Argel e o movimento social
O depoimento de um estudante argelino sobre o movimento de apelo ao fortalecimento da democracia no país, depois de ser exposto à “tortura” por membros dos serviços de segurança, durante a sua prisão, gerando a revolta na Argélia.
Walid Naqish (25 anos), recentemente libertado depois de passar mais de um ano na prisão, conforme o diário de língua francesa "Liberte" sublinhou: " vivemos no inferno." respondeu estudante do Instituto Superior Nacional de Pesca Marítima e Aquicultura: “Sofrimos muito durante esses 14 meses de prisão, sobretudo os seis dias no quartel Ben Aknoun, conhecido como“ Centro Antar ”localizado em Argel.
Acrescentando: “houve muita pressão. Após a dolorosa travessia, neste lugar assustador, interrogado perante o juiz investigador no tribunal de Bab El-Oued (ao norte de Argel), antes de ser preso em El Harrach.
Naqeesh libertado, quarta-feira, após ser sentenciado a seis meses de prisão, acusado de "distribuição e posse de artigos e publicações contro o interesse nacional".
O promotor público do Tribunal Criminal de Casablanca, em Argel, exigiu, segunda-feira, a prisão perpétua do estudante, sob a acusação de "conspirar contra o Estado", "prejudicando a integridade do território nacional", "incitando pela porte de armas ”, tais acusações extremamente graves perante a lei.
Enquanto o argelino Naqish, natural de Tizi Ouzou, região de Kabylie, acusado de pertencer ao movimento que defendem a autonomia desta região, organização separatista ilegal, segundo a imprensa argelina.
Segundo o jornal “Liberte”: “Felizmente não vai desistir porque parece confiante perante os advogados prontos para defender com a intenção de retirar as falsas acusações contra si. Quanto à família, necessita ficar unida como jamais.”
Tal estudante foi confirmado durante o julgamento, segunda-feira passada, ter submetido a "agressões sexuais, físicas e verbais pelos serviços de segurança durante o interrogatório".
A revelação dessas violações gerou um ressentimento inaceitável, cujo conteúdo de seu depoimento foi amplamente divulgado em alguns meios de comunicação, nas redes sociais, bem como no meio dos jornais sob os pedidos de manifestação. Enquanto as autoridades locais não se posicionaram.
Sr Salehi, vice-presidente da Liga Argelina para a Defesa dos Direitos Humanos, declarou junto à "France Press": " expressando a solidaridade para com uma investigação independente e contra o ato criminal, visando a determinar as responsabilidades."
O mesmo porta-voz explicou que este pedido vem depois das "declarações perigosas" de Walid Naqish, durante o seu julgamento. Considerando que o advogado do estudante apresentou uma queixa julho, mas até hoje "sem sucesso".
O Comitê Nacional para a Libertação de Detidos e da Coordenação Nacional das Universidades da Argélia para a Mudança condenaram, perante uma declaração conjunta a “tortura” e a“normalização com a violência num grau alarmante” na Argélia.
Sr Walid Naqish, preso 26 de novembro de 2019 em Argel, durante uma marcha semanal de estudantes do "Harak", cujo movimento de protesto anti-regime nasceu em fevereiro 2019. O Comitê Nacional para a Libertação de Detidos informou sobre cerca de 80 pessoas, atualmente presas na Argélia por ser ligados aos protestos "Hirak" e / ou as questões de liberdade individual. Cujos processos de pelo menos 90 por cento dos casos, ligados às postagens críticas junto às autoridades nas redes sociais.
Lahcen EL MOUTAQIProfessor universitário, Marrocos