Como o protocolo real tornou-se um verdadeiro nó para os governantes da Argélia
O escritor Abdelaziz Koukas considera Abdelaziz Bouteflika um dos presidentes da Argélia o mais influentes, admirador do modelo de governo marroquino, aproveitado pelo Palácio El Mouradia, através de alguns rituais do Makhzen, cujo discurso adotando como um comportamento e um tratamento junto ao povo argelino, desenvolvido pela imprensa e a política.
O autor também revela, no seu artigo o complexo do regime argelino para com a monarquia marroquina , tal artigo no jornal “Al-Alam”, 6 de janeiro 2021, referente ao que foi escrito no livro do Mohamed Safiani Bouteflika: em relação ao ´Padrinho e Servos”, considerando que Bouteflika não se considerava como cidadão argelino, “ seja um dos súditos do falecido rei Hassan II, sendo o mais experiente do que ele no campo político.
Eis o conteúdo artigo:
Às vezes, é necessário ir longe para entender alguma ação política, ligada a uma análise lógica coerente; Não apenas em relação aos governantes da Argélia, que sempre se apresentam como os melhores ou mais fortes da região, cujas políticos são as mais sofisticadas do que as marroquinas, lembramos o que o ex-presidente argelino Abdelaziz Bouteflika tem revelado ao conselheiro americano, encarregado do processo de terrorismo, 2006:
“Mohamed VI ainda era uma criança, uma vez que ele se considera um político experiente”. Ao acompanhar as análises da televisão argelina, da incrível capacidade militar argelina da guerra contra o Marrocos, considerando qualquer ação com Marrocos, como se for um passeio militar, um simples tiro, capaz de derrotar o Marrocos, como se fosse apenas um punhado de terra a ser soprada, com os estilhaços no ar, sem a menor resistência!
A pergunta é se é suficiente explicar todo o complexo da supremacia argelina, compreendido num discurso do consumo da mídia, ignorando os resquícios das feridas da Guerra da Areia, 1963, lembrando do grito de Ben Bella quando ele disse : "menosprezados pelo Marrocos "? Pode ser, mas tal atitude não explica tudo.
Há algo mais profundo na inconsciência dos governantes da Argélia, em termos militares e civis, quando tratar da monarquia marroquina, só a indicação dos epítetos do regime "Mahhjan", interpretado como uma "monarquia reacionária" ou uma "autoridade tradicional".
Finalmente existe um quadro de manobra escondido do aparato militar argelino, realmente complexo para com os marroquinos, considerando-os aqueles que vão todo o dia ao palácio pela manhã, para cumprimentar e beijar a mão do rei, ao voltar de onde vieram, e fumar o haxixe !!
Lahcen EL MOUTAQI
Pesquisador universitário, Marrocos