A PANDEMIA E EU, MAS QUEM SOU EU?
Sou um velhinho com mais de 500 anos, a minha saúde está debilitada, as minhas pernas estão fracas, a minha condição financeira está desorganizada, a desigualdade social, a miséria, a fome e a sede, habitam no meu interior, estou desapontado e vai chegar um momento que não terei mais forças para reagir.
O sentimento de impotência se alastra sobre mim, cada dia que passa, vejo a situação se agravar, sem a certeza de quando tudo isso vai terminar.
As dúvidas são enormes, as incertezas desafiam o poder da Ciência, os homens entram em contradição a todo instante, sem perspectiva de harmonia entre as ideias, nesse caso, brotam os conflitos e o consenso é irracionalmente ignorado.
Os números divulgados diariamente em todo o meu território, só me deixam ainda mais angustiado, vejo os meus filhos sendo impiedosamente infectados e devorados por um ser minúsculo, impossível de ser visto a olho nu, no entanto, terrivelmente letal.
Nesta ocasião, o luto se faz presente em diversos lares espalhados na imensidão das minhas terras, o choro, denuncia o sentimento de perda, o vazio é preenchido com a saudade daqueles que partiram precocemente, sem tempo para despedidas.
A compaixão é necessária, o consolo é fundamental, a solidariedade ameniza a dor, a oração nos fortalece, e nos traz a esperança que essa tempestade vai passar e dias melhores estão por vir.
Olá! Caro leitor, agora já posso me apresentar, meu nome é "BRASIL" em tempos de Pandemia.