A questão de Guerguerat definiu o discurso oficial do Reino para com os governantes da Argélia

Através de um apelo “popular” para abrir as fronteiras terrestres e fortalecer o horizonte de diálogo longe das acusação do separatismo, e criticar os altos interesses do Reino via o “Saara”, assim veio o discurso oficial marroquino para lidar com o “mau humor” do governo da Argélia, da “doutrina militar”, hostil ao Marrocos e à sua integridade territorial.

Tal mudança ficou evidente após o sucesso da operação das forças militares reais para libertar a travessia a "Guerguerat", garantindo a segurança e a estabilidade da região, sob a influência marroquina, uma vez o discurso da "trégua" e atenção deixaram de marcar os caminhos de entendimento entre os dois países, apesar do apoio logístico e material da Argélia aos grupos "Polisario".

A mudança no discurso oficial marroquino foi em relações aos fatos no Saara, bem como em suas relações com o "vizinho", em termos da estrutura, "baseada" num conjunto de dados materiais e psicológicos, nos níveis de "hostilidade" definidos na agenda interna argelina.

O analista político Mostafa Sahimi acredita que o Marrocos enfrenta a Argélia através de duas abordagens: “O primeiro foi com a introdução de iniciativas de reconciliação ao lado argelino, atravéd da mão estendida, e das mensagens do rei a fim de fortalecer as bases, rumo a uma negociação, superando as diferenças.

A Argélia sempre considerada como um“ país irmão ”, nesta abordagem de aproximação, o analista, relaciona tal fator com a escalada do separatismo no Saara, cuja Argélia, criadora da frente "Polisario"; Partindo deste requisito, fala-se da tendência do discurso marroquino, considerando a solução estar entre as mãos da Argélia e não nas mãos de Tindouf, uma vez que o principal protagonista deste processo envolve os governantes argelinos.

As esperanças de um sucesso através do movimento popular na Argélia provocar uma reação, no sentido de alcançar um estado civil, cuja liderança política ficar no regime militar.

O Marrocos através de seus amigos, mandou mensagens ao povo argelino nos últimos anos, bem como pelo rei Mohammed VI, chamando pelo estabelecimento dos primeiros blocos de "diálogo" e compreensão, para avançar em prol de um futuro melhor.

Sr Saad Eddine El Othmani, primeiro-ministro marroquino, expressou suas esperanças e otimismo pelo futuro, logo após os protestos que eclodiram, 22 de fevereiro 2019, exigindo a saída do "regime" depois que o presidente Abdelaziz Bouteflika tem renunciado, 2 de abril do mesmo ano sob pressão das ruas e do exército que o abandonou.

Tal mesmo analista considerou que "os fundamentos da política externa argelina, baseados no conflito do Saara", podem levar "a Argélia a não ter uma política externa clara.

Tanto quanto Argélia parece estar se deslocando para o Oriente Médio, envolvendo questões de segurança climática e energética, bem como nos arquivos do Sahel e do Mali", ligados "a questão do Saara, e aos determinantes questões políticas.

Segundo o dito ” Muitas águas vão escoer sob a ponte argelina, o analista Hirak considera que as aspirações dos cidadãos argelinos que manifestam nas ruas, porque não foram satisfeitas, bem como o exército tem voltado à linha de frente para governar e decidir sobre os assuntos do país, o que acentua mais uma vez a hostilidade da "Argélia" ao Marrocos.

A este respeito, Al-Sahimi afirma que "há uma crise do regime na Argélia, mais não se sabe quem governa e quem decide nos autos soberanos, numa altura em que o presidente argelino realiza os exames médicos na Alemanha, e por seu lado o comandante do exército argelino tambén na Suíça para os examens médicos".

Mais uma vez, tudo isso explica que a Argélia "não tem decisão ". os atos de Guerguerat, deixaram este país estático, o lado da ação oficial marroquina, mudando os fatos dos extremistas que procuram uma outra realidade. O Sr, Saad Eddine El Othmani dirigiu umas críticas a Argélia por seu comportamento apoiando os separatistas.

Lembrando que todas as iniciativas são para a reconstrução de um bloco do Magrebe contra a continuação da ideologia de "hostilidade" do regime argelino em relação a Marrocos, após os recentes acontecimentos na região de Guerguerat, cuja posição do vizinho oriental, sem opção a naão ser a "secessão" do Saara, atrasando as ambições da unidade do Magrebe, até um momento posterior. .

Finalmente o Marrocos concedeu um amplo tempo ao lado argelino, para estudar a iniciativa apresentada pelo rei Mohammed VI, na margem de seu discurso da marcha verde 2018; tratando de uma iniciativa que visa abrir um diálogo directo e incondicional, através de uma comissão política paritária, sobre todas as questões sem excepção, a fim de normalizar as relações marroquino-argelina e ultrapassar o impasse não natural que marca a realidade das relações.

Lahcen EL MOUTAQI

Pesquisador unviersitário, Rabat, Marrocos

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Enviado por ELMOUTAQI em 02/12/2020
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