HISTÓRIA DE COLÍDER: A CIDADE E SUA FORMAÇÃO HISTÓRICA
HISTÓRIA DE COLÍDER:
A CIDADE E SUA FORMAÇÃO HISTÓRICA
(Atualizada por Elias Alves Aranha – DRT/MT 001016 em 25/04/2019)
População estimada - 33.855 pessoas [2021]
Densidade demográfica - 9,95 hab/km² [2010]
Escolarização 6 a 14 anos - 97,2 % [2010]
IDHM Índice de desenvolvimento humano municipal - 0,713 [2010]
*Eleitorado aptos a votar 21.086 atualizados (fonte: Cartório Eleitoral 14/01/2021) *Fundação oficial 07/05/1974 *Elevada à categoria de Distrito em 18/06/1976 *Elevada à categoria de Município em 18/12/1979; *Comarca instalada em 05/07/1984
DEPENDÊNCIA GENEALÓGICA:
O município de Cuiabá deu origem ao município de Chapada dos Guimarães, do qual se originou o município de Colíder, cuja história começou com um vasto município mato-grossense, com área de 41.853 km², quase igual ao território do (Estado do Rio de Janeiro, localizado na Região Sudeste do Brasil, é o 4º menor em extensão territorial (43.696 km²), ou duas vezes o Estado de Sergipe que é 21.915,116 km², ou sete vezes o Distrito Federal, com 5 801,937 km²,). O Município de Colíder foi reduzido a princípio para 4.166,1 Km² em razão do desmembramento dos cinco primeiros novos municípios, (hoje 3.009,90 Km², menor que o (Distrito Federal, com 5 801,937 km²,)).
Suas raízes históricas remontam ao ano de 1973
Teve início com a chegada de um grupo de pioneiros, logo em seguida as primeiras famílias de colonos que vinham com o objetivo de desbravar o sertão e construir um futuro promissor na expectativa de dias melhores, atraídos pelas terras férteis da região localizada dentro da chamada Amazônia Legal e do aceno sedutor onde houve exploração de ouro, principalmente na localidade de Peixoto de Azevedo, distrito de Colíder, posteriormente município.
Os primeiros habitantes da região de Colíder foram povos indígenas da etnia kayabí, que ocupavam as margens do Rio Teles Pires (conhecido geograficamente por São Manoel) ou Paranatinga. Esses índios se encontram atualmente no Parque Nacional do Xingu e na Área Indígena Kayabí, na margem esquerda do Rio dos Peixes na Aldeia Tatuí, no município de Juara. Mas a tomada de posse da terra, um desenvolvimento estabelecido, apenas ocorreu no tempo dos incentivos fiscais e projetos do Governo Federal na década de 1970. Que tinha como slogan "INTEGRAR PARA NÃO ENTREGAR". Na época era Presidente Emilio Garrastazu Médici - um militar e político brasileiro, presidente do Brasil entre 30 de outubro de 1969 e 15 de março de 1974, durante o Regime Militar, sucessor de Artur da Costa e Silva.
O Colonizador Raimundo Costa Filho, titular da Colonizadora Líder, (Nome empresarial Colider S/A Imobiliária e Colonizadora Líder, Título do estabelecimento (nome fantasia) Colider, Data de Abertura 8/6/1971), com experiência de colonização das cidades de: Fênix e Barbosa Ferraz, ambas no Paraná, seguiram as picadas da Rodovia Federal Cuiabá/Santarém BR-163 (Construída pelo Exército Brasileiro 9º Batalhão de Engenharia e Construção (9º BEC), através do Decreto 1106 de 16 de junho de 1970), com Topógrafos e Agrimensores oriundos do Paraná, entre eles: José Rocha e Eugênio Calisto. E daí procedera às primeiras demarcações da área que já conhecia através de voos à procura de uma localidade plana para edificar uma cidade e teve como base a serra onde hoje é a pedreira e batizou ali por Morro do Sinal.
Inicialmente ocorreu o assentamento das famílias procedentes do interior de São Paulo e posteriormente em um fluxo migratório maior recebiam-se famílias do Paraná expulsas pela mecanização das terras, onde as máquinas modernas substituía o trabalho humano na lavoura, que à procura de terras livres das frustrações climáticas (ventos fortes, chuvas frias e torrenciais, granizo e geadas), fugiam do Sul do País.
Áureo Sampaio Moraes Júnior, ex-vereador de Borrazópolis-PR, trouxe a 1ª caravana de compradores. Saíram de Londrina em 26/12/1972 em uma Chevrolet Veraneio azul, com seus companheiros compradores de terras: Ângelo Ceruti, (vereador de Borrazópolis), Neife Goslei, Leopoldo Ilberati, o japonês Domingos Myagi, e outro japonês, todos desembarcaram na BR-163 aonde no futuro viria ocorrer a implantação de um núcleo urbano (atual cidade de Nova Santa Helena).
Sérgio Dorini, nascido em 11/05/1931, natural de Botucatu SP, casado com Maria Aparecida Dorini, natural de Posse de Ressaca (hoje Santo Antônio de Posse SP), e os seus filhos, foi à primeira família de brancos que chegou com a mudança para morar em Cafelândia que seria a futura cidade da Gleba Cafezal implantada pela Colonizadora Líder, exatamente no dia 08/03/73, região que conhecera desde 15/02/73 quando veio com o corretor Antônio Roque, para comprar terras e havia comprado 15 alqueires.
Sérgio Dorini contava que era mata virgem e ninguém sabia onde seria implantada a cidade, que nem o nome se falava, comentava-se muito na Gleba Cafezal. Só existia o acampamento do 9º BEC “Batalhão de Engenharia e Construções do Exército Brasileiro” na margem do Rio Renato.
Sinop era uma clareira no meio da floresta, havia um posto de venda de combustível e a pensão do Joaquim que atendiam os compradores de terra da Gleba Celeste e colonos assentados só existia na Cidade Vera primogênita da Gleba Celeste da Colonizadora Sinop distante 220 km. (Ênio Pipino, nasceu no dia 12 de Junho de 1917, na cidade de Penápolis, SP, filho de João Pipino Primo e de Dona Rosa Francischetti Pipino).
Dorini tomou conhecimento da Gleba Cafezal através da Rádio Alvorada de Londrina, a partir dali marcou a viagem para a próxima caravana. Ao chegar ao fim da picada gostou das terras e aí o corretor falou que ali seria implantada a cidade. Atraído pela fertilidade do solo anunciou sua vinda, atitude que agradou muito o corretor que ficou muito animado com a sua decisão. Quando já se encontrava de volta no Paraná ouviu anunciar no rádio que seu lote já estava demarcado, então fretou o caminhão do vizinho para trazer a sua mudança.
Sérgio Dorini chegou com a mudança nas proximidades de onde atualmente é a cidade de Nova Santa Helena, mas precisamente na divisa da Fazenda Agroflorestal onde conhecera 30 dias anteriores e ali descarregou e armou um barraco de lona locomotiva na boca da picada para a futura cidade e foi providenciar água para cozinhar. Passou a primeira noite: família no barraco, o motorista e o ajudante no caminhão e Sergio com um cachorro e uma espingarda para garantir a segurança, temendo o ataque de onça. Tomado pelo cansaço dormiu sentado, acordando com o gorjeio dos passarinhos curiosos com a presença da primeira família. O dia amanhecido o motorista sem graça propôs carregar o Jipe e a mudança para retornar ao Paraná alegando que viajaram o dia inteiro sem ver um morador a não ser o acampamento do 9º BEC. Sergio recusou e o motorista despediu lamentando e retornou chorando.
Dois dias depois chegaram de Londrina a equipe da Empresa Colider, dentre eles: Vergílio José Bento e Bento Rodrigues de Freitas, de Jandaia do Sul- PR e não tinha ideia onde seria a gleba e ali ficaram um olhando para a cara do outro enquanto aguardavam as ordens do Raimundo.
Assim enfrentava uma nova realidade com o ataque de vespas, mosquitos e marimbondos, preocupado com o mantimento que estava sendo consumido. Dias depois recebeu um lote no Rio Jacaré onde foi embargado pelos jagunços do Gueno (Fazenda Gaúcha) após ter roçado 01 alqueire, ali estava fora da área da Gleba Cafezal. Dorini teve que continuar acampado na BR-163. Então, uniu-se com o Brasilino titular da 2ª família que chegou e derrubaram três alqueires na margem da BR, onde plantaram cereais que culminou com a colheita (milagrosa) de: 10 carros de milho, 25 sacas de feijão e 200 sacas de arroz dos quais 50 foram vendidos em Vera e os restantes perderam por não ter comprador.
A área pertencia aos Empresários: Celso José Maria Ribeiro, Rogério Albuquerque Ribeiro e José Eduardo Monteiro de Araújo e ali seria implantado o núcleo urbano de Santa Helena. Um Delegado de Cuiabá acompanhado de um Oficial de Justiça pediu que Sergio parasse com o serviço e desocupasse a área dos colonizadores de Santa Helena,
Sérgio, porém, persistiu e dias depois o Delegado voltou querendo saber por que ele teimava, mas na ausência do marido Aparecida disse que não podia resolver nada e o Delegado foi embora.
Certo dia apareceu o Bispo de Diamantino Dom Henrique Froehlich e o Padre Geraldo Silva Araújo, mas por ter pouca gente, convidaram que fosse até o acampamento da SAMA voltando cerca de 15 quilômetros na BR e ali celebraram a primeira Missa na região e levantou um cruzeiro onde hoje é a Capela da SAMA (Fazenda do Grupo Comolatti).
