O dia do escritor...
Uma das poucas alegrias da vida numa época de ansiedade é o fato de sermos forçados a tomar consciência de nós mesmos. Quando a sociedade contemporânea, nesta fase de reversão de padrões e valores, não consegue dar-nos uma nítida visão "do que somos e do que devemos ser", palavras de reflexão, vemo-nos lançados à busca de nós mesmos. A dolorosa insegurança que nos rodeia torna-se um incentivo a indagar: será que nos passou despercebidos algum importante manancial de força e orientação? Constato que, de modo geral, este incentivo não é considerado uma bênção. Prefere-se indagar: como é possível alcançar a integral interior numa sociedade tão desintegrada e com crises éticas seríssimas? Ou então: como empreender a longa evolução para autorrealização numa época em que quase nada é certo? Essas são algumas reflexões atuais. Eu tenho dito que um dos caminhos para o equilíbrio das correlações de forças é a conjugação de um neohumanismo junto a ciência da história. Em breve irei escrever aos amigos e amigas uma parte do novo livro de Haicai Poéticos Suspiros, risos.
|Nesse dia, a minha homenagem aos grandes: Augusto dos Anjos e Auta de Souza|
Abraços