A PANDEMIA E EU, MAS QUEM SOU EU?

Sou um velhinho com mais de 500 anos, a minha saúde está debilitada, as minhas pernas estão fracas, a minha condição financeira está desorganizada, a desigualdade social, a miséria, a fome e a sede, habitam no meu interior, estou desapontado e vai chegar um momento que não terei mais forças para reagir.

O sentimento de impotência se alastra sobre mim, cada dia que passa, vejo a situação se agravar, sem a certeza de quando tudo isso vai terminar.

As dúvidas são enormes, as incertezas desafiam o poder da Ciência, os homens entram em contradição a todo instante, sem perspectiva de harmonia entre as ideias, nesse caso, brotam os conflitos e o consenso é irracionalmente ignorado.

Os números divulgados diariamente em todo o meu território, só me deixam ainda mais angustiado, vejo os meus filhos sendo impiedosamente infectados e devorados por um ser minúsculo, impossível de ser visto a olho nu, no entanto, terrivelmente letal.

Nesta ocasião, o luto se faz presente em diversos lares espalhados na imensidão das minhas terras, o choro, denuncia o sentimento de perda, o vazio é preenchido com a saudade daqueles que partiram precocemente, sem tempo para despedidas.

A compaixão é necessária, o consolo é fundamental, a solidariedade ameniza a dor, a oração nos fortalece, e nos traz a esperança que essa tempestade vai passar e dias melhores estão por vir.

Olá! Caro leitor, agora já posso me apresentar, meu nome é "BRASIL" em tempos de Pandemia.

Prof Jose Elenilson
Enviado por Prof Jose Elenilson em 15/04/2020
Código do texto: T6918031
Classificação de conteúdo: seguro