As famílias iam chegando: Valdemar Silva de Umuarama-PR, em 24/05/73, e logo em seguida, o Cearense, Cícero Ângelo da Silva de Terra Roxa PR, os irmãos Augusto Rodrigues do Nascimento e Gerson Rodrigues do Nascimento (Gerson Preto) em 26/06/1973, Elenico Alves da Silva, Aparecido Malheiros, Armírio José Alves procedente de Cruzeiro do Oeste dia 26/06/1973 (dois caminhões, 02 mudanças), sendo a outra de Manoel Joaquim Alves. Também chegaram: Celestino (Selé) e Eurico Teixeira da Fonseca em 27/06/1973. Abel Garcia e Sebastião Louro de Lima ambos chegaram no mesmo ano. As mencionadas famílias descarregaram suas mudanças na margem esquerda da BR-163, na altura do quilômetro 615 no meio da floresta sem nenhuma assistência por parte da colonizadora, sofrendo assim inúmeras dificuldades e aborrecimentos. Nesse mesmo ponto a colonizadora havia fixado uma placa grande com uma frase entusiasta “GLEBA CAFEZAL-AQUI SEU FUTURO É HOJE-CAFELÂNDIA A 42 km”, passando a falsa impressão de que já havia um núcleo urbano, quando na realidade nem estrada existia para que os pioneiros que haviam comprado terras pudessem chegar à seus lotes, que aliás, nem sabiam onde seria assentado.
As primeiras famílias que aqui chegaram, tiveram que aguardar até que fosse feito um picadão para levar as mudanças encima da carreta de um trator fornecido pela colonizadora ao local dos lotes, quando estes eram definidos ou localizados. Como os lotes eram distantes, pois o início da gleba ficava a cerca de 20 km (vinte quilômetros) e o picadão era muito ruim, muitos móveis quebravam-se provocando prejuízo aos colonos.
Com a chegada destas famílias a colonizadora empreitou a abertura da estrada até o Rio do Japonês, onde atualmente é o limite dos municípios (Nova Santa Helena com Colíder), Sérgio Dorini e seus vizinhos deram início à abertura à foice, enxadão e machado e ali formou outro acampamento por ser margem de córrego, pois as famílias necessitavam de água. As famílias foram assistidas inicialmente pelo Nono Batalhão de Engenharia e Construção Civil (9º BEC), que distribuía água com caminhão pipa, dava assistência médica e odontológica através de unidade móvel e distribuição de remédios. Porém tudo se restringia a atendimento simples como, por exemplo: verminose e extração de dentes, no início, depois o povo ficou jogado a própria sorte. Louro, procedente de Paraguaçu Paulista SP, construiu a estrada da altura da serra do antigo Posto Fiscal, onde atualmente é a Fazenda Carolmila, até o Rio do Meio.
Derrubando no Traçador - Landir e Ângelo Dyas - 1º Curral do Louro - J. Zorba, Ângelo e J. Furlan
As caravanas iam chegando. As terras eram adquiridas através da colonizadora que usava os meios de comunicação para aliciar as pessoas com propagandas enganosas, promessas vazias e até mesmo com mentiras na hora de mostrar as terras, mostrando em áreas que não lhes pertenciam, a beira da BR-163, próximo ao Rio Parado e chegou a anunciar como Gleba Rio Parado fazendo propaganda de enormes árvores de Mogno. As terras eram devolutas, isto é pertenciam a união e a disputa por ela foi marcada por fortes conflitos, onde muito sangue foi derramado pela posse da terra.
O mineiro afro-descendente Jorgino Pereira dos Santos com os filhos: Tomás, Sebastião, Joaquim, Antônio, Adauto, João, Juventino, José e Sinval, o caçula, procedentes de Cascavel-PR chegou em 26/07/73 e descarregou a mudança na BR-163, posteriormente adentrou a Gleba Cafezal com a finalidade de se estabelecer em seu lote de 50 alqueires de terras que havia adquirido da Colíder - SA na Gleba Cafezal. José Pereira dos Santos (Zé Mineiro) era recém-casado com Maria das Dores Pereira dos Santos que chegou no 7º mês de gestação e deu a luz à menina que se chamou Silvana Pereira dos Santos, em 11/10/1973 na Fazenda Matusalém de Sebastião Louro de Lima onde estavam acampados, e o parto foi assistido pela parteira, a avó da criança. Silvana a primeira criança do sexo feminino nascida na Gleba Cafezal foi batizada com o Padre Geraldo na Comunidade Betânia, registrada no Cartório do Registro Civil de Chapada dos Guimarães Termo 3927 às fls 157 do liv. 15 (atualmente usa o sobrenome do marido “Silva”).
Os primeiros casamentos religiosos ocorreram um ano depois na Comunidade Santo Antônio. João casou-se com Zilda Braga, filha do Luiz Garcia Braga e Alceu Garcia Braga casou-se com Maria. Os dois casaram na mesma data, e estava presente o Delegado Regional de Ensino Professor Osvaldo Roberto Sobrinho que declarou o desejo de ser padrinho do primeiro filho dos casais e assim sucedeu um ano depois. José Mineiro conta que Louro trazia no seu caminhão Chevrolet, o mantimento das famílias que chegava gastar na época, até 17 dias para ir e voltar de Rosário Oeste, onde fazia as compras.
A Colonizadora e Imobiliária Líder do Raimundo Costa Filho, deu continuidade na construção da estrada até o Rio Jacaré onde formou um povoado e foi criada a comunidade Rio Jordão. Oscar de Oliveira primeiro mecânico chefe de máquinas da Colonizadora Líder. Mário Prieto Garcia, procedente de Porto Mirador - PR, primeiro operador máquinas pesadas e de Patrol chegou em 01 de junho de 1973 e acampou no povoado do Rio do Meio por um ano abrindo estrada até chegar na localidade onde implantaria a cidade da colonizadora. Posteriormente avançou até Rio do Meio e ali se formou um terceiro povoado. Luiz Marques da Silva implantou o primeiro rancho, junto ao ponto de acesso à futura cidade que teria o nome de Cafelândia (Colíder). Luiz foi o primeiro colono assentado oficialmente (não de fato) da Gleba Cafezal. Constituíram-se então as entregas dos lotes da Colonizadora Líder, que efetivamente colonizou as Glebas: Cafezal e Nova Canaã. Na Comunidade Jerusalém nasceu Darci dos Santos Almeida filho do José dos Santos Almeida (Zé do Pito) conhecido também por Zé Guaíra em 18/07/1973.
Izidio de Oliveira Luna, mineiro procedente de Ribeirão do Pinhal- PR. chegou em 06/08/73 e foi cafeicultor. Waine Brandin (Chacrinha) foi 1º fornecedor de verduras, seu filho e o genro Luiz Usizima (Luiz Japonês) procedente de Presidente Bernardes-SP, chegaram em 15/08/1973, acampou no Rio Jacaré, dormiam num barracos em redes, com muito medo de onça, seu fogão era um buraco cavado no chão, ficou aguardando a abertura da estrada para depois disso buscar a família. Vieram: Gilberto, casado com Irene Padilha, Waine Brandin Filho e esposa Clementina Pereira, João Batista, Ondilina, Maria, Elizabete e Terezinha. Waine (Chacrinha) comprou 25 alqueires através do corretor Molina, com quem vieram em 09 compradores. Logo que chegaram, viram ali onde hoje é a Avenida Marechal Rondon, 08 corpos de pessoas assassinadas pelos jagunços nas glebas. Havia muitos jagunços, os mais conhecidos eram: Zé Baiano, Abel Barbudo, Carabina, Canário, Severino, Sebastião, Agrarim ou Graere (o homem que atirou no pé), Nenen e Edvaldo (os dois irmãos que assassinaram o Zé Baiano), Perigoso, Miliano (Cuiabano), Toninho, Terêncio e outros. Não agiam sozinhos e certamente realizava-se sobre fantasias homicidas.
As atrocidades eram estarrecedoras e surpreendentes eram incríveis a predisposição para cometer os crimes, na filosofia de que sobrevivesse o melhor. Em determinadas circunstâncias seriam capazes de matar para satisfazer o ego e promover o sucesso do poder, favorecendo alguém a tirar vantagens. Quem morria, não tinha como voltar atrás. Além disso, os descendentes e dependentes da vítima – se existissem – ficavam desprotegidos e, se também não morressem precocemente, saiam de um ponto de partida desvantajoso na corrida pela competição e sobrevivência ou em busca de justiça.
Houve muita especulação envolvida quando o assunto é período colonizatório formulando hipóteses sobre os supostos acontecimentos, afirmando ou questionando a maneira e de que maneira se comportavam, argumentando assuntos com expressões muito flexíveis. Todavia os fatos do passado é a história do presente com a necessidade que não sejam distorcidos nem omissos, respeitando a memória da comunidade.
O 3º nascimento na Gleba Cafezal foi da 2ª criança do sexo feminino e se chamou Maria Izabel Araújo em 12/01/1974. E, o 4º nascimento foi da 2º criança do sexo masculino e se chamou Ângelo Dyas Jacinto, filho de Ângelo Barbosa Jacinto nascido em 25/08/74, registrado em Cuiabá no Cartório do Porto como natural de Chapada dos Guimarães.
Em dezembro de 1974, o padre Geraldo viajou para Minas Gerais e ao retornar a Colíder no início de 1975, trouxe com ele a Irmã Soledade, a leiga Miralda Cardoso e o leigo José Maria, que vieram somar com o Pe. Geraldo no trabalho de evangelização. Só que ao chegarem houve a necessidade de que a Irmã Soledade assumisse as questões educacionais, tendo em vista a carência de pessoas nessa área e necessário se fazia regulamentar o ensino. O grupo de religiosos foi acolhido no início na casa do Eurico Teixeira da Fonseca, até que as famílias da comunidade Betânia em forma de mutirão construíram dois ranchos de pau-a-pique de 6X6 metros equivalendo 36 m² cada um. Os ranchos eram divididos em quatro peças de 3X3 metros cada, que se constituía sala, cozinha e dois quartos. Um rancho para o padre Geraldo e o leigo José Maria, que serviu também para o armazenamento de cereais doado em forma de dízimo pela comunidade, principalmente arroz, que era o que mais se produzia na época. Até mesmo as famílias evangélicas de outras religiões devolviam o dízimo ao padre, pois era uma forma de agradecer a Deus as colheitas que faziam.
