Saara marroquino: Os americanos reduzem a ação da Espanha
A preocupação sobre o futuro da região do magrebe, volta a ser discutido no quadro dos últimos acontecimentos relacionados com o reconhecimento da soberania marroquina sobre o saara, tal iniciativa o assola o vizinho espanhol.
Esta entrada política e econômica americana na equação do Saara, delimita sem dúvida a presença ibérica nesta questão e no futuro da região.
Tal acontecimento pode também ser explicado, pelas relaões vinculadas às agendas dos principais atores internacionais.
A exemplo dos espanhóis, preocupados com a sua limitada e presença econômica e política neste processo, em troca desta nova iniciativa americana, tanto quanto a tradicional presença francesa no plano das Nações Unidas e nas parcerias econômicas entre os dois países, sobretudo no plano do saara.
Pela primeira vez, desde algum tempo, a visita de Pedro Sanchez, chefe do governo espanhol, sendo adiada a Marrocos, e por outro lado Madrid tem convocado o embaixador do Reino, logo após umas declarações do primeiro-ministro, Saad Eddine El Othmani, sobre os desdobramentos da questão do Saara e suas relações com da Ceuta e Melilla.
O Sr Al-Sharqi Al-Khatri, diretor do Centro Sul de Estudos e Pesquisas afirmou que as relações marroquino-espanholas conhecem alguns momentos de tensão a cada vez uma situação sobre tal questão do saara marroquino, envolvendo certa agitação para com o vizinho do norte, anotando que "a sucessão de governos não delimina a posição especial do Reino, é a prova a visita do Rei Felipe".
Sr Al-Khatri acrescentou, num artigo ao jornal Hespress, considerando que o Marrocos, na sua relação com a Espanha, passou a adotar a técnica do "cerco estratégico", ampliando o porto de Tânger, fechando a Ceuta e Melilha, bem como demarcando fronteiras marítimas, indiferentemente á questão dos imigrantes ilegais.
Explicando ainda que as diferentes partes dentro do governo espanhol se opuseram as ações do Marrocos durante a crise da zona tampão; “mas no contexto atual, a crise se aprofundou e se transformou em histeria, com a entrada da América na região e os investimentos que vão acompanhar esta iniciativa”.
Destacando que estes dados vão fazer com que a Espanha se posiciona, mas tal assunto será limitado face à dificuldade política e territorial, impedindo qualquer avanço, perante o Saara que conhece as iniciativas de investimentos de países distintos, envolvendo a uma zona industrial a Laayoune.
Sr Al-Khatri sublinhou, finalemnte no seu artigo ao jornal, ao dizer:
"A região tornou-se aberta para os investimentos, uma vez a produção dos espanhóis é destinado ao consumo interno, e para salvar a sua face", considera-se esta presença a exemplo do gênio chinês a Tânger e a potência americana no Saara, um verdadeiro cerco aos espanhóis.
Lahcen EL MOUTAQI
Professor, Rabat, Marrocos