Filosofia é saber que a caixa está vazia

Viver é como ter que carregar uma caixa. Se se vive pela limitação dos instintos, então, vive-se distraído por suas próprias ações que, metaforicamente, são tal como carregar uma caixa (alienação do espaço/corpo sobre a percepção integral do tempo).

O ser humano se tornou tão inteligente que sua curiosidade em saber sobre as verdades do mundo, objetivamente, o levou a abrir a caixa, pela filosofia, descobrindo que está vazia.

Se a caixa é lutar pela sobrevivência e pela perpetuação da espécie acreditando que cada ação importa, abri-la é saber que tudo isso será em vão, se não haverá vida após a morte ou eternidade. O vazio do interior da caixa é a verdade da finitude, não apenas da vida, mas de tudo o que existe.

Novamente, a ciência, assim como a arte, é uma forma de distração, só que pela precisão do que pela fantasia. Já, a filosofia, é a verdadeira ou a máxima sanidade de, ao invés de enfeitar a caixa ou de buscar analisá-la por cada ângulo, de saber o que tem dentro e viver a partir das verdades encontradas em seu interior, as verdades existenciais.