A diplomacia marroquina com a Líbia incomoda Argelia

As crescentes ações de diplomátas do Reino de Marrocos a nível das manifestações e acontecimentos regionais são cada vez mais importantes e reconhecidas; caso líbio, em relação ás "agendas", as responsabilidades e credibilidades da plataforma marroquina, aberta sobre o diálogo, à participação na segurança e na preservação do controle na região do Sahel, cujo Rabat ator importante, perante um ambiente "turbulento", um céu coberto de nuvens e "estouro" diplomático.

Em relação a essa ação diplomática, o Marrocos trouxe o vínculo de volta à vanguarda dos acontecimentos regionais e internacionais, cuja Argélia preferiu um "isolamento" circunstancial, estendido, devido à situação interna, entrelaçada ao débil equilíbrio político do vizinho oriental do reino, tornando-se Rabat representante dos laços de um dos pólos regionais do Norte da África, pronto para uma escuta ativa, no sentido de umas propostas e percepções.

Sob o presidente Tebboune, a Argélia tenta encontrar um ponto de apoio ao nível do Norte de África, o que a levou a um confronto permanente com os "interesses marroquinos", especialmente no dossier da "crise da Líbia", cujos cordões nas mãos de Marrocos, face ao "Palácio El Mouradia" que caminha no sentido de restringir uma solução nas decisões dos "estados fronteiriços".

Neste contexto, o investigador de relações internacionais, Hisham Moatadid considerou que “As importantes ações diplomáticas marroquinas, tanto com Líbia como noutros dossies a nível regional e internacional, não se traduzem não somente na posição de Marrocos no seio do clube de diplomacia internacional, mas numa plataforma de consolidação do diálogos, da Diplomacia e das negociações políticas, base da credibilidade das instituições marroquinas no quadro de seu desempenho internacional e de seu sério compromisso histórico ao nível do mapa político internacional.

O experto de assuntos internacionais explicou que “o envolvimento marroquino ao nível do sistema de cooperação estratégica internacional baseou-se sobre o princípio do respeito mútuo, o empenho na implementação do seu papel regional, bem como sobre diversificação dos mecanismos de cooperação com os diferentes polos, os Estados Unidos da América, a Federação Russa ou a República Popular da China ou ainda a União europeia. "

O analista político e acadêmico canadense, por sua vez, explicou que “esta dinâmica que o Marrocos desenvolveu graças ao compromisso com seus princípios nacionais e internacionais, perante ás flutuações geoestratégicas e os cálculos políticos, tornando-se uma fonte confiável em nível internacional e referência regional no campo do trabalho diplomático, da estabilidade política e do desenvolvimento sustentável”.

"Todos esses fatores, além das situações de instabelidade nos países vizinhos, a fragilidade do equilíbrio político interno da Argélia e o declínio de suas participações internacionais, fizendo do Marrocos a primeira força diplomática na região ao nível da cooperação estratégica, da economia diplomática e desenvolvimento humano", conforme sublinhou o experto no seu artigo junto ao Hespress.

Finalmente, este pesquisador destacou que "esta abordagem, que o Marrocos sempre busca defender e garantir, visando a sua implementação, um ponto de força e distinção diplomática, longe de qualquer plataforma regional, boa em cálculos políticos e na implementação de agendas estrangeiras em detrimento das questões centrais e litigios."

Lahcen EL MOUTAQI

Professor Universitário-Rabat- Marrocos

ELMOUTAQI
Enviado por ELMOUTAQI em 12/09/2020
Reeditado em 12/09/2020
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