Em meio ao caos, não se pode perder a esperança e o dever jurídico de alteridade. Nesse sentido, foi acertada a decisão do Poder Público de distribuir alimentação escolar mesmo com a suspensão das aulas em decorrência do novo coronavírus (a medida intencionou/intenciona coibir sua transmissão "em massa").

Explicando melhor: os estudantes da rede pública de ensino terão o direito de continuar a receber a merenda escolar. Essa ação governamental - fruto de parceria entre as esferas nacional e subnacionais de poder - objetiva garantir o direito fundamental à alimentação, notadamente, aos alunos de baixa renda e aos beneficiários do programa "Bolsa Família".

Como isso está sendo operacionalizado (ou deveria estar)? - As escolas recebem (ou deveriam receber) e viabilizam (ou deveriam viabilizar) a distribuição. A pandemia precisa ser enfrentada sem pânico, com informação e inteligência.

Não se quer crer que, "a essa altura do campeonato", ainda haverá alma a querer se locupletar da distribuição e/ou efetivá-la mediante comportamentos pouco republicanos. 

Porém, o patrimonialismo, o "açambarcamento" da coisa pública e o seu trato como se privado fora, o familismo e o compadrio, o fisiologismo, o sistema de troca de favores e o tráfico de influências são condutas useiras e vezeiras na realidade pátria. A conscientização erige como eficaz antídoto.

Por fim, parece que as máscaras da hipocrisia estão a ruir. Que caiam por terra. A fé viva é o que move o verdadeiro ser humano. Ser humano difere substancialmente de mera criatura humana. Sim ou não?!

Referência

https://www.gov.br/pt-br/noticias/educacao-e-pesquisa/2020/03/merenda-escolar-esta-sendo-distribuida-mesmo-com-a-suspensao-das-aulas