ESCREVER? ESCREVI,MAS...
Escrevi, escrevi e escrevi, mas ninguém mostrou ter lido!
É de desanimar!
Ora, e quanto ao que se fala, que ninguém demonstra ter ouvido, por não responder, por não dar continuidade ao que se falou? Não é, também isto, de desanimar? Não incomoda isto sobremaneira?
Incomoda, todavia a gente sente um compulsão por falar, e falar, e falar... Queremos falar, falar. E todos continuam falando, falando, falando...
Não poderia continuar assim. É como se estivéssemos sozinhos no mundo, pois todo mundo fala e ninguém demonstra ouvir! Importa tomar providências!
Sugestão. Sugiro ouvir, ouvir e ouvir. Depois, quando o falador, por cansaço, der uma pausa ao ouvinte, repetir para ele tudinho o que ele falou. Pode ser que ele nos ouça então ,e, todavia, pode acontecer que ele não nos ouça.
Se ele não nos ouvir, só nos resta voltar à sugestão: novamente sugiro ouvir, ouvir e ouvir. Depois, quando o falador, por cansaço, der uma pausa ao esgotado ouvinte, repetir para ele tudinho o que ele falou.
Pode ser que desta vez ele nos ouça e pode acontecer que ele não nos ouça. Se ele nos ouvir e ficar disponível para nos ouvir ─ fantátisco! ─, então, o que iremos dizer?
Fiquei surpreso. Fiquei estupefacto. Preciso, para responder, pensar muito.
Pensando... Pensando... Pensando...
Diógenes Pereira de Araújo
Escrevi, escrevi e escrevi, mas ninguém mostrou ter lido!
É de desanimar!
Ora, e quanto ao que se fala, que ninguém demonstra ter ouvido, por não responder, por não dar continuidade ao que se falou? Não é, também isto, de desanimar? Não incomoda isto sobremaneira?
Incomoda, todavia a gente sente um compulsão por falar, e falar, e falar... Queremos falar, falar. E todos continuam falando, falando, falando...
Não poderia continuar assim. É como se estivéssemos sozinhos no mundo, pois todo mundo fala e ninguém demonstra ouvir! Importa tomar providências!
Sugestão. Sugiro ouvir, ouvir e ouvir. Depois, quando o falador, por cansaço, der uma pausa ao ouvinte, repetir para ele tudinho o que ele falou. Pode ser que ele nos ouça então ,e, todavia, pode acontecer que ele não nos ouça.
Se ele não nos ouvir, só nos resta voltar à sugestão: novamente sugiro ouvir, ouvir e ouvir. Depois, quando o falador, por cansaço, der uma pausa ao esgotado ouvinte, repetir para ele tudinho o que ele falou.
Pode ser que desta vez ele nos ouça e pode acontecer que ele não nos ouça. Se ele nos ouvir e ficar disponível para nos ouvir ─ fantátisco! ─, então, o que iremos dizer?
Fiquei surpreso. Fiquei estupefacto. Preciso, para responder, pensar muito.
Pensando... Pensando... Pensando...
Diógenes Pereira de Araújo