O padre utilizou um quarto somente para armazenamento de arroz na espera de melhores preços, pois comercialização dos produtos que aqui se produzia era bastante difícil, por falta de estrada, compradores, armazéns estruturados, etc. O outro rancho foi para a irmã Soledade e a leiga Miralda Cardoso, que com envolvimentos da irmã nas questões educacionais serviu também como depósito de livros didáticos, que a irmã trazia quando ia a Cuiabá. Pode se dizer que a Comunidade Betânia no início serviu como Casa Paroquial até que se construísse a Casa Paroquial no núcleo urbano.
As Comunidades eram todas denominadas com nomes bíblicos sugeridos pelo padre Geraldo. Betânia por exemplo, a ser o local onde ele se estabeleceu inicialmente e segundo ele Betânia era o lugar que Jesus Cristo parava para descansar.
Exatamente no dia de comemorar o descobrimento do Brasil, na Gleba Cafezal, no dia 22 de abril de 1974 o senhor Vergílio José Bento representante da colonizadora, logo pela manhã anunciava para os colonos que naquele dia ainda na parte da manhã seria celebrada a primeira missa na Gleba Cafezal, na casa de Cícero Ângelo da Silva, local onde posteriormente foi criada a comunidade Rio Jordão, que na época era conhecido como Rio Jacaré. Porém como as estradas eram rústicas e precárias os religiosos só conseguiram chegar ao local na período da tarde e a missa foi celebrada as 16:00 horas pelo Bispo Dom Henrique Froehlich que na época era bispo da prelazia de Diamantino, Pe. Antônio Heidler Pároco da cidade Vera e Pe. Geraldo Silva Araújo. Naquela primeira missa foi realizado o Primeiro Matrimônio, Osvaldo da Silva Alves casou-se com Joana D’alva Alves, vieram noivos do Paraná e encaminhados pela igreja para o ato do santo sacramento. Como as pessoas que aqui habitavam tinham trazido consigo uma forte cultura religiosa e encontrava-se também isolados nesse sentido, esse acontecimento foi bastante marcante, onde teve pessoas que chegaram a andar cerca de 20 quilômetros a pé debaixo de chuva, enfrentando barro e atoleiro, andando descalço sobre pedras, tocos e raízes da estrada rústica para assistirem a missa. Juntou no local uma grande quantidade de pessoas e como a missa atrasou e as pessoas estavam com fome, pois haviam feito em sua maioria uma longa caminhada, o anfitrião Cícero Ângelo da Silva com sua esposa Dona Lozinha operaram o milagre da multiplicação, dividindo o almoço que tinham preparado para os religiosos com a multidão de pessoas, onde todos almoçaram e ficaram satisfeitos.
O Francisco Clarindo da Silva (Chicão) e Maria Beatriz (Nenzinha) casaram-se também naquela época, porém o casamento foi realizado em Cuiabá, e posteriormente, logo em seguida, a exemplo de Osvaldo e Joana ocorreu o 2º casamento religioso também celebrado pelo Padre Geraldo na mesma Comunidade Betânia, que uniu os jovens: José de Castro (Zé Navegante) e Cleonice Ângelo da Silva (Miúda), ele filho de Benedito de Castro e Dona Malvina Romualdo de Castro, procedentes de Santa Cecília do Pavão PR., haviam chegado em maio de 1973)) e ela filha de Cícero Ângelo da Silva e Dona Beatriz Maria da Conceição, de Tamboara - PR.).
O alagoano, natural de Pão de Açúcar, Antônio Giminiano dos Santos, chegou com a família em março de 1974, procedentes de Nova Aurora - PR, fixaram residência na Comunidade Caná da Galiléia.
Luiz Marques mudou então, do Rio do Meio para o lugar da futura cidade de Colíder e teve a princípio o nome de Cafelândia. A 03 de maio de 1974, Dom Henrique Froehlich, Bispo Prelado de Diamantino concelebrou missa com o Padre Geraldo Silva Araújo (de Colíder) e o Padre Antônio Heidler, (de Vera). São João Batista foi declarado o Orago da Comunidade. Que é o Padroeiro São João Batista da Paróquia Papa João XXIII.
A criação oficial de Cafelândia se deu a 07 de maio de 1974, o dia D da Fundação de Colíder com levantamento de um RANCHÃO, que passou a servir de dormitório, armazém, enfermaria, além de outras utilidades. A povoação de Cafelândia passou à denominação de Colíder, pois o povo chamava o povoado pelo nome da empresa colonizadora e não por Cafelândia, e para significar que nascia uma unidade social de grande importância ao lado de outras a, junção da denominação da empresa Colonizadora e Imobiliária Líder, vinha a ser, então, uma grande cidade. O povo tencionava estruturar uma posteridade que marcasse nome.
Chegaram em 05/06/74 João Bartolomeu Moraes de Oliveira (João da Vaca), falecido em 24 de maio de 2011 e Luzia Natalícia de Oliveira, mineiros, procedentes do Paraná com sete de seus 20 filhos, sendo: Maria Aparecida, Neusa Manoela, Benice Maria, José Benicio, Eleni dos Reis, João Bosco, Donizete, tendo deixado com os padrinhos o 4º filho do casal, Orlinda. Dona Luzia chegou ao sexto mês de gestação de Regina Maria que nascera a 07/09/74 (posteriormente nasceram: Cleonice Prima Rosa, e Clarice).
João Guedes chegou em 28/06/1974, procedente de Mariluz-Pr. Wilson Aparecido Antunes chegou em 16/06/1974 procedente de Jaboti - PR. próximo a pinhalão. Izídio Gomes Barbosa chegou em 24/06/74 procedente de Guaíra - PR., para formar lavoura de café e acampou onde é hoje a Chácara Cristal, posteriormente acampou na margem do Córrego Jaracatiá. No decorrer do segundo semestre do ano de 1974, inúmeras famílias foram chegando e se instalando onde desse certo, sempre perto de um córrego.
O 1º Culto da Igreja Evangélica Assembleia de Deus 18 de julho de 1974, realizado na casa de Sebastião Pereira dos Santos, com a migração de vários irmãos vindo do Paraná e outras regiões do país foram depois transferidos para a residência do irmão José Clementino e em 08 de março de 1978 foi lançado a pedra fundamental do 1º Templo em 08 de setembro de 1983 a do 2º Templo. Em 1998 foi remodelado com vários anexos como se vê atualmente. Começou com uma família e atualmente a Igreja conta com mais de 1500 membros e congregados. O primeiro Pastor foi José Maria (in memoriam), atual Eurico Machado Sanches que sucedeu ao Pr. Antônio Francisco dos Santos no Culto de posse dia 31/03/16;
José Vaz Fernandes (Zé Grosso) chegou de Palotina em junho de 1974, trouxe 07 de seus 12 filhos;
No dia 07/11/1974 chegaram de mudança Pedro José do Nascimento (Pedro Bananeiro) e Maria Soledade do Nascimento além dos irmãos Antônio Figueiredo (Toninho do Restaurante Colíder) e seu irmão Jose Figueiredo.
Eugenio Vicente Bergamin procedente de Icaraíma PR, chegou em 11/09/1074 na Comunidade Santo Antônio (Estrada da Cachoeira Mercúrio) trouxe um Jipe que servia de ambulância naquela época e foram numerosas as vezes que conduziu vizinhos doentes para os primeiros socorros. Seu filho Antônio Bergamin era o motorista e conta que passou por momento difíceis na condução das pessoas doentes e acidentadas. Das centenas, quatro delas faleceram dentro do Jeep a caminho da cidade em busca de socorro, sendo: dois acidentados por queda de árvores na derrubada de mato, um homem mordido de cobra e uma moça traída pelo namorado, ingeriu veneno Azodrim.
Anísia Silva Alves casada com Gumercindo Alves assumiu em 1975 as aulas da escolinha a qual veio a ser a primeira professora da comunidade em uma escolinha de pau-a-pique na Comunidade Rio Jordão, vaga que seria da Helena Garcia, entretanto a Helena foi para a Comunidade Betânia também como primeira professora e posteriormente veio Miralda Cardoso
Pe. Geraldo Silva com a ajuda da Ir. Soledade e de alguns leigos, a saber, José Martins, Maria Luci, Alfredo Donadia, Dona Linda, José Fávero, José Afonso, José Arruda, Olentino Petry, Manoel Jacinto e outros iniciaram o trabalho de evangelização. Esse trabalho compreendia a formação espiritual e humana das pessoas, sobretudo das crianças.
Sebastião Galante, procedente de Assis Chateaubriand PR, chegou em 03/02/1975, seu filho Amarildo Alfaiate conta no capítulo “Histórias que o povo conta” um resumo dos fatos da época. Também, os irmãos Aparecido Derci Maniezzo, e Waldecir Maniezzo, procedentes de Terra Roxa-PR., chegaram em 1975.
A catequese, sob a orientação de Maria Luci Nascimento Martins, realizou a 1ª Eucaristia de mais ou menos 35 crianças no dia 08/12/1975 às 09:00h, numa missa presidida por Dom Henrique e concelebrada pelo Pe. Geraldo Silva em 1976 a mencionada turma recebeu o sacramento da crisma, também celebrado por Dom Henrique. Colider era capela da Paróquia Santo Antônio, de Sinop. Em 12 de outubro de 1977 Dom Henrique, Bispo de Diamantino cria a Paróquia Papa João XXIII, que passou a abranger todo o distrito de Colider (LIVRO DE TOMBO I, pág. 1 parágrafos 1 e 2). Nossa Paróquia tem como Padroeiro SÃO JOÃO BATISTA.
