Meus dezoito anos

Ah! Que dolorida lembrança dos meus dezoito anos,

Onde os sinos badalavam nas noites de natal,

E aquele banquinho de madeira na Praça da Matriz,

Hoje, não existe mais.

Meus dezoito anos, foram algo mais que impressionante,

Naquela Avenida cheia de árvores e luzes,

Foi lá! Que pela primeira vez beijei a menina morena

E desfilamos no mais elegante dos cenários de ilusão.

Sentavámos numa montanha para olharmos o trem passar,

Trocávamos gargalhadas com a cachoeira que passa.

Foi la! Que meu coração bateu mais forte quando pensei

Numa aliança.

O sol brilhava só pra nós dois.

Meu pai! Meu pai, sempre me dava conselhos

E me mostrava os traumas e a realidade que eu não queria vê.

Os anos não voltam mais.

Ah! Meus dezoito anos, cheio de promessas e de planos.

Hoje, tenho quase vinte e um anos, dois de desengano.

Por que tive que sair?

Tudo se transformou, até a menina morena.

Só lembranças me envolvem nuna cidade desconhecida.

Meu coração chora amargamente de saudades.

Que anos!

Anos cheios de surpresas e de flores, pássaros,

Foram, meus dezoito anos.

Cai uma lágrima dos meus olhos, tenho que parar.

Só Saudades e lembranças!

Charles Costa
Enviado por Charles Costa em 16/05/2020
Reeditado em 22/05/2021
Código do texto: T6948814
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