no sul do reino, cuja pátria clemente, para com a lealdade das tribos saarauis junto aos sultões e reis que governaram o reino.
Quando o colonialismo espanhol deixou o Saara marroquino, os marroquinos de origem saarauis, depois da Marcha Verde através do falecido rei Hassan II, 1975, cuja participação foi de 350.000 marroquinos chegando ao Saara de várias regiões do Reino para confirmar o seu caráter marroquino.
Tais autores da petição chamam a atenção do Presidente francês para o facto de Marrocos não ter vacilado desde a viragem decisiva do Saara marroquino após o sucesso da Marcha Verde, reconstruindo suas regiões desérticas, modernizando as suas instituições e equipando-as com infra-estruturas, enquanto a Argélia insiste a impedir qualquer resolução contra o conflito artificial, gracias com o seu apoio contínuo à Polisário, grupo separatista, extremista de ideologia comunista.
Tal vizinho oriental do reino se opõe aos fatos históricos e geográficos, contra o caráter marroquino do Saara, tentando encobrir esses fatos apoiando a Polisário, abrindo-lhes seu espaço no seu solo dos campos de Tindouf, estabelecendo uma república fictícia, cuja frente separatista, polisario impõe o controle sobre os acampamentos localizados no solo argelino, impedindo os sarauís detidos a se juntar à sua pátria.
Tal petição dirigida ao Presidente francês, instando-o para o reconhecimento do Saara marroquino, depois dos sucessivos sucessos alcançados da diplomacia marroquina nos últimos tempos, objeto da retirada de vários países do reconhecimento da Frente Polisário, abrindo consulados a Laayoune e Dakhla, culminando com o reconhecimento do Saara marroquino pelos Estados Unidos e de um consulado na cidade de Dakhla.
Finalmente, estes signatários da petição consideram que o reconhecimento dos Estados Unidos da plena soberania de Marrocos sobre as suas regiões do Saara constitui para a França uma razão para ingressar no processo do reconhecimento e não deixar passar esta oportunidade, confirmando o Saara marroquino, conclamando o presidente francês a reconhecer definitivamente o Saara marroquino em prol da paz e da estabilidade na região.
Lahcen EL MOUTAQIProfessor universitário, Rabat, Marrocos