Acreditar
Por longos dias e dias, anos e anos em um esforço danado tanto com o corpo, como também com as forças interiores da vida, sentindo todo ser já esvarrido pelo cansaço, buscando na fonte secreta forças pra seguir enfrente enfrentando e encarando os obstáculos da imensa subida da montanha quase invencível e em algumas vezes incompreensível da jornada. E sem perceber seguro em seu curso de repente um escorregão e a palma do pê direito toca no degrau que parti ao meio e todo corpo se solta jogando-se ao grande xênio do desfiladeiro por entre as pontiagudas rochas seculares e milenares da montanhas e por entre as correntes do ar quente do xênio, o corpo já cansado vai desfalecendo de encontro com as rochas gigantescas no fundo do imenso xênio, um voo rasante e constante em sua queda certeira no fundo do abismo ainda quase indesvendável aos olhos insanos do corpo. Nesta queda de mais uma aventura na subida íngreme da jornada, o corpo todo quebrado, os ossos sento esmoído pelo triturador começa a bater na copa das arvores frondosas e seculares que alimenta a vida e doa sombra para o imenso xênio e em uma descida sublime e rasante batendo com as costas e todo corpo de galho em galho amortecendo a queda certeira de encontro com as rochas seu corpo se joga esbaforido sobre uma rocha gigantesca de pedra sabão.
Ali perdido no meio do ermo da jornada sem saber bem aonde esta, mas feliz por ter conseguido suportar e vencer mais uma imensa queda de seu corpo, quando já estava avistando as luzes do alto da montanha já quase galgando o penúltimo degrau de uma bela subida nos degraus milenares e seculares da estrada. Um suspiro profundo afagando o peito recarregando o ar dos pulmões e os olhos vão abrindo bem devagar tentando mapear o lugar aonde teu corpo este jogado no meio das rochas seculares, e ao abrir bem os olhos não reconhece o lugar e em toda sua volta muita pedra e um pouco mais adiante a alguns metros de distancia de onde se encontra um caudaloso rio corta por entre as rochas sua margem de agua cristalina borbulhando de encontro com as pedras, seguindo seu curso, ai todo rebentado sem muita força com os lábios secos ressecados, começa a assegurar nas pedras ajuntando forças nem sabe si de onde e começa bem lentamente a arrastar seu corpo pelas pedras quente se arrastando ate a margem do rio para saciar a sede do corpo, a secura nos lábios e tamanha que mal consegue chegar direito a margem do rio e já joga a boca na correnteza da agua e enche a boca de agua , e do mesmo rompante já sussurra espirando toda agua para o ar, pois mal sabia aonde estava e a agua cristalina e caudalosa do rio e salobra. Neste instante ergue um pouco a cabeça e começa a olhar para cima as nuvens em seu bailar junto ao firmamento bem pequenas longe do olhar, respira uma, duas, três vezes varias vezes, no cantil não tem mais agua , esta vazio, a secura dos lábios denuncia a demência da sede no corpo, mas ai e seguir enfrente um destino olha pra um lado e por outro e decide , seguir para o norte, e começa mais uma caminhada debaixo do sol escaldante de meio dia a pisar de pedra em pedra rumo chegar na sombra da frondosa arvore secular, se arrastando os pés quase não conseguindo segurar o peso do próprio corpo sobre seus pés sobre e cada passo os passos vão conduzindo o corpo tremulo, cansado e de passo a passo bem devagar vai conseguindo conduzir teu corpo ,chegando mais próximo da frondosa arvore e depois de muito esforço consegue se jogar na sombra da frondosa arvore secular todo seu corpo de encontro com a relva.
Ali deitado jogado sem rumo, alimentando a loucura e a razão, sem compreender o compreensível para o momento, buscando força para alimentar o corpo na ausência de saciar sua sede, a mente bailar no baile da jornada, , e exausto deixa a cabeça rola para o lado e sem esperar sem esperança nem uma a boca toca de encontro com uma folha umedecida molhando seus lábios secos ressecados, fazendo uma imensa força abre os olhos e vê debaixo das folhas a terra umedecida, sem pensar começa e encher a boca com o barro molhado saciando buscando mantar a sede do corpo, cavando o barro com as mãos trêmulos e fracas encontrando no meio da lama agua turva para matar a sede, depois de mantar a sede fraco mas acreditando se solta por alguns instante no curso da jornada do tempo ali debaixo da frondosa arvore secular, tentando desligar e energizar o corpo, suspira profundamente afagando o peito e o corpo em calafrio debaixo de um sol quente bem próximo dos trinta e dois graus positivos, mas ai um mundo de perguntas e mais perguntas milhões de bilhões de perguntas algumas conhecidas outras desconhecidas e as respostas cadê uma única resposta , imagina reflete e o dia em seu curso cursando a jornada do tempo , mas e seguir enfrente tentar erguer-se sobre as próprias pernas trêmula e levantar o corpo, pois a tarde não tarda muito a chegar e encontrar um pequeno abrigo talvez seja a única solução exata para a jornada de agora.