Com o fluxo migratório surgia o desenvolvimento comercial e implantação de escolas, de hospital e igrejas, foi criada uma Comissão pró-criação do distrito: João Guedes, Daniel de Oliveira Leite, Arcino Marino da Silva, Valdemar Guerreiro, Siloé Alves de Oliveira, Manoel Jacinto da Silva, Ricardo Krause, Sebastião Louro de Lima e outros o que propiciou a criação da Lei n.º 3.746, de 18 de junho de 1976, de autoria do Deputado Estadual Oscar Soares, que criou o Distrito de Colíder, com território jurisdicionado ao Município de Chapada dos Guimarães que era o maior do mundo em extensão territorial. Seguiu-se a luta pela emancipação político-administrativa de Colíder. Na campanha pelo município destaca-se o nome do Pe. Geraldo, que levantou a primeira igreja na Gleba Cafezal.
O DISTRITO GANHA FORÇA POLÍTICA
João Guedes foi eleito, para um mandato de 06 anos, legislatura 1977/82 como Vereador com 632 votos, por Colíder à Câmara Municipal de Chapada dos Guimarães que era então longínqua sede do município, separada naquela época, por mais de 700 quilômetros de estradas de chão cujo percurso na estação chuvosa era muito difícil e penoso. Também foram Vereadores na mesma Legislatura, Arcino Marino da Silva com 400 e Daniel de Oliveira Leite com 587 votos.
HISTORIA: Colíder, da colonização ao sonho de ser município.
Com o avanço político e socioeconômico, a Lei Estadual nº 4.158, de 18 dezembros de 1979, de autoria do deputado Estadual Osvaldo Roberto Sobrinho, aprovada pela a Assembleia Legislativa e sancionada pelo então Governador Frederico Carlos Soares de Campos, elevou o DISTRITO à categoria de MUNICÍPIO: - "Artigo nº 1 - Fica criado o Município de Colíder, com sede na localidade do mesmo nome, desmembrado do município de Chapada dos Guimarães. Artigo n.º 5 - O município ora criado é constituído de dois distritos, o da Sede e o de Itaúba”.
Artigo n.º 3 - Nos termos da Lei Complementar Federal n.º 1, de 09 de novembro de 1967, o município de Colíder será instalado no dia 31 de janeiro de 1981, - e ocorreria a posse do prefeito, vice-prefeito e vereadores, a serem eleitos a 15 de novembro de 1980, mas com a Reforma Partidária e Política que ocorreu na época, as datas das eleições foram trocadas e não mais ocorreriam em 15 de novembro e sim no primeiro domingo de outubro como é até hoje, com isso surgiu o mandato Tampão de 02 anos assim sendo houve a nomeação dos administradores para o biênio 1981/82 nos municípios criados naquela época.
O processo de colonização foi estimulado pelas presenças e exemplar atuação de dois valorosos missionários católicos: Padre Geraldo de Araújo e Irmã Soledade, devotados ambos à tarefa de Evangelização Comunitária, fundando escolas e catequizando pessoas, através de outros servidores, entre os quais podemos destacar extraordinárias figuras humanas: Professor Osvaldo Roberto Sobrinho, Delegado Regional de Educação e Louremberg Ribeiro Nunes Rocha, Secretário Estadual de Educação além de Hermenegilda Moraes Correia e Neusa de Oliveira, ambas dedicadas ao magistério desde 1976.
Em 15/03/74 chegou Tereza Matias dos Santos e fixou moradia no Rio Jacaré (Comunidade Rio Jordão).
Em 12/05/74 chegou o primeiro padeiro Jacy Neves de Souza, o irmão Jadir, e seu pai Ângelo Neves Souza. Jaci chegou, antes ficou acampado uma semana no Rio Jacaré até ser liberado a estrada de acesso a futura cidade. Por aqui já estavam: Luiz Marques, Zezinho Cabelo de Fogo, Jorge, Pedrinho, Otavio, Mineiro, Antônio Emídio da Silva (Bigode) e outros. 14 famílias já habitava o povoado, contando com a serraria do Ricardo Krause.
Os irmãos Josias Neves de Souza e Jaime chegaram em 01/07/1975.
Mineiro do Cinema na futura AV. Mal. Rondon/Jacy Neves e família 1º Padeiro-onde hoje é Rei do Pano
José Nésio de Souza veio no início do ano 1973, ainda não existia acesso à gleba, com o corretor Antônio Moreno seguiu picada desde a BR-163 até o Rio Jacaré, voltou sem comprar terras. Retornou no ano seguinte com sua esposa Creusa Maria Mendes de Souza, grávida de um casal de gêmeos (Cláudio e Claudia), e uma filha Rosa Mônica, em 19/06/74, (05 mudanças no mesmo caminhão): José Francisco Batista, José Soares Pereira conhecido por Santana, sobrenome do avô, procedente de Guaíra-PR. Veio para plantar café na região de Cafenorte, trouxe 04 filhos, entre eles o bebê Aguinaldo Santana Pereira, que posteriormente voltou para Campo Grande onde formou para Padre atualmente é Pároco em Porto Murtinho-MS.; Joaquim Mendes dos Santos e acamparam no afluente do Córrego Jaracatiá (Córrego do Zézinho), onde situa-se a FACIDER atualmente, posteriormente compraram terras na Comunidade Soledade. Trabalhou na Máquina Sguissardi de Benefício de Café, dos anos 82 a 90.
Ninguém pode abster do conhecimento às figuras ilustres da História de Colíder: Perigoso que construiu a primeira casa de residência no povoado, Arthur que foi 1º cozinheiro da Colonizadora, Ivelino Custódio Jorge, conhecido por Mineiro do Cinema in memoriam, falecido em 24/11/2014, procedente de Icaraíma PR, chegou em 09/07/1974 onde seria a cidade e ali ergueu a 2ª casa de moradia na clareira aberta na floresta, implantou a primeira máquina de beneficiar arroz. Mineiro transportava passageiros para Sinop de Caminhoneta Pick-up Willis e também vendia combustível, pois na época ainda não havia posto de abastecimento. Muitas vezes chegava gente tarde da noite e chamava na janela para fazer um frete e levar mulher para dar a luz em hospital de Sinop. Mineiro implantou o cinema e instalou o segundo bar. Chegou a doar tambor de 200 litros de diesel para a colonizadora patrolar a Avenida Mal. Rondon que tinha um trecho bem curto na época, compreendia entre o Posto Texaco (Posto Índio), depois teve o nome de Posto Minuano, até Avenida Bandeirantes Aleixo Garcia à altura da Avenida do Colonizador, onde era o pátio e escritório da firma Colíder, na época. Trouxe consigo Izaulino Custódio Sobrinho conhecido por Neno, que abasteceu por diversas vezes gasolina de avião no Fusca por falta de gasolina comum. O cinema também funcionava como um órgão de comunicação, anunciava os interesses da comunidade: nota de falecimento, convocação de reuniões, etc. Segundo o Mineiro a 3ª casa a ser levantada foi do Zezinho Português (cabelo de fogo), que foi também o proprietário da primeira venda. Ricardo Krause 20/09/1973 procedente de Borrazópolis, PR., 02 dias após a chegada do trator para abrir as ruas e estradas da gleba. O morador mais próximo distava-se 02 km e buscavam água na localidade Marimbondo (que viria ser Comunidade Belém) Fundou o 1º clube de futebol, que denominou Pó-de-Serra situado onde posteriormente foi implantado o Balanção do Áureo Sampaio, foi o 1º Presidente do Diretório do Movimento Democrático Brasileiro - MDB.
E, os pioneiros foram chegando cada qual com sua especialidade: De Alto Piquiri PR., chegou em julho de 1974 José Antônio Pereira do Nascimento (Zé Baiano do Bar Xingu), em agosto de 1974 Rozeno Silvério de Oliveira procedente de Umuarama-PR., e acampou nas margens do Córrego do Zezinho, afluente do Córrego Jaracatiá em um barraco de lona.
BENIGNO MOREIRA DOS SANTOS e Lindinalva Ferreira dos Santos. Procedentes de Terra Roxa, PR., chegaram em 05 de outubro de 1975, com 06 filhos, sendo o mais velho com 12 anos e o caçula de 02 meses de idade. Depois de viajar de ônibus trazendo toda a mudança encaixotada. A filha Maria Laudenice dos Santos tinha 10 anos, mas lembra que após a grande geada, sem serviço nos cafezais, seu pai se valendo do dinheiro do último serviço da poda dos cafezais pôs a família no ônibus rumo à Mato Grosso e em Cuiabá passaram o dia na rodoviária esperando horário para Gleba Cafezal, onde chegaram depois de longa viagem de 25 horas, numa noite de escuridão total, na casa do Zé Belo, onde indagou pelo seu compadre Antônio Herculano.
No barraco de lona preta passou dez meses e dali foi para o Córrego do Areia, construiu uma casa de pau-a-pique e na escola, também de madeira rústica de carteiras de pranchas de tabuinhas matriculou as crianças com a Professora Marina Costa e ali passaram cinco anos. Mudaram para a cidade em 1980, fabricava doces caseiro e vendia em um carrinho, ao lado da cerealista do Zezinho.
