Meus dezoito anos
Ah! Que dolorida lembrança dos meus dezoito anos,
Onde os sinos badalavam nas noites de natal,
E aquele banquinho de madeira na Praça da Matriz,
Hoje, não existe mais.
Meus dezoito anos, foram algo mais que impressionante,
Naquela Avenida cheia de árvores e luzes,
Foi lá! Que pela primeira vez beijei a menina morena
E desfilamos no mais elegante dos cenários de ilusão.
Sentavámos numa montanha para olharmos o trem passar,
Trocávamos gargalhadas com a cachoeira que passa.
Foi la! Que meu coração bateu mais forte quando pensei
Numa aliança.
O sol brilhava só pra nós dois.
Meu pai! Meu pai, sempre me dava conselhos
E me mostrava os traumas e a realidade que eu não queria vê.
Os anos não voltam mais.
Ah! Meus dezoito anos, cheio de promessas e de planos.
Hoje, tenho quase vinte e um anos, dois de desengano.
Por que tive que sair?
Tudo se transformou, até a menina morena.
Só lembranças me envolvem nuna cidade desconhecida.
Meu coração chora amargamente de saudades.
Que anos!
Anos cheios de surpresas e de flores, pássaros,
Foram, meus dezoito anos.
Cai uma lágrima dos meus olhos, tenho que parar.
Só Saudades e lembranças!