Que papel no sistema político do Partido da esquerda unificado marroquino

Desde o início da década de 1990 e apesar de um ambiente favorável à democracia, o papel que cabe aos partidos no sistema político marroquino, através da supervisão dos cidadãos e da sua representatividade nas instituições políticas, continua aquém das aspirações. Tal situação se deve principalmente à sua baixa representatividade, à falta de uma elite confiável e ao fenômeno do polipartismo. Para tratar desta questão, abrangente e complexa, no quadro do sistema político marroquino, levanta-se o papel do partido esquerda unificado, para finalmente mostrar as principais desvantagens, impedindo os partidos de desempenhar plenamente o seu papel.

O Marrocos milita a favor de uma nova abordagem para as questões de desenvolvimento. Para superar as deficiências do aparelho econômico, social e político. Isso implica uma mudança profunda nos métodos de trabalho e gerar uma infinidade de questões, das quais aborda-se a questão dos partidos da esquerda, no quadro de uma

escolha estratégica de desenvolvimento socioeconômico e democrático.

Neste contexto o sonho dos partidos da esquerda no Marrocos obra no sentido de concretizar a unidade e a integração esquerdista.

Por um aldo o debate dos intelectuais, dos elites e trabalhadores ( sobretudo da proletária), no outro lado o caminho a seguir pelos líderes dos partidos da esquerda, perante a crise da dispersão e da cisão, preocupando os partidários da integração dos partidos, enquadrados na bandeira federal esquerdista.

A exemplo da líder, Nabila Muneeb, Secretária Geral do Partido Socialista Unido, acusada por seus companheiros de plantar "conflitos" dentro da federação, na conferência de fusão, pretendida para superar os problemas das eventuais próximas eleições, 2021. Os membros dos partidos da esquerda correm contra o tempo antes dos próximos sufragios eleitorais.

A questão envolve o caso da SraNabila Muneeb, acusada da "sedição" dentro da federação de esquerda.

Os partidos de esquerda no Marrocos continuam a planejar para uma unidade, que visa a construir um partido de esquerda unido, apesar de continuar sendo um projeto parado, devido às diferenças que corroem o corpo desses partidos e dos líderes, preocupados com os cargos da liderança.

A última reunião da entidade Esquerda Democrática Federal, na cidade de Casablanca, não alcançou o objetivo, perante uma discussão acalorada, sobre a fusão dos três partidos componentes desta federação, o Partido Socialista Unificado, o Partido da Vanguarda Social Democrata e o Partido do Congresso Nacional Federal.

A questão que se plantea é sobre os desafios desta fusão?

Segundo as fontes de um dos partidos federalistas, a maioria dos ativistas da esquerda parece estar ciente do rol da entrada nas eleições, sem esta integração, resultado da intransigência de Nabila Muneeb, secretária-geral do Partido Socialista Unificado, cujo Najib Al-Asbi, especialista em economia alertado sobre a necessidade de integração.

" Prometindo aos ativistas e simpatizantes durante as próximas eleições de 2021, chegar a uma proposta que cumpre com as obrigações e as responsabildiades, antes desta data prevista para fusão dos partidos em questão".

Os jornais locais informam que Sra Munib não poupa os meios disponíveis, para bloquear todas as iniciativas destinadas a acelerar a fusão entre os três partidos para construir um Grande Partido Socialista, cujas últimas manobras, conforme a fonte do partido, levam a uma decisão do Conselho Nacional do partido sobre a fusão, propondo adiar o projeto até depois das eleições, difícil, mas ao mesmo tempo agrava ás divergências e complica os resutados das eleições e suas repercussões.

Tais manobras indicando que nenhuma dessas duas partes, seja a favor ou contra a fusão, atendem a alguns objetivos partidários, ou aos interesses categorias sociais que compoem os partidos.