João Dias Marques, conhecido por João Português, Portuguesão ou João Calça Curta, procedente do Município de Londrina, PR., onde havia vendido um sítio com 7.200 pés de café, chegou em 07/10/1975 , adquiriu 02 terrenos e instalou comércio, primeiro vendedor de gás e era conhecido por Armazém das Cinco Portas, na Alameda Principal, onde atualmente situa-se Brito Auto Peças e Pantanal Vidros & Acessórios, na época havia cerca de 30 casa no núcleo urbano de Colíder, atendeu ali por quase 10 anos e posteriormente foi formar fazenda de pecuária; Geraldo Paz dos Santos, primeira bicicletaria: Amado Fernandes primeiro carpinteiro; Antônio Rocha primeiro Hotel; 1º Serviço de Alto Falante era feito por Izaulino Custódio Sobrinho (Neno) através dos serviços de alto falantes (cornetas) do cinema. Posteriormente veio o Jhonny Loércio Kizerla (Dione) e montou um serviço de comunicação chamado agencia de Publicidades e Propaganda Limitada - APUPROL; João Schicada primeiro fretista de camionete; Alcides Evarini, primeiro açougueiro, sendo que antes o Jacinto dos Reis Araújo (Baiano um dos pioneiros como vendedor de terras) juntamente com o Paulo Belo (Paulinho do Zé Belo) abatia gado procedente da Fazenda Coloniza cortando no cepo com uma Machadinha pelo período de 01 ano e após esse tempo foi instalado ali o salão do João Barbeiro, e também o Messias e Moreira Barbudo foram abatedores de gado avulso e vendiam carne. Aristides do Zé Belo primeiro Barbeiro; José Basílio conhecido por (Zé Sapateiro), primeira Sapataria na cidade e o Toninho consertava calçado na Comunidade Belém. Teixeira foi primeiro relojoeiro; procedente de Icaraíma PR., Benício Alves Martins chegou em 1975 e foi primeiro fotógrafo Foto Central (Studio); Lázaro dono do primeiro bar;
Sabino Basílio e dona Zilda foram donos da primeira loja de confecções na cidade, entretanto Abel Xavier Garcia e Maria Sanches Garcia vendiam confecções na Comunidade Caná da Galileia; Teodomiro Bastos de Melo (Miro da Gráfica) 1ª Papelaria, 1ª Escola de Datilografia, primeira Banca de Revistas, 1ª Gráfica e o 1º taxi zero km; Valdevino Marcelino Araújo (Baratão), 1º Despachante.
Vantuir Ribeiro procedente de Diamante D’Oeste – PR. chegou em 29/07/1974, igualmente veio o seu irmão Gerson Ribeiro no mesmo ano. Moacir Rocha Araújo em 27/08/74 procedente de Altônia-Pr. Dia 04/12/74 chegou a família de Antenor Furtado de Morais; Na noite de 09/06/75 chegou o carpinteiro José Martins (Zé do Tubo) e instalou a 1ª Fábrica de Artefatos de Cimento e foi o Primeiro Juiz de Paz. Goiano 1º vendedor de cigarros; Foto Líder foi a 1ª loja do ramo; 1º Dentista foi o Gilberto (Giba) procedente de Angélica – MS.; sendo também um dos dentistas prático Sr. Antônio procedente de Bela Vista do Oeste (Guaíra)-PR. e Armezindo Luiz Cardoso que posteriormente foi o 1º Presidente da Câmara de Vereadores no Primeiro Biênio da Primeira Legislatura. E depois do Luiz veio o João Dentista e sua casa posteriormente passou a ser loja veterinária.
Dr. Antônio Aparecido da Silva, 1º Médico sucedidos por Dr. Gomes e Dr. Macedo, ambos os médicos do Cristo Rei, primeiro Hospital que ante de ser hospital foi 1ª farmácia de propriedade do Osvaldo (Cidade Colíder), depois veio o Manoel Balis Filho (Balica) e instalou-se na Alameda Principal como era conhecida a Av. Tancredo Neves na época. Posteriormente o Sr. Osvaldo vendeu a primeira farmácia para o Daniel de Oliveira Leite que estava atendendo no Rio do Peixe e transferiu seu comércio para o perímetro urbano. A primeira firma registrada na Gleba Cafezal (Posto de Medicamentos) foi propriedade de Siloé de Oliveira que posteriormente também veio para a cidade
O 1º óbito na gleba foi de um comprador de terras que passou mal foi transportado de rede até a BR-163 onde morreu e foi sepultado em Diamantino. Primeiro corpo sepultado na Gleba Cafezal (Comunidade) foi de uma criança filha de Cícera e neta do Elizeu. O Testinha foi primeiro coveiro e realizou o sepultamento de José Leandro, filho do Elizeu, sendo o 1º corpo a ser sepultado no cemitério; Sebastião Louro de Lima construiu o 1º curral; Nilo de Freitas e Ilídio trouxeram as primeiras vacas leiteiras do Paraná. 1º Delegado João Alves de Araújo, Primeiro advogado foi Dona Loló esposa do Dr. Macedo. 1º Tabelião (cartorário) Adão Ricardo de Freitas.
Primeira sala de aula teve como primeira professora Helena Maria de Oliveira, filha de José Ambrósio de Oliveira, atualmente com o nome de casada, que substituiu “de Oliveira por Miranda”. Helena chegou em 04/12/74 e inaugurou a escola em 19/05/1975 com 120 alunos e mais 02 professores: João Ambrósio de Oliveira e Maria José Garcia, que chegaram em 07/12/1974, antes da fundação da cidade. A pressão levou a colonizadora a construir a primeira escola onde atualmente situa-se a Drogaria Mariluz, que funcionava com duas salas de aula, porém sem ser regulamentada. Isso só para quem morava na cidade, pois quem morava no sítio continuava sem escola, mesmo porque as famílias iam chegando e se acampando às margens de algum ribeirão, pois ninguém sabia ao certo onde ficava o lote que havia comprado, levando meses até que conseguisse estrada para conduzir a mudança até lote adquirido. A escola Comunitária foi autorizada pela lei 6952/71 e a Irmã Soledade foi a 1ª diretora em 11/08/1975; mais tarde foi criado a Escola Estadual de 1º Grau Louremberg Ribeiro Nunes Rocha, Decreto 655 em 29/07 na gestão Garcia Neto (E.E Professora Alzira Maria da Silva).
O casal Egídio e Irene Rockenbak Professora e 05 filhos chegaram em 20/05/1978 e montou uma Indústria madeireira (Magopar)
Ninguém desconhece ilustres “pioneiros desbravadores” primeiros a abrir caminhos através de uma região pouco conhecida, desbravadores: Pedro Miranda chegou com a família procedente de Terra Roxa – PR, em 28/06/1974 trazendo consigo os filhos: José Divino, José Aniceto e Joaquim e foram mora na Comunidade Belém (Marimbondo).
Na noite de 28/06/1974 chegaram três caminhões procedente de Mariluz PR, trazendo 08 mudanças dentre elas: Francisco Bernardes da Costa (Tita Leiteiro), Pedro da Silva e Maria Divina, Marina Costa e Dinarte, Dona Maria Antônia de Sousa (mãe do Jaime Marques Gonçalves) que posteriormente viria a ser Prefeito por dois mandatos. Um caminhão com as mudanças, 01caminhão enlonado só com pessoas (Pau-de-Arara) e outro com a mudança da família Guedes do Líder João Guedes que mais tarde seria Vereador e Prefeito, o filho casado Roque que seria posteriormente Vereador, Nelson que posteriormente voltaria ao Paraná buscar seu primeiro amor e também tornou-se Prefeito, José Carlos que casaria com Sônia enteada da Marina Costa, Celso e as moças: Maria de Fátima, Terezinha que tornou-se Prefeita de Nova Santa Helena, Luzia e Conceição (Tuti). Maria Divina conta que estava grávida, sofreu muito na viagem, chegou a passar para o caminhão que trazia a mudança do Guedes e viajou em cima da sacaria de feijão que o João trazia e acabou vendendo em Coxim, Sul do grande estado, que, (em 1979, foi desmembrado em Mato Grosso e Mato Grosso do Sul, por meio da Lei Complementar 31, de 11/10/1977, assinada pelo então presidente da República do Brasil, Ernesto Geisel), que ao chegar ganharam uma bacia cheia de mandioca cozida que nunca saíra de sua lembrança. Quando amanheceu 0 dia 29, seguiram para as margens do Ribeirão Esperança onde acamparam até que os homens abriram uma estrada rústica à machado e enxadão para ter acesso aos lotes no Rio Areia onde formaram a Comunidade Nazaré.
João Poceiro; João Paglioco; Rosalvo Preto e o irmão Jaime; Antônio Emídio da Silva (Bigode); Mario Lanza estabeleceu o segundo hotel (Hotel Novo Mundo); 1º leiteiro Ivo Catarinense; José Ambrósio; Olentino Petry comprador de cereais, João Ricardo Ferreira 1º Presidente de Sindicato; José Lucindo de Lima vendedor de terras, Amaro Cardoso do Nascimento e Antônia Francisca de Jesus com os filhos entre eles: José Amaro dos Santos, Antônio Amaro do Nascimento e Jose Amaro dos Santos (Santo) Comunidade Santo Antônio. Jovino Oliveira (Comunidade Boa Sorte), Tenente Macedo.
José Bezerra de Oliveira (Zequinha) 1º Ancião da Congregação Cristã no Brasil, 1ª Igreja Evangélica chegou a Colíder em 09- 06-74 veio de Iporã, PR, e acampou na entrada da Estrada Emaús onde ficou três anos, posteriormente deu início nas atividades da Congregação Cristã. O templo era na Av. Mal. Rondon onde atualmente situa-se o Magazine Oba-Oba Center. Era músico, foi ordenado Ancião e atua até nos dias atuais, frente aos trabalhos.
