O Falecimento De Geraldo Cléofas Dias Alves
Com acompanhamento médico regular, como é comum aos atletas profissionais, descobriu-se que Geraldo tinha inflamações crônicas na garganta e o departamento médico do clube recomendou a retirada das amígdalas.
Sua operação foi agendada para o dia 25 de agosto de 1976. Porém, por questões burocráticas, Geraldo só foi internado no dia seguinte, desfalcando a equipe que jogara no dia anterior em Fortaleza contra o Ceará.
Geraldo deu entrada no Hospital Rio-Cor, em Ipanema, para retirar as amigdalas quando o relógio marcava 7 horas da manhã do dia 26. Pouco tempo depois, o médico otorrinolaringologista Wilson Junqueira iniciou os procedimentos e aplicou o anestésico local.
Vinte minutos após o início da cirurgia, Geraldo se sentiu mal e seu coração parou. A equipe médica tentou reanimá-lo com injeções e choques elétricos.
As 10h30m Geraldo sofreu uma segunda parada cardíaca e faleceu vitimado por um choque anafilático causado pela anestesia.
No dia de seu enterro, em Barão dos Cocais, a prefeitura decretou feriado e uma multidão de cerca de três mil pessoas acompanhou o sepultamento do seu filho mais ilustre. As bandeiras nacional e do município tremularam com uma faixa preta em sinal de luto.
A morte de Geraldo foi cercada de polêmicas. Sua mãe, Nilza Alves, recusou-se a aceitar como causa da morte uma parada cardíaca. O chefe da equipe médica que operou o jogador, Wilson Junqueira, disse na ocasião que a extração das amígdalas transcorrera sem problemas, mas que os distúrbios circulatórios começaram 20 minutos após a cirurgia, sem um motivo específico. Acrescentou que antecedentes de saúde poderiam ter provocado a morte.