Os Estados Unidos reconhecem a soberania de Marrocos sobre o saara marroquino

O Ministro das Relações Exteriores, da Cooperação Africana e dos Marroquinos residentes no exterior, Nasser Bourita declarou ao dizer que: "Os Estados Unidos da América dirigiram um memorando ao Conselho de Segurança da ONU e a todos os membros das Nações Unidas, informando sobre a sua posição nacional em relação á questão do Saara Marroquino", seu reconhecimento veio de uma grande potência internacional, membro permanente do Conselho de Segurança e ator influente na resolução internacional, constituindo uma vitoria contra os opositores da integridade territorial de Marrocos, sublinhando assim a plena soberania do Marrocos sobre todo o solo do Saara marroquino, e de uma vez por tudo.

Acrescentando Sr Bourita, tal fato histórico, na margem de uma entrevista exclusiva ao canal Sky News Arabia, quinta-feira passada:

"O presidente americano emitiu um decreto presidencial com pleno poder jurídico e político, confirmando que os Estados Unidos consideram o solo do saara a partir de agora como solo marroquino, consagrando com a abertura de um consulado", a cidade de Dakhla, com vista a promoção do investimento e o desenvolvimento econômico e social no Saara marroquino.

" O responsável diplomático marroquino afirmou que "a posição dos Estados Unidos da América insere-se no âmbito do apoio ao Sara marroquino, a exemplo de outros países que já manifestaram seus interesses de abrir consulados no âmbito da convicção sobre o Saara marroquino", destacando tal motivo " relacionado com uma dinâmica inevitável"

Trata-se de uma trajetória política internacional, baseada na premissa de que o Saara é marroquino ", traduzindo a decisão americana como uma" mudança histórica e um acontecimento muito importante para o processos das Nações unidas ".

O responsável diplomático afirmou ainda que "a proposta de autonomia constitui uma linha capaz de acabar com o que disse o Conselho de Segurança, depois de frisar textualmente que uma solução prática e realista deve ser empurrada com base no consenso.

Descartando a proposta de uma entidade imaginária, irreal e inaceitável, que não pode ser a separação de Marrocos um horizonte para uma solução regional."

"O que se espera hoje é que todas as partes interessadas no processo procedam de acordo com o que disse o Conselho de Segurança, a vontade das partes, das grandes potências e dos países irmãos avançar no sentido da proposta marroquina".

Bourita destacou ainda que a mudança americana vem fortalecendo a proposta marroquina, "depois de mais de três anos de contatos entre o rei e a administração americana, cujo contato direto com atores da administração americana possibilitou traduzir este acontecimento histórico, como uma mudança importante no curso da questão do Saara marroquino".

Por outro lado, o Ministro dos Negócios Estrangeiros sublinhou que “Marrocos foi pioneiro na adesão ao processo de paz, e tem um papel histórico reconhecido desde os anos 1970 e 1980, revelando o papel fundamental que desempenha em todas as etapas da paz no Médio Oriente, como líder da instituição do Principado dos Fiéis que buscam Laços permanentes entre o rei e a comunidade judaica em Israel, de perto de um milhão de pessoas.

Continuando ao dizer que: " o Marrocos considera a comunidade judaica de origem marroquina, capaz de servir à causa palestina, porque a peculiaridade do Marrocos está em seu envolvimento nos assuntos do Oriente Médio com o interesse direto, dando a credibilidade, materializado no contato do rei com o presidente palestino, visando a confirmar as constantes posições marroquinas. Com vista" a separação de dois estados e manter as negociações entre as duas partes.

“ Tendo em vista a reabertura do escritório de ligação, Rabat e Tel Aviv, o qual deservia entre 1994 e 2002, pretendendo ser operacional”, segundo o responsável marroquino, que sublinha que “o contato com Israel não significa desistir ou permutar a causa palestina”.

Concluindo que o “Marrocos não abandonará os direitos legítimos do povo palestino, mas sim continunado a deserví-los como foi na época dos anos setenta e oitenta.

Lahcen EL MOUTAQI

Pesquisador universitário, Rabat, Marrocos

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Enviado por ELMOUTAQI em 11/12/2020
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