Antônio Thomaz de Aquino o 1º operador de esteira que abriu as primeiras ruas; Os Irmãos Bregalante; Ivanildo, Mauro e Santa, chegaram em 22/07/1974, sendo que Adail Bregalante veio um ano depois 20/07/1975, procedentes de Ribeirão dos Índios, SP; Augusto Teixeira de Souza (pai do João da Pincel II), chegou em agosto de 1974 vindo de Flórida Rica – SP; Antônio José da Silva (Se Ajeita) e a esposa Carolina chegaram, de Guaíra PR, em 22/07/1974.; Benedito Teodoro da Conceição chegou em 27/09/1974 e fixou moradia na Comunidade São Geraldo. Joaquim Japonês, 1979, de Tapira-PR.
Expresso Maringá foi a 1ª Empresa de Ônibus a explorar a linha de transportes de passageiros e cargas; Armarinhos Paulista 1º distribuidor na região. O 1º Sinal de TV foi da TV Bandeirantes. Contam que a primeira malária manifestou em José Bueno da Silva, o Zé Primo foi jogador do ECCO. Juvêncio Pereira da Silva chegou em 08/08/1974 procedente de Diamante D’Oeste-PR., Moacir Rocha Araújo em 27/08/74. Canuto Valadão (Goiano) 1º vendedor de cigarros. Domingos Rodrigues Gomes natural de Catalão GO 1º piloto de aeronave com Brevê 38.943 a residir em Colíder e voava com um monomotor Carioca; Claudemiro Marcolino chegou de Terra Roxa PR., às 20h de 04/12/1974.
O 1º acidente de trânsito foi a colisão da Rural do Filinto com o Jeep do Antônio Bergamin ocorrido em frente o Posto Índio em março de 1975; Manoel Francisco dos Santos (Léo Baiano) foi o pioneiro que deu nome à localidade, atual Trevo da Amizade, Ângelo Franco ( Angelim), Silvio (do Rio do Meio), João José da Silva (João Baiano) abriu o 2º Boteco de Pinga da Gleba Cafezal antecedido por Sérgio Dorini, José Hortêncio (pai do enfermeiro João José da Silva II), família do Manoel Barbosa Jacinto, Família dos irmãos Marques Gonçalves (Jaime Marques). Olavo Nunes 01/05/1975; Francisco Inácio de Carvalho procedente de Terra Roxa-PR., chegou na Gleba Cafezal em 13/05/1975 e fixou residência no Córrego do Areia (Comunidade Nazaré) onde plantou café e cereais com seus filhos: Daniel do Bar, Donizete e outros; Eurotides Vieira da Silva procedente de Angélica-MS. Chegou em 15/05/1975. Venevide de Oliveira (Branquinho) procedente de Goio-erê-PR chegou na Comunidade São Geraldo em 18/05/1975. A família de Francisco de Assis, chegou em 18/05/1975 e foi acolhida pelo Zé Baiano (do Bar Xingu), acampou na Mal. Rondon, onde atualmente é a Guimarães Moto, por 30 dias. Damião de Almeida Silva chegou em 13 de maio de 1975 morou no imóvel público onde foi construído o Posto de Saúde da extinta Fundação SESP atualmente é o Centro de Saúde; Izidório Martins Rebert chegou em 21 de maio de 1975 e foi proprietário do imóvel que originou o Bairro São Gonçalo. Dia 12/06/1975 chegou a família Fávero, José Fávero e os filhos: João Batista, Mauro e Antônio Fávero, procedentes de Roberto Silveira, distrito de Umuarama PR. Jorge Bossa com os filhos Jorge Luiz Bossa e Joel Venturini Bossa chegaram em 21/06/1975; Afonso, pai de José Pedro Batista, vieram de Mariluz, PR., em 25/06/1975 e morou na Comunidade Caná da Galileia; João de Souza Filho e Maria Madalena de Jesus (pais do Aníbal), procedente de Terra Roxa PR, chegaram em 1975. Domingos Bueno da Costa, mineiro de Água Boa, conhecido por Bigode Descalço, procedente de Palotina, PR. Chegou em junho de 1975 com 5 filhos e residiu por 20 anos na Comunidade Belém (Marimbondo), onde formou lavoura de café no sítio de João Batista de Souza. Os irmãos: Saulo, Avelino e Jonas Juncker chegaram em 1975 procedentes de Mariluz, no mesmo caminhão de mudança e descarregou no Rio Areia, Comunidade Nazaré; João Honorato chegou de Loanda em setembro de 1975 e fixou residência na Comunidade Santos Reis.
*Em 04/01/1976 chegava de Assis Châteaubriant-PR., o caminhão de mudança de João Aprígio Lourenço (João Camilo), no mesmo caminhão trazia Juarez Victor da Silva e José de Assis (Zezé);
José Afonso Pereira procedente de Toledo – PR., chegou em 06/02/1976, seu 1° banho foi na goteira da chuva por falta de banheiro, em 1977 tornou-se sócio com Antônio de Jesus Garcia na compra da loja Casa Belo Horizonte, doravante, Novo Horizonte; Chegaram em 28/02/1976 Antônio Furtado de Souza (Nico), primeiro caminhoneiro com seu genro Luiz Shibata (conhecido por Luiz japonês) depois voltou ao Paraná retornando com a família em 21/07/1976 esposa e filhos e formaram 30 mil pés de café na Comunidade Santos Dumont; *Em 01/03/1976 chegou o Kelé (Clemente Alexandre de Andrade) procedente de Icaraíma-PR;
No dia 21/05/1976 chegou José Filho do Nascimento na Comunidade Santo Antônio para ocupar as terras que havia comprado em 1975; Também chegou Arlindo Ferreira e Pedro Brandão. Em maio de 1976 chegaram os irmãos Versori, procedentes de Vera Cruz do Oeste, PR, para formar lavoura cafeeira em Nova Galileia (Zé Reis) e por lá já estavam: José Bognar e Família Dosso. Antônio Nogueira chegou em 04/06/1976, procedente de Guaravera, distrito de Londrina, PR. E abriu o Salão de Cabeleireiros Santo Antônio. Em 29/06/1976 chegou José Comini e seus vizinhos: Marcílio de Castro Lobo. Antônio Fischer 07/12/1976. Jairo Inácio da Silva, São Jorge do Patrocínio-PR 1976. Orlando Rodrigues de Oliveira, baiano de Ituaçu, chegou em 01/08/1976, procedente de Cuiabá Paulista, distrito de Mirante do Paranapanema, SP. Descarregou a mudança na localidade Treze, com 11 filhos, acampou posteriormente nas Três Bocas, com outras 20 famílias, implantaram as comunidades: Medianeira, Santa Rosa, na Estrada Pinhal, e formaram lavoura cafeeira. Giuseppe Nava (líder da família Nava) abriu o Açougue Sete de Setembro. José Alves Aranha procedente de Umuarama chegou em 22/08/1976. Davi Machado veio de Loanda-PR, em 05/10/1976 e ficou acampado por 04 meses na estrada do Carapá, saía para Fazenda Tratéx.
Antônio Zirondi (Toninho da Serraria) veio em 14/01/1977 e instalou a Serraria São Judas Tadeu; Antônio Quirino de Oliveira chegou em 1977 de São Miguel do Iguaçu PR. Daniel Pereira Cristóvão veio em 10/02/1977, procedente de Colorado – Pr., para trabalhar com o seu tio Antônio Cristóvão e posteriormente passou a serem sócios na Comercial São Cristóvão. João Cardoso dos Santos chegou em julho de 1977 procedente de Umuarama para abrir o primeiro lote na Estrada Pinhal. Sebastião Belarmino de Lima e Edmilson Belarmino de Lima chegaram em Colíder no dia 27/08/1977 procedentes do Distrito de Santa Eliza Município de Umuarama-PR.; em 05/09/1977 Jovino Francisco Pinheiro; chegou 29/06/1977 Manoel Aranha Neto com 10 de seus 18 filhos (entre eles eu Elias Alves Aranha), ficou em Sinop de junho a dezembro e chegou em Colíder em 18/12/1977; João Cardoso dos Santos chegou em julho de 1977 procedente de Umuarama-PR para abrir o primeiro lote de 35 alqueires na Estrada Pinhal. Antônio Jose de Santana (pai do Nego da Melancia) chegou em 05/06/1979, procedente de Umuarama, PR, e morou na Comunidade São Mateus; Os Irmãos Pereira, procedentes de Icaraíma PR: Benedito Fernandes Pereira, Archimedes Fernandes Pereira, chegaram em 10/03/1979 e estabeleceram no comércio de secos & molhados, Casa Icaraíma, e o Adão Fernandes Pereira (da Caça e Pesca) veio um ano depois. Manoel Expedito da Silva chegou de Guaíra PR, em abril de 1979; Massamitsu Takano (Dr. Takano) chegou em 30/09/1979 e foi proprietário do Hospital Santo Antônio; Tito Aguiar Peixoto, Nelson Cruz, Otávio Gavioli (Penca), Família Canguçu, Dona Elvira, Antônio Nicastro, Ilson Rosa de Sousa e irmãos, José Roberto Vinha, Dr. Vilmar Stroher, Família Pavarin, Antônio Goulart (pai do Joel Goulart), Família Amaro, Vagner (Vaguinho) e Benon Oliveira, Família Bini, Família Siqueira, Alfredo Donadia, José Arruda, Pedro Pavão, Darcy Preti, Família Queiroz, Família Leite, João Ricardo Ferreira (Vice Prefeito do Evaldo Jorge Leite) Cícero Eduardo da Silva, Pedro Albino de Oliveira, Antônio de Toro Zago, Antônio Nicastro ( pai do Jose Carlos - Drogaria São José), Dorvalino Tomé de Sousa, Ângelo Giroti, Pedro Procópio de Souza, Geraldo Barbosa Pereira, José Romário dos Santos, Attide Dias, Antônio Milani, Benigno, os irmãos José e Edson Siqueira da Rocha, Família Borgueth, Zé da Paca, João Gregório da Silva (pai do Kakai), chegou em janeiro de 1979, José Paulino dos Reis (Duca), Oscar Nunes da Silva (Rio Móveis), Nelson Silveira, Alfredo Faria, Lourival Santana Pires (pai do Vilson Alves Pires - Pinhal da Loja Imperial) procedente de Tapira-PR, chegou em 79 na comunidade Monte Santo Estrada Pinhal; José Batista da Silva, procedente de Ivinhema-MS, chegou em 06/07/1979 e fixou residência na Comunidade Altônia; Carlos Amorezi de Icaraíma –PR, veio recém-casado em 18/08/1979 e muitos outros que seria fastidioso citar a todos.
