Mais um breve ensaio sobre o amor

Existem milhares de textos, orientações e recomendações sobre como se deve amar. Há cursos, palestras, encontros ou seminários ensinando os papéis e deveres do homem e da mulher. Mas é possível ter uma definição absuluta sobre o que é o amor ou sobre como amar?

Mensagens de amor baseadas na Bíblia explicam seus diversos tipos derivados das diversas palavras gregas que eram utilizadas para significar esse sentimento em todas as suas manifestações. No grego quatro palavras. No português e outras idiomas modernos, como também o inglês, uma única palavra. Os gregos, talvez os maiores influenciadores da cultura ocidental, pensavam e compreendiam profundamente esse sentimento que hoje se resume a uma só palavra. Diz-se amar desde um tipo de comida, uma música até os filhos e outros entes queridos.

Geralmente esses textos e ensinos são uma lista do que fazer e do que não deveria ser feito. Atitudes que demonstrem o amor de maneira prática. Mas será que realmente é possível se ensinar a amar? Será que é possível "amar" seguindo uma cartilha ou orientação?

O amor deveria ser expontaneo, sempre doado e nunca exigido. Como pode ser ensinado? Como pode caber e ser ajustado a possíveis definições? Algo tão inerente da alma humana a qual é manifestado desde o nascimento na identificação de um filho pela mãe. Em contraste, tudo o que exigido, é basicamente maquiado. Se faz por uma motivação nada expontanea e isso dura até a primeira oportunidade de liberdade. Ele se manifesta de vontade própria, dentro daquilo que já havia na alma e não daquilo que se aprendeu. Ele surpreende. Ele é movido de graça. Ele acalenta. É algo sublime.

Portanto, não há amor sem liberdade. Não há amor se não for expontaneo. Não há amor se não for doado. Não há amor se tiver que ser exigido. Não há amor que seja aprendido.

Poeta bobo
Enviado por Poeta bobo em 03/01/2020
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