«O problema dos partidos federalistas com a Sra Munib, acusada de egoismo, da tomada de posições, unilateralmente, durante as últimas eleições legislativas, continua levantando debates, sobre a perda de votos, contro o consenso da carta da federação ».

A Sra Munib, segundo a mesma fonte, continua sendo o obstáculo, para alguns, sobretudo das organizações da juventude da federação de esquerda, reestruturando o corpo executivo especial, em nome do jovem Abdel-Ati Rabia (secretário nacional da juventude emergente), cuja reunião pública dos jovens de esquerda levaram ao caminho da política da união das forças, objeto de uma tempestade nos círculos da federação, principalemnte do jovem Abdel-Ati Rabiaa, traduzindo a posição nacional.

O pano de fundo desse ataque, ao partido, traduz a incapacidade de impor a hegemonia ao Movimento da Juventude Democrática do Partido Socialista Unido, pelos apoiadores, severamente derrotados pelo movimento Mujahid.

Tal partido dos jovens, liderados por Zeinab Ehsan, secretaria nacional, da próxima Assembléia Nacional, atraiu apoiadores para assinar uma petição, sob o pretexto de enfrentar as oposições, juntamente com alguns jovens da esquerda dos partidos, aliados, conforme a Muhammad al-Sasi, da iniciativa do processo de integração.

Quais são as Batalhas perdidas?

A Sra Munib, depois de confirmar a fraqueza de sua posição dentro do partido e do federalismo sobre a questão da fusão, a aproximação da data da conferência nacional, provavelmente, janeiro próximo, de acordo com a lei interna, visando um terceiro mandato.

« Através das manobras aleatórias do partido da esquerda, dos problemas pessoais e das rivalidades, envolvendo os membros partidários, Omar Belafrij, Zainab Ehsan, Muhammad Mujahid e Karim Tazi, secretários gerais da FNC, Vanguarda Social-Democrata, todo parece aberto sobre a resposta que exige o país numa fase em que o país exige numa eleite, capaz de integrar a nova estrutura do paradigma socioeconômico que o rei anunciou.

A Sra Munib, em relação aos membros do partido e dos componentes da federação, pergunta até onde suas declarações arrastam a esquerda para as batalhas perdidas?, o cinismo e o ridicularismo, dos sites de mídia social, e ao Membro do Parlamento, Wiam Al-Mahrashi, filha de Al-Arabi Al-Mahrashi, líder do Partido da Autenticidade e Modernidade.

A Sra Muneeb, figura carismática, criou um clima de confrontações e de acusações, debate dos diferentes nomes de esquerda de responsabilidades como, Mahdi Lahlou, Muhammad Al-Sassi, Karim Tazi, Naguib Asqabi, Muhammad Mujahid e Omar Belafrij, levado a renúncia do Escritório Político.

O rol de Abdel-Ali Akamira , ex-secretário geral adjunto do Partido Socialista Unificado, no debate partidário

A declaração deste secretário do Partido Socialista levanto o debate sobre o papel da Unificação numa situação difícil, que não permite um espaço aberto para a sociedade?.

Finalmente, o que se pode concluir é que tal atraso pela militancia partidária a favor de uma nova abordagem das questões de desenvolvimento do partido. Para superar as deficiências do aparelho econômico, social e dos burocráticos devem ser visto de forma diferente, a luz do novo cenário do país.

Isso implica uma mudança profunda nos métodos de trabalho e comportamento. A mudança gera uma infinidade de tarefas a cumprir e, consequentemente, os meios necessários para o nivelamento geral do país, e da necessidade de redefinir o papel do Estado em relação á aceleração do ritmo das mudanças para os partidos da esquerda. Bem como desta escolha estratégica da esquerda que busca um novo impulso à política de desenvolvimento econômico de nosso país. Traduzendo ao nosso ver a adoção de políticas estruturais coerentes.

Lahcen EL MOUTAQI

Professor universitário- Rabat, Marrocos

ELMOUTAQI
Enviado por ELMOUTAQI em 10/08/2020
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