Marrocos: Federalismo da esquerda democrática e a crise da pequena burguesia

Com a aproximação data das próximas eleições 2021, o povo marroquino corre contro tempo. De um lado, a gestão dos partidos políticos, e por outro a preocupação com os programas do desenvolvimento, cujo último discurso do rei apontado, pelo dia da Intronização, mês de julho, o papel dos partidos políticos no país.

O atual chefe do governo marroquino, Saad Eddin El Othmani, Secretário-Geral do Partido da Justiça e Desenvolvimento chamou para engajr nas próxumas eleições, os grupos parlamentares, referendo ao debate dos pormenores em relação á generalização da cobertura social para os marroquinos.

Nese quadro, o principal objetivo da Esquerda Democrática Federal (FED) é de trabalhar para integrar todos os partidos da esquerda num partido de esquerda democrático, aspirando ser uma mais-valia na cena política marroquina. Tal possibilidade basea-se sobre uma abertura sobre todos os partidos e atores de esquerda, sobretudo aqueles que se opõem a maioria em relação aos pontos estratégicos.

A exigência da unificação das forças de esquerda , ditada pelas condições políticas, sociais e econômicas de Marrocos, bem como pelo processo da gestão histórica, dentro do cenário político marroquino, cuja referência socialista a realizar á meta de unificação e a fusão de todos os componentes (FED) numa partido esquerdista democrática, não foi possível até hoje em dia.

O anotado é que a exigência única da unificação foi uma das decisões, fatídica tomada pelos componentes do (FED) na realização de sua última conferência.

A questão principal é: Por que a unificação não aconteceu? Quais são as razões subjetivas e objetivas que impedem este

O trabalho histórico é importante, em relação

ao quadro político e as classes do povo marroquino, cansado do fracasso e da esterilidade de todas as tentativas anteriores, cuja principal do perído de rotação, com a exceção do governo nacional do dirigente Abdullah Ibrahim.?

E como uma tentativa humilde para entender este vacilo, podendo considerar dois fatores:

subjetivo e objetivo.

- Primeiro fator:

O fator subjetivo baseia-se no aspecto psicológico, influencia de forma negativa alguns componentes do (FED). Isso é através da prática diária e real dos aparelhos partidários (o comitê regional), na gestão das decisões (FED) dentro das regiões, onde se anota que esta prática não adequada e racional, (exceto em alguns casos), motivo não criar a interação necessária entre esses componentes para gerar um psiquismo de grupo, contro o individual.

Para todos esses componentes e sua experiência real, mostrou-se que a maioria desses comitês não conseguiram atingir o impulso necessário, capaz de levar aos componentes de uma massa homogênea e eficaz, alimentada por uma psique coletiva, que avança para se aproximar do objetivo da unificação federalista.

O trabalho desses comitês regionais é caracterizado pela rotina e a falta de criatividade na concepção de um plano de ação coletivo para a luta dentro das regiões, impondo como instituição política um desenvolvimento cidadão, força propositiva da resolução dos problemas sociais do país.

Talvez isso pode ser devido a alguns componentes da federação de esquerda democrática, sem capacidade de fazer o suficiente, em termos de autocrítica e luta psicológica para sair desta situação subjetividade, resíduo do pensamento pré-acusativo.

Alguns desses componentes não são capazes de se livrar, nem realizar uma certa independência do antigo regime, um processo do arrendamento desmamado, mantido

saboreiando o calor de sua incubadora ancestral.

- Segundo objetivo

Acredita-se que este útlimo fator é o mais significativo, porque se baseia na dimensão intelectual e ideológica, influendo objetivamente no componentes (vid).

Se observa-se a afiliação da maioria dos indivíduos desses componentes, descobre o principal problema, o seu pertencimento em relação à categoria da pequena burguesia, . cujo pensamento é caracterizado, teoricamente, com a ausência da conscientização suficiente, transcendente, antecipada, e a falta de clareza de visão vacilada, bem como a falta de decisão sobre as questões da classe proletária, entre as posições fundamentalistas, podendo levar à agenda da classe econômica e a política dominante.

Referendo à análise marxista, esta classe carrega algumas das doenças da sociedade, das quais só pode curá-la por meio da crítica e do conhecimento.

E se ligar a esquerda como pensamento ideológico ao surgimento da classe proletária, trata de um vínculo que funda a um pensamento teórico, da filosofia de Praxis e dialeticamente, relaciona a teoria e a prática, sendo a classe impedida culturalmente, para educar ou conscientizar a classe proletária, seja a classe pequena-burguesa, sobretudo a classe intelectual. Mas para que este grupo possa cumprir com suas tarefas históricas, ele deve superar suas contradições subjetivas e objetivas.

Passando intelectualmente do estágio de confinamento para um estágio superior e mais racional, ou seja, o estágio da razão. E como disse Hegel, a suspensão desta classe é para entender e dividir, trata-se do primeiro passo, que a Federação da Esquerda Democrática deve compreender, depois da sua constituição.

Enquanto ao estágio da razão, uma das soluções do problema, após a sua compreensão, que se reflete nas obras do argumento hegeliano, ao passar no estágio de transcendência e composição. A impureza desse boom significa a unificação do subjetivo e objetivo.

Se considera-se, a título de argumentação, que a federação de esquerda democrática tornou-se a vanguarda desta classe consciente de seu papel histórico, que se aspira a criar um racha histórico entre a pequena burguesia e a classe proletária, objetivando alcançar a estratégia de luta democrática, baseada

sobre a luta por uma verdadeira monarquia parlamentar, uma sociedade moderna, uma cultura intelecual, um sistema político democrático e um estado de direito.

Por um lado, a lei e a dignidade do cidadão constituem uma etapa tática, mais importante para alcançar tal objetivo estratégico, como condição básica da unificação dentro de um único quadro democrático de esquerda. Uma vez o levantamento deste partido permite a esquerda desempenhar o seu papel de intelectual coletivo, da consciência democrática, da cultura da modernidade e da racionalidade na sociedade.

Por outro lado, isso permite impor-se como força política, com uma visão clara, que cristaliza um projeto de sociedade moderno, aplicável e realizável.

Finalmente, o principal objetivo da unificação depende de duas condições importantes:

1- Domínio Cultural

2- Intervenção política.

Essas duas condições parecem ser necessárias para o sucesso da estratégia de luta democrática, capaz de atingir o objetivo da monarquia parlamentar. Por isso chamar a unificação depende, no meu ponto de vista, do trabalho subjetivo, fator intelectual e ideológico, numa crise do pensamento pequeno-burguês, o qual não tem cortado com os resquícios de seu passado. Não empreendeu a autocrítica, motivo da transcendência de um pensamento, mais progressista e mais criativa, para criar o fato histórico da unidade da esquerda.

Lahcen EL MOUTAQI

Professor universitário – Rabat- Marrocos

ELMOUTAQI
Enviado por ELMOUTAQI em 14/08/2020
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