Da mentira nossa de todo dia
Dizem que a mentira tem pernas curtas. Mas parece que atualmente a coisa se camuflou tanto que a mentira virou verdade e vice versa, a depender das forças hegemônicas dos atores envolvidos. Inclua-se no rol todo o aparato midiático nas mãos de algumas famílias e amigos do poder.
Até a segurança pública, ou, principalmente ela, passou a fazer parte do batalhão de milicianos que governam este planeta. De um lado, alguns gatos pingados apegados aos manuais de direitos humanos; de outra parte, o discurso de 'bandido bom é bandido morto', desde que o/a bandido/a não seja sangue do seu sangue, e alimente as milícias digitais e de carne e osso, que lutam dia e noite para não largar o osso, ou as tetas.
A jumentada relincha todo dia contra os direitos humanos. Incluídos na manada os analfabetos funcionais, as pessoas de má índole e de caráter duvidoso, os 'democratas de plantão', os legalistas, as hienas loucas, os empresários da desgraça alheia, exploradores da fé, vendedores de terrenos em Marte, defensores do Estado Mínimo (para o povo, mas do Estado Máximo para si e os seus 'investimentos empresariais e culturais').
Todos os mugidos e rosnados são orquestrados e, mesmo a dita 'mídia alternativa, democrática etc' entra na onda, respondendo, repercutindo ou alimentando os relinchos da jegada, do maestro maior, sem fazer um tom crítico e razoável. Assim, ao invés de combater a indústria de narrativas (pode chamá-la de fábrica de Fake News - incluídas as grandes redes 'acima de qualquer suspeita'), reverberam o discurso que nos deixa a cada minuto mais idiota do que antes. E fortalece a dominação de interesse de um grupo que assalta os cofres e as instituições todos os dias. Na mesma onda, as ditas instituições mantenedoras da democracia nadam de braçada no lodo, ou se esquivando de enfrentar os demônios, ou decretando sentenças contraditórias para fazerem de conta que estão combatendo o fascismo.
A fala, a expressão, o domínio dos 'códigos' secretos da língua, a invenção de linguagens tecnocratas, a rejeição de qualquer variação linguística trabalham em conjunto para a manutenção da opressão e do controle social.
Em um país cujos 'donos' do poder também são donos de todos os canais de comunicação, onde não se fala em democratização da mídia, onde não se valoriza nem permite o nascimento de comunicação comunitária; esse país cuja narrativa é feita na vertical, de cima pra baixo, a exemplo dos 'jornais nacionais', que nos empalam pelos olhos e ouvidos todos os dias, em que a educação se resume a letrar e repetir feito papagaio, temos a receita perfeita para o clientelismo, coronelismo, mitomanismo e outros ismos.
Estamos, há muitas gerações, doentes da memória, do caráter e sendo guiados ao matadouro. A reação é sorrir da próxima vítima da fila da qual fazemos parte. Sem um enfrentamento inteligente, sem oposição, a bandidagem legalizada ou os foras da lei se unem e nos controlam, como acontece em tantos países desse mundo podre.
Até a segurança pública, ou, principalmente ela, passou a fazer parte do batalhão de milicianos que governam este planeta. De um lado, alguns gatos pingados apegados aos manuais de direitos humanos; de outra parte, o discurso de 'bandido bom é bandido morto', desde que o/a bandido/a não seja sangue do seu sangue, e alimente as milícias digitais e de carne e osso, que lutam dia e noite para não largar o osso, ou as tetas.
A jumentada relincha todo dia contra os direitos humanos. Incluídos na manada os analfabetos funcionais, as pessoas de má índole e de caráter duvidoso, os 'democratas de plantão', os legalistas, as hienas loucas, os empresários da desgraça alheia, exploradores da fé, vendedores de terrenos em Marte, defensores do Estado Mínimo (para o povo, mas do Estado Máximo para si e os seus 'investimentos empresariais e culturais').
Todos os mugidos e rosnados são orquestrados e, mesmo a dita 'mídia alternativa, democrática etc' entra na onda, respondendo, repercutindo ou alimentando os relinchos da jegada, do maestro maior, sem fazer um tom crítico e razoável. Assim, ao invés de combater a indústria de narrativas (pode chamá-la de fábrica de Fake News - incluídas as grandes redes 'acima de qualquer suspeita'), reverberam o discurso que nos deixa a cada minuto mais idiota do que antes. E fortalece a dominação de interesse de um grupo que assalta os cofres e as instituições todos os dias. Na mesma onda, as ditas instituições mantenedoras da democracia nadam de braçada no lodo, ou se esquivando de enfrentar os demônios, ou decretando sentenças contraditórias para fazerem de conta que estão combatendo o fascismo.
A fala, a expressão, o domínio dos 'códigos' secretos da língua, a invenção de linguagens tecnocratas, a rejeição de qualquer variação linguística trabalham em conjunto para a manutenção da opressão e do controle social.
Em um país cujos 'donos' do poder também são donos de todos os canais de comunicação, onde não se fala em democratização da mídia, onde não se valoriza nem permite o nascimento de comunicação comunitária; esse país cuja narrativa é feita na vertical, de cima pra baixo, a exemplo dos 'jornais nacionais', que nos empalam pelos olhos e ouvidos todos os dias, em que a educação se resume a letrar e repetir feito papagaio, temos a receita perfeita para o clientelismo, coronelismo, mitomanismo e outros ismos.
Estamos, há muitas gerações, doentes da memória, do caráter e sendo guiados ao matadouro. A reação é sorrir da próxima vítima da fila da qual fazemos parte. Sem um enfrentamento inteligente, sem oposição, a bandidagem legalizada ou os foras da lei se unem e nos controlam, como acontece em tantos países desse mundo podre.