O sonho de implantação da lavoura cafeeira não pode ser realizado pelas dificuldades financeiras e necessidades de produzir cereais devido à escassez de alimentos além da falta de adaptação da cultura com o clima da região amazônica.
A história do Grupo Machado começou em 1975, quando os irmãos: Irineu Martins, João Carlos Martins e Joaquim Martins Neto, resolveram conhecer o interior do estado de Mato Grosso. Machado é uma homenagem à cidade de origem dos seus proprietários, Álvares Machado, S P. Naquela época teve início o processo de colonização da "Amazônia Legal", uma oportunidade para empreendedores dispostos a aceitar o desafio de construir o futuro de uma região próspera, porém, cercada de desafios. Não é demais afirmar que o Machado está inserido diretamente na história da região, afinal, a “Família Martins” acompanhou o desenvolvimento, vivenciando os principais fatos que marcaram a região e a trajetória das pessoas que adotaram a terra.
O Machado tem uma história de empreendedorismo, trabalho, princípios éticos e crença no país. O sucesso é consequência da soma desses valores da competência de uma administração séria e responsável. A Empresa - Supermercados Machado:- No início, o objetivo dos irmãos Martins era atuar no ramo atacadista, para fornecer produtos aos comerciantes dos municípios da região norte.
A possibilidade de trabalhar como varejista surgiu quando se verificou que a estrutura de supermercados da região não atendia às necessidades e demanda existente. Assim, em 1975 foi inaugurada a primeira loja do grupo, a Casa Machado, na cidade de Colíder.
A partir de 1976 começava o grande fluxo migratório, o crescimento foi dinâmico e não houve mais controle de quem instalava suas atividades. Destacamos alguns nomes de pioneiros da primeira hora por questão histórica, que chegaram na Gleba Cafezal antes da fundação da cidade, correndo o risco de cometer omissão de nomes respeitáveis pelo que de antemão nos desculpamos.
EMPRESA VIAÇÃO CANAÃ
Waldemar Milanski procedente de Cascavel PR., líder da família, chegou em 1978. Ele foi motorista da Eucatur - Empresa União Cascavel de Transportes e Turismo e fazia o itinerário de Cascavel para Rondônia. Pediu demissão, comprou quatro ônibus da Viação Princesa dos Campos, estava indo do Paraná para Rondônia, onde pretendia abrir uma empresa, durante o trajeto resolveu conhecer Sinop. Ficou um dia parado por lá, não conseguiu encontrar meios favoráveis a seu projeto. Estava voltando para a BR-364 para continuar seu, uma pessoa lhe sugeriu conhecer Colíder na Gleba Cafezal e assim o fez. Chegando no Posto Ouro Branco, na Borracharia do Brito, encontraram o Zezé (José de Assis), conhecido do Paraná. Conversaram, trocaram ideias, mas não conseguiram encontrar uma oportunidade de negócios. Decidiram voltar, pois o pensamento ligava-os à Rondônia. Era tempo de eleições, preparavam para voltar, quando se aproximou o Orlandinho (Orlando Carlos Vieira, gerente da Colonizadora e Imobiliária Líder), e os convidaram para transportar eleitores de Nova Canaã para Colíder. Quando chegaram na casa do Nelson Guerreiro às sete horas, depararam com uma multidão, embarcaram 100 pessoas e fizeram duas viagens para Colíder e duas de retorno. Aquele transporte de eleitores abriu os caminhos para os irmãos Milanski. Encontraram muitos conhecidos. Então eles diziam: “vem fazer a linha para nós, as Kombi não vencem transportar o povo”. Waldemar respondia: o Raimundo não quer vender a linha, não posso (a colonizadora explorava o transporte de passageiros), no outro dia muitos populares foram na colonizadora pressionar, Raimundo resolveu vender e Waldemar fez negócio nas duas Kombi do Raimundo Costa Filho, com direito à linha de Colíder a Nova Canaã, por duzentos mil cruzeiros, sendo 50% de entrada e 10 parcelas de dez mil cruzeiros. O Paulinho do Zé Belo trabalhava com uma Kombi, ficou fazendo a linha e Waldemar foi buscar a mudança no Paraná. Trouxe os outros três ônibus, e a família: o pai Bernardo e os irmãos Flávio, o Edson Geraldo (Nego) que era adolescente na época. O Zezé ficou encarregado de alugar uma casa. Quando a mudança chegou ele não havia conseguido encontrar, então deu apoio à família que mourou cerca de um mês com eles, dormindo no interior de um dos ônibus, então o Zezé foi morar na chácara e vendeu a sua casa para o Waldemar que também, comprou o lote vizinho para construir o barracão da empresa.
No dia em que Waldemar ainda estavam descarregando a mudança o povo foi procura-los porque havia ido para o ponto no Bar do Sebastião, mas as Kombi estavam lotadas. Várias pessoas se organizaram e foram pressiona-los, e diziam: queremos ir para Canaã (a gleba nova), então, acabaram de descarregar a mudança e foram fazer a primeira viagem da linha.
Iniciaram fazendo dois horários, documentado pela Prefeitura de Chapada dos Guimarães, sendo um de manhã e outro a tarde de ida e volta. O Vereador João Guedes levou o Flávio Milanski para Chapada dos Guimarães e por lá ficaram uma semana e trouxeram a documentação “como Viação Canaã”, votada pela Câmara Municipal e aprovada pelo Prefeito Ursulino Pereira de Freitas.
Waldemar havia trabalhado muitos anos, na Eucatur - Empresa União Cascavel fundada em 31 de março de 1964 pelo casal Assis Gurgacz e Nair Ventorin Gurgacz. Era velho de casa, então comentou sobre o fluxo migratório para o Norte de Mato Grosso daquela época. O Assis acatou a sugestão e lhe propôs a fazer a primeira viagem de Cascavel para Colíder com um carro zero, com meia carga de passageiros com destino à Colíder trazendo uma família inteira que desembarcou na Estrada Emaús. Era toda segunda-feira. Na segunda viagem já trouxe o carro lotado, mas fez só duas viagens e entregou o carro e veio cuidar do próprio negócio. Em Colíder Waldemar dava toda assistência na garagem da Viação Canaã. A diretoria da Expresso Maringá veio conversar com os irmãos Milanski, propôs transportar os passageiros até Cuiabá no carro convencional (BODINHO) , porque a concessão era da Expresso. De Cuiabá para o Paraná seguiam na Ingatur, mas os passageiros sofriam muito, por isso Waldemar não aceitou vender passagens para a Expresso, daí adiante o DERMAT começou a prender os carros da Eucatur, ficavam presos em Sinop, então surgiu a empresa Integração com os três sócios, Andorinha, Expresso Maringá e União Cascavel, que posteriormente o Assis adquiriu as partes e atualmente é a Empresa Nova Integração.
Como Viação Canaã Waldemar trabalhou dois anos, abriu sete itinerários, sendo: Estrada Pinhal, Fazenda da Viúva (Jap), Carrara e Gleba Maiká (atual Marcelândia), já contava com oito ônibus na frota. Venderam para a Cedrotur que passou a chamar Transportes Satélite. Waldemar Milanski relatou com emoção que, trabalhou como um boi de carro, fez tudo, aí chegaram os donos da Cedrotur que traziam gente do Sul para o projeto Terranova (da Coopercana) e tinha uns três ou quatro ônibus, ganharam a concorrência, então compraram mais dois ônibus novos para trazer os assentados do projeto Terranova, e a empresa VIAÇÃO CANAÃ foi vendida para irmãos Wiegert por cinco milhões e quinhentos mil cruzeiros, sendo: 2 milhões e 800 mil cruzeiros de entrada e o restante receberam em cheques do Bradesco de São José do Cedro SC. Deixaram a garagem com 08 ônibus, estrutura, peças pneus, mas quando foram cobrar os cheques, o bancário falou que a conta estava encerrada.
TRANSPORTES SATÉLITE
Vale salientar a participação dos Irmãos Wiegert, sendo eles: Silvano, Nelmo, Norberto, Valdir e Pedro, da Empresa de Ônibus Transportes Satélite instalada em 1978 (Viação Canaã) e servindo a região Com linhas municipais e intermunicipais ligando Colíder a Nova Canaã, Marcelândia, Terra Nova, Peixoto de Azevedo, Matupá, Guarantã, São José do Xingu e Cuiabá, fazendo ainda conexões para outras regiões do Brasil divulgando e povoando a nossa região, comprou a Viação Canaã, ampliando sua frota.
Primeiro Casamento Civil na cidade foi de João dos Reis Afonso (Cipó) com Carmem da Silva ‘Afonso’ a (filha do João Marino da Silva (Besteirinha) e Conceição Dutra) em 30/09/ 1978, sendo que os casamentos eram realizados com o Baratão e uma equipe do cartório, a Certidão era emitida no Cartório de Capada dos Guimarães. O primeiro casamento realizado no Cartório de Colíder, Livro 01 folhas 01 foi de Waldemar Mendes (Maroto) com Jorgina Lopes de Souza em 10/07/1979.
