Fazendo de conta
Fazendo de conta
Fazendo de conta que eu seja um professor treinando vendedores por telemarketing, minha primeira aula começaria assim:
—Bom dia! (ou boa tarde ou boa noite). — Eu sei que vocês não me conhecem. Meu nome é “Zé Nobari” e sou o professor que vai ensiná-los como vender por telefone.
—O telefone hoje não é o mesmo de duas décadas atrás, hoje temos aparelhos que levamos conosco para qualquer lugar e estão acessíveis 24 horas por dia – vou dizer á eles –, mas isso não significa que nós estaremos disponíveis pelo mesmo período.
— Quando alguém recebe um telefonema, este alguém sempre estará fazendo algo e será interrompido por esta chamada, portanto o aconselhável é que o vendedor se identifique,diga por que ligou, pergunte se a pessoa tem interesse e está disponível para ouvi-lo naquele momento ou se aceita receber uma nova ligação em período mais propício.
—Apenas para não ficar sem exemplos, digamos que esta pessoa talvez esteja na cabeceira de um moribundo ou então chegando apressado à porta do banheiro onde pretende se livrar dos sintomas desagradáveis de uma refeição indigesta de momentos atrás.
Não vou parar por ai, depois dessa breve introdução dirigirei aos meus alunos o seguinte pedido: — Quem aqui presente já precisou de um produto ou de um serviço e ficou esperando uma ligação de um vendedor de telemarketing para comprar levante uma mão e quem quando precisou de um produto ou serviço tratou de procurar suprir essa necessidade sem esperar receber um telefonema ofertando exatamente aquilo que ele precisava em uma “Promoção Imperdível! levante as duas.
—Portanto, não estraguem suas chances e não transformem a atividade de vocês em algo detestável o suficiente para despertar na outra pessoa sentimentos avessos a cortesia e a educação. Aceitem a “desculpa esfarrapada” enquanto ela é feita educadamente.