Ministério da educação de Marrocos, um comunicado ambíguo
A decisão de adotar o ensino à distância no Marrocos no contexto da propagação do vírus Corona 19, levanta muitas questões sobre o ano letivo 2020- 2021, a confusão é como vai ser o retorno a aula nas escolas públicas e privadas?.
Para entender esta questao, referemos ao último comunicado do ministério da educação de Marrococs sobre a volta a escola, 7 de setembro 2020, o que preocupa é como se entende o último comunicado do ministério da educação de Marrocos!.
O Ministério da Educação Nacional de Marrocos informou ao público, após uma longa espera, num comunicado especificando como se deve proceder na nova entrada escolar 2020-2021.
Esse comunicado envolve muitas interrogações sobre esta declaração ou decisão ministerial, uma vez este comunicado veio não para traçar um roteiro claro, mas sim para aumentar a ambigüidade sobre o ensino e aprofundar o nível de preocupação em relação á saúde e a segurança dos alunos e todos os Trabalhadores do setor educacional, por um lado, e, por outro lado, o destino do ano escolar.
Tal comunicado refuta a afirmação do Ministério dispor de um esquema integrado que pretende descarregar sobre o acordo da evolução da situação epidemiológica no Marrocos, visto que ao referir-se ao texto do comunicado e da sua leitura inicial, várias anotações nos impedem, como não pode ter coragem suficiente para decidir sobre a adoção da educação á distância ou presencial como opção pedagógica básica, imposta pela natureza da situação epidemiológica atual.
Prevendo um novo escalonamento, devido a falta dos recursos e ferramentas necessárias que possam superar os obstáculos anteriormente anotados.
Apresentando a ideia de conceder aos pais o direito de escolher entre a educação presencial e a distância, parece um fao do princípio da igualdade de opções. Mas o que isso possa implicar sobre a opinião do povo no caso da hesitação?
Tal decisão reflete um estado de confusão e mistura de cartas para o ministério, ao conceder às famílias o direito unicamente de decidir pelo ensino presencial ou a distância, sem tomar a opinião dos demais atores. Trata-se de uma tentativa de agradar as partes, longe da abordagem científica educacional, que invoca as condições objetivas e subjetivas, de forma que garanta a segurança sanitária. Uma prioridade fundamental que garante o direito ao ensino aos estudantes.
Alem disso a decisão ministerial aprofunda também a ambigüidade junto aos atores, aos alunos e famílias, vinculada aos resultados do ano letivo e ao modelo pedagógico aprovado face ao desdobramento da situação epidemiológica, localmente, regionalmnete e nacionalemnte, sem levar em conta os anos do bacharelado nacional, motivo a questão da igualdade de oportunidades entre os alunos.
Existe uma outra contradição flagrante no comunicado ministerial, pois no momento em que reconhece a sua incapacidade até sobre o exame regional do primeiro bacharelado, devido ao surto assutador da epidemia, torna-se incapaz de manter as condições necessárias e logísticas, no sentido de disponibilizar o material de esterilização das escola, máscaras, e o distanciamento social. Difícil para as Instituições assegurar as famílias escolher a educação presencial, sistematicamente.
Finalmente, o plano ministerial apresenta uns desafios para as famílias na educação de seus filhos. A pergunta é quais os desafios que vão enfrentar o sistema educacional perante estas propostas?
O comunicado ministerial levanta os problemas organizacionais e pedagógicos, relacionados com a forma de lidar com os desejos das famílias, podendo separa entre quém deseja cursar a distância ou presencial. A questão é o professor como ele pode conciliar entre o compromisso á distância e presencial, diante uma porção que escolhe uma ou outra opção, a ideia é como fazer em relação que agrada todos ao mesmo tempos, e os demais alunos ?
E se a maioria opta pela presencial, e como vai ser a gestão , trata-se de uma dificuldade ligada à gestão das opções, e não de um processo educacional e pedagógico, perante seus próprios controles, e respeito pelo menos dentro de seus limites existenciais.
Outro estranho paradoxo, como de costume, o ministério tem estado sozinho na preparação do que se chama o plano integrado para o ano letivo, sem uma consulta ou opinião dos parceiros sociais das famílias, no tempo em que pretende uma contribuição num esquema sem tomar conhecimento, nem de perto ou de longe.
Finalmente, é um absurdo no auge da glória, que tias anotações possam indicar claramente o estado de confusão do Ministério, devido a falta de uma visão clara dos cenários, definidos e esclarecidos. Uma vez o comunicado tem visado a agradar todas as partes, mas deixou tudo o que é relacionado com o ano letivo, expresso com ambigüidade, ansiedade e questões deixas em aberto.
Lahcen EL MOUTAQI
Professor universitário – Rabat, Marrocos