QUE TAL TER UMA COLMEIA DE ABELHAS SEM FERRÃO EM SUA CASA?
"Num zune-que-zune lá vão pro jardim brincar com a cravina, valsar com o jasmim. Da rosa pro cravo, do cravo pra rosa, da rosa pro favo e de volta pra rosa (...)". (As abelhas - Vinícius de Moraes).
A ONU proclamou o dia 20 de maio como dia Mundial das Abelhas, o qual, aliás, aqui no Brasil é comemorado no dia 03 de outubro, porém, o descompasso em relação a data de comemoração não representa um grande problema; todavia, bem mais preocupante é o descaso para com a preservação desse inseto que é fundamental para a polinização das plantas e vetor da diversidade da nossa flora e da própria vida humana.
A principal causa tem sido o uso indiscriminado de agrotóxicos e a morte tem sido contada em milhões de abelhas em vários estados brasileiros.
Ressalta-se que no Brasil existem pelo menos 190 espécies de abelhas nativas sem ferrão, muitas delas produtoras de mel, como a famosa Jataí, a Mandaçaia, Uruçu, Iraí, dentre outras, cultivadas pelos índios muito tempo antes do descobrimento.
A boa notícia é que você pode ajudar na preservação destes insetos tão importantes, simplesmente tendo em casa uma ou mais colméias, como um hobby, dando vida ao seu jardim e eventualmente retirando algum mel para consumo próprio.
As abelhas sem ferrão podem ser cultivadas em casa, em meliponários de lazer, conforme dispõe a Lei do Paraná nº 19.152/2017, art. 2º, VI, c.
De igual modo o artigo 5º, §2º, da Resolução nº 346/2004, do CONAMA, dispensa o pedido de autorização para o funcionamento de meliponários com menos de cinquenta colônias e que se destinem à produção artesanal de abelhas nativas em sua região geográfica de ocorrência natural.
Creio que o poder público municipal, poderia participar do processo de preservação mediante políticas de incentivo, educação e orientação; as abelhas, as flores e o planeta agradecem!
Assim, continuaremos a ver e ouvir os "zune-que-zune" das abelhinhas brincando com a cravina e valsando com o jasmim!