Saara marroquino: O impasse na zona tampão Al Guargarat

A situação no sul de Marrocos, na zona tampão, fronteira entre Marrocos e a Mauritania apontada, nestes últimos dias como zona de crise entre a polisário, milícias separatistas apoiados por Argélia e forças armadas reais marroquinas que defendem a integridade territorial e passagem de fronteira.

O Secretário-Geral das Nações Unidas, António Guterres declarou, neste clima de tensão, sexta-feira passada, estar "extremamente preocupado com as consequências" destes acontecimentos Al Guaragarat, objeto das perigosas provocações das milícias da "Polisârio".

Tais fatos anormais na zona tampão de Guerguerat, Sara marroquino, provocou uma certa preocupação e decepção dos observadores internacionais e MINURSO, devido a teimosidade das milícias da polisário, impedindo o movimento das pessoas e bens e serviços.

O porta-voz de Guterres da ONU declarou, durante a sua entrevista junto à imprensa a Nova York, que “as Nações Unidas, no nome do Secretário-Geral, se empenham, e trabalhando no sentido de iniciativas, capazes de evitar a escalada na zona tampão a Guerguerat, instando ao mesmo tempo sobre violações do cessar-fogo e as terríveis consequências.

Longe de qualquer mudança no status quo. " os observadores internacionais e a sociedade vivil alertam que os separatistas da "Polisario" ignoram os apelos do Secretário-Geral das Nações Unidas.

Tal Secretário-Geral da ONU exprime o seu pesar pelo fracasso dos esforços engajados, cuja profunda preocupação das possíveis consequências dos recentes acontecimentos".

Considerando que o Secretário-Geral das Nações Unidas "continua empenhado em fazer tudo ao seu alcance para evitar o colapso do cessar-fogo em vigor desde 6 de setembro 1991, determinado a fazer de seu melhor para superar tudo que impede a retomada do processo político".

Chegar a uma solução política negociada da questão do Saara necessita do engajamento de outra parte. Apoiando o porta-voz do Secretário-Geral que considera "a missão da MINURSO, um instrumento que continua o seu mandato, junto ao Secretário-Geral da ONU.

Instando as partes a garantir a liberdade de movimento para todos incluso a missão das Nações Unidas de acordo com as tarefas de seu mandato".

O Marrocos preserva a zona-tampão al Guerguerat no Saara marroquino, chamando para cumprir para com os apelos e ordens do Secretário-Geral das Nações Unidas, deixando a zona-tampão e evitando qualquer escalada.

Segundo as autoridades do reino, o Marrocos pode intervir, no cumprimento dos seus deveres e na plena sintonia com a legitimidade internacional, face às perigosas e inaceitáveis provocações da milícia "Polisario".

O Ministério dos Negócios Estrangeiros, da Cooperação Africana e dos Marroquinos residentes no estrangeiro declarou que, o Reino de Marrocos está comprometido com o maior grau de contenção face às provocações da milícia (Polisário), mas "deve em qualquer outra situação assumir as suas responsabilidades para pôr fim ao estado de obstrução resultante destes movimentos que impedem a liberdade de ir e ver" da sociedade civil e comercial. "

Por outro lado a "Polisário" e as suas milícias, infiltradas na região desde 21 de outubro de 2020, parar das ações de gangs, os que impedem a circulação de pessoas e bens neste eixo rodoviário, restringindo constantemente o trabalho dos observadores militares da MINURSO, conforme as fontes e observadores internacionais.

O ministério marroquino conclui ao dizer que estes movimentos minam quaisquer oportunidades de paz, ou de reiniciar o processo político pretendido pela comunidade internacional, desde 2016, visando o respeito das Resoluções 2414 e 2440, chamando à "Polisario" para pôr fim a estas ações desestabilizadoras na região.

Lahcen EL MOUTAQI

Professor universitário, Rabat, Marrocos

ELMOUTAQI
Enviado por ELMOUTAQI em 14/11/2020
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