Preze sua mente

Essa história que vou contar agora é uma homenagem que faço a minha aprendiz do Tomo II, que em muitos momentos se tornou minha mestra: Ana Lúcia. Imensa gratidão, querida!

Assim começa a história:

Ana estava com os amigos e logo começou a ouvir convites do tipo:

_ Ana bebe aí! Beber é bom, larga de ser fresca. Dizia um.

_ Ana fuma esse cigarro, sua mente vai se libertar. Dizia outro.

_ Você sabe que quando nossa mente é livre, nosso corpo também é?!

_ Larga essas ideias bobas, é bom fazer o que a gente quer e deseja, vamos, Ana!

O pai de Ana sentindo um aperto no peito, resolveu ir até a casa dos amigos da filha. Assim que chegou, não gostou do que viu, jovens fumando narguile, música horrível, depreciativa; chamou Ana e essa veio preocupada e perguntou:

_ Pai o que houve?

O pai sentindo o cheiro de álcool, respondeu:

_ É sua mãe! Está passando mal...

Ana saiu rapidamente, acompanhando o pai, que orava silenciosamente por uma inspiração. Assim que eles entraram no carro, o pai tomou uma direção contrária a do lar. Ao ver a praça, ele teve uma ideia, parou, pediu que a filha descesse e chamou um mendigo próximo, sujo, fedido e parecendo drogado e perguntou-o:

_ Você quer essa moça pra você?

_ Pai!!! Gritou Ana.

O mendigo e drogado olhava a moça, como a examinar um presente.

Ana começou a chorar, então o pai pediu a ela que entrasse no carro, deu um dinheiro ao mendigo que saiu cambaleando, voltou ao carro, onde Ana soluçava e falou:

_ O que você achou do que fiz? Foi bom ou ruim, eu te oferecer para alguém?

_ Foi ruim! Eu fiquei chocada, como o senhor pôde fazer isso comigo?

_ Você filha reclamou, ficou chocada quando eu ofereci seu corpo para um homem estranho, mas não te choca você oferecer sua mente para ideias imundas, perturbadoras, ruins, como: o uso de drogas, álcool, sexo e sabe lá Deus mais o que?! Respirou profundamente e continuou:

_ Eu quero que você saiba que mais precioso que o corpo é a mente - o santuário divino que dirige e governa o santuário material: o corpo! Pense nisso: por que não me choca entregar minha mente para qualquer pessoa influenciá-la?