O PERSONAGEM ABRE A JANELA
A tempos em sua clausura, recluso em seu lugar frio e escuro se encontra o jovem adolescente, perdido em sua tristeza. Tenta de alguma forma, se inserir nas rodas de conversa na escola, sorriso fácil, sempre presente e prestativo, queria agradar, porém a solidão na verdade, é que era sua companheira.
A família estruturada, pai firme e compassivo, disciplinador, não violento, mãe zelosa e passional, era fácil viver ali. Não pra ele. Sempre se questionava que nasceu sem pedir, de quem teria tirado o lugar? Qual seria seu papel no mundo?
Assim, foi levando os dias, o tempo insistia em passar, do mundo tinha medo, das coisas da vida, não queria amadurecer. O que faria quando perdesse seus pais? Teria onde voltar? O porto era seguro, águas eram calmas, os ventos passavam ao longe, por que sair dali?
Mas, o dia chegou, o mundo, com suas feras, se apresentou, trouxe medo e decepção, muitas perdas e danos, sua mente já conturbada, sucumbiu aos acontecimentos, completando seu corpo letárgico.
Agora era questionado, inquirido de forma rude, homem feito que é, 30 anos nas costas, como pode ser fraco diante da vida? E a janela se fecha, entra em seu universo melancólico e sem luz. Acredita que se ficar inerte, despercebido de todos, talvez encontre algo para se segurar.
Mais o contrário se aparece a sua frente, de costas para a janela, olha pro fundo do quarto, limitado de quatro paredes, vê sua sombra a lhe acompanhar. Sons abafados da rua, de pessoas conversando, sua condição era o assunto. Morava em casa sua, mais era como se o teto lhe faltasse.
Deitado na cama simples, um guarda-roupas cheio de nada, ali perdido na vida, por vezes levanta, apenas para contemplar o chão. Cortina e janela serrada, queria esta condição, manter-se acompanhado do quarto com guarda-roupas, a cama e a solidão.
Os dias se passam e ele sem reagir, com apenas gemidos, reclama, que o peito aperta, o coração pesa, a voz não sai. Tanto faz o que come, o que bebe, os remédios lhe são em vão.
Então por magia, um fato marcante acontece. Uma visita esperada, mais não tinha data certa, traz a paz para seus dias. Sua reação é imediata, ele abre a janela, a luz vai invadido o quarto, saindo logo depois, levando a alma sofrida do corpo agora sem dor.
Texto composto para Oficina de Escrita Criativa
A tempos em sua clausura, recluso em seu lugar frio e escuro se encontra o jovem adolescente, perdido em sua tristeza. Tenta de alguma forma, se inserir nas rodas de conversa na escola, sorriso fácil, sempre presente e prestativo, queria agradar, porém a solidão na verdade, é que era sua companheira.
A família estruturada, pai firme e compassivo, disciplinador, não violento, mãe zelosa e passional, era fácil viver ali. Não pra ele. Sempre se questionava que nasceu sem pedir, de quem teria tirado o lugar? Qual seria seu papel no mundo?
Assim, foi levando os dias, o tempo insistia em passar, do mundo tinha medo, das coisas da vida, não queria amadurecer. O que faria quando perdesse seus pais? Teria onde voltar? O porto era seguro, águas eram calmas, os ventos passavam ao longe, por que sair dali?
Mas, o dia chegou, o mundo, com suas feras, se apresentou, trouxe medo e decepção, muitas perdas e danos, sua mente já conturbada, sucumbiu aos acontecimentos, completando seu corpo letárgico.
Agora era questionado, inquirido de forma rude, homem feito que é, 30 anos nas costas, como pode ser fraco diante da vida? E a janela se fecha, entra em seu universo melancólico e sem luz. Acredita que se ficar inerte, despercebido de todos, talvez encontre algo para se segurar.
Mais o contrário se aparece a sua frente, de costas para a janela, olha pro fundo do quarto, limitado de quatro paredes, vê sua sombra a lhe acompanhar. Sons abafados da rua, de pessoas conversando, sua condição era o assunto. Morava em casa sua, mais era como se o teto lhe faltasse.
Deitado na cama simples, um guarda-roupas cheio de nada, ali perdido na vida, por vezes levanta, apenas para contemplar o chão. Cortina e janela serrada, queria esta condição, manter-se acompanhado do quarto com guarda-roupas, a cama e a solidão.
Os dias se passam e ele sem reagir, com apenas gemidos, reclama, que o peito aperta, o coração pesa, a voz não sai. Tanto faz o que come, o que bebe, os remédios lhe são em vão.
Então por magia, um fato marcante acontece. Uma visita esperada, mais não tinha data certa, traz a paz para seus dias. Sua reação é imediata, ele abre a janela, a luz vai invadido o quarto, saindo logo depois, levando a alma sofrida do corpo agora sem dor.
Texto composto para Oficina de Escrita Criativa