A estatística que está faltando

A mídia apresenta diariamente, até de maneira mórbida, as estatísticas do vírus chinês. Dão o número total de infectados e em seguida o número de mortos, no país ou no mundo, no total ou no mês ou no dia. ÀS VEZES informam também o número de curas.
Já tem um erro nisso, pois quem não raciocinar (e tem tanta gente que não raciocina) vai achar que a estatística do total de contagios é atual, tantas centenas de milhares portando a doença. Só que não é assim, é preciso subtrair mortos e curados para chegar ao número atualizado de pessoas infectadas.
Isto posto, resta uma estatística que a meu ver terá de ser feita mais cedo ou mais tarde: as pessoas que morreram e ainda morrerão de fome em consequência direta dos empregos e serviços informais que foram suprimidos, a proibição de se trabalhar. As pessoas não comem demagogia, comem comida. Sem trabalho não há dinheiro, sem dinheiro não há comida e sem comida morre-se de fome literalmente falando. As pessoas que perderam seus trabalhos e suas famílias, principalmente as crianças que morrerão mais depressa, por mais vulneráveis, de fome e subnutrição, porque seus pais não lhes podem mais fornecer alimentação.
Algum dia terá de ser realizada uma auditoria desse escândalo.