Liana (Capitulo I)
Liana nasceu em uma família sem muita convicção religiosa, cresceu num lar com um pai abusivo, homem trabalhador, mas bastava dar sexta-feira para que o monstro aparecesse sob os efeitos do álcool, durante a semana era pai amoroso, calmo e até divertido, mas aos finais de semana era um homem violento, que por várias vezes espancou a própria esposa e que muitas vezes estendeu seu braço forte sobre seus filhos.
Na adolescência ficou órfã de pai, se envolveu com drogas, viu seu irmão morrer, viu o desfile de namorados da mãe jovem e viúva, andou pelas trevas do mundo, até que um dia, ela recebeu um convite de uma amiga evangélica.
“_Liana venha comigo a igreja?!”
“_Não! Eu sou uma perdida, Deus com certeza não me quer. ” Respondeu Liana.
Então a amiga lhe disse:
“_Deus lhe ama como está, mas Ele sabe como você deve ser! Venha comigo?!”
Aquela fala encheu a vida de Liana de esperança e ela foi.
A recepção na igreja foi calorosa, cheia de abraços, a pregação veio de encontro as suas dores, ali mesmo, naquele momento a vida de Liana começou a mudar.
Depois de um tempo trouxe a mãe, o tempo passou e o amor se apresentou.
Liana havia descoberto o valor da verdade e depois de um tempo de namoro, ela contou ao namorado sua história, com todas as cores dolorosas de sua queda; mas o namorado era como o irmão EGOÍSTA da parábola do Filho Pródigo, pois ele só enxergava o erro, o passado equivocado e seus dias de trevas; não conseguia ver a sua luta, o seu progresso, a sua vitória sobre o orgulho e nem como ela crescia para Deus, e assim ele se afastou.
Nos dias que se seguiram Liana murchou, mas Deus tinha outras ideias para a vida dessa jovem, e ela recebeu uma proposta para aprimorar o seu inglês fora do país, mas precisamente na América.
Como iria? Não tinha dinheiro? Mas, quando Deus quer tudo é providenciado. As passagens sua mãe comprou, amigos da igreja conseguiram uma casa de família para ela ficar nos EUA, onde ela seria babá em um período e estudaria em outro, e assim foi feito.
Continua...