Nova metáfora (parecida com outra) sobre a estrutura básica do parasitismo social ou capitalismo
Imagine que você está preso em um local cercado por muros e que um colega de cárcere tem uma ideia para fugir dali, pede a sua ajuda, bem como a de outras pessoas. Então, a ideia "brilhante" é apenas de que sirvam de apoio para que ele possa escalar o muro e pular para fora da prisão. Vocês, ingenuamente, o ajudam.. ele sobe, pula e escapa.
Só que, ao invés de ajudá-los a saírem dali, ele não se interessa pelos seus destinos, de tirá-los da mesma situação na qual se encontrava.
Agora, pense na prisão como penúria econômica; na "ideia genial" como um negócio, por exemplo, uma loja; no seu colega como um empresário ou empreendedor; em vocês como empregados dele; na ajuda que recebeu como o dinheiro que foi acumulando e a quantia de dinheiro que ele achou merecido distribuir pra vocês.
Ele "saiu" da penúria, saltou de um patamar para outro na pirâmide social. Já vocês...
Imagine-o viajando pelo mundo, se encontrando apenas com os de sua classe (aqueles que não se importavam se ele estava preso ou que eram seus próprios carcereiros), desprezando os demais por isso e se vangloriando como um "self-made man" pelo seu árduo esforço para enriquecer (com a ajuda valiosa dos seus empregados, é claro)...
Todos nós, que vivemos dentro das superestruturas do capitalismo, agimos assim, se de maneira idêntica à metáfora ou involuntária/inconscientemente, se enquanto empregados ou empregadores. Porque essa tem sido a regra implícita de super naturalização da exploração do trabalho, em que o empregado, na maioria das vezes, serve como um degrau de mobilidade social para o seu empregador ou "patrão" que, por sua vez, toma para si todos os louros do seu "sucesso empresarial" desprezando a participação fundamental desses que o ajudaram ou ajudam. Portanto, não existem apenas formas explícitas de exploração, até mesmo por já se manifestar como estrutura básica das relações sociais e econômicas, segundo os moldes arcaicos do materialismo (ideologia que prega a superioridade de importância dos bens materiais sobre os imateriais, incluindo a própria vida) atualmente sob a forma de capitalismo (em que o capital substitui o bem material "literal" como principal moeda de câmbio).