Distrito de Itaúba
Iniciou na margem da BR-163, altura do KM 595 com a chegada de um grupo de pioneiros formado pelos irmãos Bedin, atitude tomada com a escassez das madeiras nos estados do Sul vieram com fé e coragem explorar a região amazônica tendo como objetivo inicial a implantação de uma serraria e consequentemente a pecuária na área desmatada. A economia girava-se em torno das indústrias madeireiras, que se disponibilizava de grande quantidade de matéria prima na região. Itaúba significa "a árvore pedra", em tupi, dura, resistente como a pedra. É a rainha das madeiras de construção, largamente utilizada nas propriedades rurais como mourões de cerca. Desta forma, presume-se que, ao dar o nome de Itaúba à localidade, os pioneiros queriam indicar que o povo desta região tinha uma postura decidida, firme, dura na luta como a itaúba nas matas. Além dos irmãos Bedim, catarinenses de Aberlardo Luz, que, em 1973, adquiriram terras com o fito expresso de explorar madeiras, beneficiá-las e em seguida abrir pastagens, vieram Erci Vicente dos Santos, Getúlio Galeli, Jorge Strapazon, João Pelechatti e outros.
A família Carrara procedente de Regente Feijó-SP destaca como a maior em número de membros fazendo parte do pioneirismo da história de Colíder. Em agosto de 1972 os irmãos “Carrara” vieram para olhar as terras que compraram do Afonso e retornaram para Regente Feijó-SP município de sua origem, providenciar os documentos e concluir o negócio que veio se concretizar em Cuiabá com o registro da escritura no Cartório do 6º Oficio. No mês de setembro do mesmo ano os irmãos Carrara começaram a abrir as picadas da fazenda de mil alqueires desmembrada da Fazenda Índio, sendo eles: José, Francisco e Paulo Carrara, 41 dias depois da primeira viagem. Compraram um caminhão Mercedes Benz - 1113 para fazer a mudança da família. O 9º BEC estava abrindo a BR-163, o comandante avisou que no dia 20/ 12/ 1972 estaria paralisando o serviço da balsa que trazia a travessia no Rio Teles período em que os trabalhadores (soldados PE) passariam as festas de final de ano em suas origens. Os Carrara’s retornaram para São Paulo e veio para Mato Grosso em 17/01/1973 para dar continuidade na roçada de mato e preparação para receber as famílias.
A 1ª mudança chegou em 10/05/1973 de Sebastião Carrara com 08 filhos, depois a 2ª mudança José Carrara com o genro e 03 filhos em 20/05/1973, Francisco o irmão mais velho com a família ficou em Cuiabá por 60 dias. A 3ª mudança foi de João Carrara e mais 05 irmãos.
Na 1ª etapa das mudanças vieram: Sebastião, Francisco, José, João e Paulino Carrara. Na 2ª etapa veio: Lucírio e Rosa. Rosa casada com Onofre Pereira e por último veio Euclides Carrara (Ninzão), por ter 06 filhas mulheres esperou o avanço no desmate da propriedade, portanto, completando 08 dos dez irmãos Carrara, de uma família de 07 homens e 03 mulheres. Sendo que ficaram no interior de São Paulo as irmãs: Aparecida e Angelina Carrara.
A 1ª escola construída na fazenda foi Comunidade Sta Cruz, onde o Padre de Vera, Antônio Heider celebrou a 1ª missa em 1973 e no ano de 1975 receberam a visita do Bispo de Diamantino.
Jose Carrara com idade bem avançada, embora acamado, mas com muita lucidez contou que chovia torrencialmente sobre as florestas da região, contavam com visível gesto de satisfação sobre as façanhas e bravuras de seus familiares que enfrentaram e lutaram com exemplo de união, otimismo e coragem em busca de futuro melhor e, com a providencia e aprovação das forças celestiais venceram e é fato concreto.
Distrito criado com a denominação de Itaúba, pela lei estadual nº 4158, de 18-12-1979, subordinado ao município de Colider.
ANTÔNIO AGOSTINI BARBIERO
Gestão 1981/82: - Antônio Agostini Barbiero in memoriam (administrador nomeado pelo Governo Estadual)
Criado em 18 -12 -79 o município só foi instalado em 01 de fevereiro de 1981 com a nomeação do Sr. Antônio Agostini Barbiero como o seu Primeiro Administrador Municipal. Administração que ocorreu nos anos 1981/82. Barbiero oriundo do Sul do País, veio em 1975 administrar fazendas trazendo a bagagem de comerciante e dois mandatos de Vereador, com a instalação do município ele foi indicado para administra-o, coroamento de uma luta iniciada em 1978 com a criação da associação de Desenvolvimento de Colíder – ADECOL. Começou com a cara e a coragem, não tinha uma cadeira para sentar e uma caneta para escrever. A Prefeitura não existia fisicamente. Edificou o Prédio da Prefeitura (casa de madeira), instalou a unidade local da Empresa Mato-grossense de Assistência Técnica e Extensão Rural - EMATER, atualmente Empresa Mato-grossense de Pesquisa, Assistência e Extensão Rural "EMPAER", abriu estradas rurais e sua gestão se encerrou em 31/01/1983 com a posse do primeiro prefeito eleito com o voto popular na 1ª eleição após a reforma partidária nas Eleições de 1982 que foram o primeiro passo para redemocratização do País.
Em 15 de novembro de 1982 o eleitorado brasileiro foi chamado a eleger os governadores que administrariam seus estados pelo interregno temporal de quatro anos a contar de 15 de março de 1983 em um pleito que envolveu cerca de 60 milhões de eleitores sendo a primeira eleição direta para governador de estado desde os anos 1960. Naquele pleito valeu o "voto vinculado": o eleitor teria que escolher candidatos de um mesmo partido para todos os cargos em disputa, sob pena de anular seu voto. No cômputo geral os resultados auferidos pelo governo (PDS) foram similares aos quatro partidos de oposição (PMDB, PDT, PTB, PT) e tal equilíbrio influiu na composição do Colégio Eleitoral em 1985. O pleito foi regido pela Lei nº 6.978 de 19 de janeiro de 1982 e pela Lei nº 7.015 de 7 de julho de 1982, dentre outras.
JOÃO GUEDES
Gestão 83/88 - Prefeito - João Guedes - vice João Ferreira Bessa
Sr. João Guedes, natural de Iepê- SP nascido em 18/12/ 1933 chegou em 24/06/1974 pai de 08 filhos (hoje com uma formosa descendência de 23 netos e 18 bisnetos). Concorreu a eleição em 1982 com mais 05 candidatos sendo: José Franquini, Orlando Carlos Vieira, Luiz Aldori Neves Fernandes e Daniel de Oliveira Leite e Epaminondas. João foi eleito com 4.484 votos obtendo mais de 50% dos votos fazendo pelos outros 05 concorrentes. Naquela gestão implantou: 272 salas de aula, estádio de competições, construção e instalações do edifício do fórum da comarca, 05 postos de saúde, pavimentação nas principais ruas e avenidas, adquiriu 100 Há de terra para a construção do aeródromo municipal e tirar a pista de pouso do dentro da cidade, terminal rodoviário, etc. João Guedes exerceu fortes lideranças políticas na região à qual estava ligado desde julho de 1974. Atendendo um município que se estendia do Rio Renato à Serra do Cachimbo, da margem direita do Rio Teles Pires à margem esquerda do Rio Xingu. Ele foi eleito, anteriormente para um mandato de 06 anos, legislatura 77/82 como Vereador por Colíder junto à Câmara Municipal de Chapada dos Guimarães que era então longínqua sede do município, separada naquela época, por mais de 700 quilômetros de estradas de chão cujo percurso na estação chuvosa era muito difícil e penoso. Também foram Vereadores na mesma Legislatura, Arcino Marino da Silva e Daniel de Oliveira Leite.
Importantes acontecimentos ocorreram no percurso de seu mandato. Colíder foi elevada a categoria de Comarca pela Lei 4.716 de 05 de julho de 1984 tendo como primeiro Juiz o Dr. Adilson Polegato de Freitas e primeiro Promotor o Dr. Gerson Medeiros. Em 1986 Colíder já estava ligada à Cuiabá e incorporada à malha rodoviária nacional por rodovia pavimentada, sendo 615 km pela Rodovia Cuiabá/Santarém, BR- 163 e 33 pela Rodovia Estadual MT-320 distando por tanto 648 km da Capital. A chegada do asfalto veio consolidar ainda mais o expressivo desenvolvimento de toda região. Embora sofrendo o desmembramento dos 05 distritos que reduziram sua área geográfica de 41.853 Km² para 4.166.1 Km² e atualmente para 3.009.90 Km² com a perca de grande extensão territorial para formar o município de Nova Guarita e cedendo outra grande extensão para compensar Nova Canaã do Norte que perdeu com a emancipação de Carlinda.
PRIMEIRA LEGISLATURA: -
1. Armezindo Luiz Cardoso in memoriam PDT/PMDB (Pres. 1º Biênio 83-84)
2. Armindo Dias de Amorim - PMDB
3. Eugenio Carraro Neto - PDS
4. Francisco de Assis in memoriam PMDB (Presidente do Segundo Biênio 85-86)
5. Jamiro Formigoni - PMDB
6. Jose Geraldo in memoriam PMDB (Presidente do Terceiro Biênio 87-88)
7. Jose Luiz da Silva in memoriam (Zé Jiló) - PMDB
8. Norberto Atílio Wiegert - PDS
9. Ovandir Batista – PDS
Obs: Ério Ferreira Nogueira in memoriam – PMDB - 1º suplente que assumiu a vaga de Jamiro Formigoni eleito 1º Prefeito de Nova Canaã do Norte (recém emancipado e desmembrado de Colíder).
A cidade de Colíder, ao contrário de Sinop e Alta Floresta, não teve um processo colonizatório arrojado e planejado por grandes empresas estruturadas, tendo sido o seu imenso território repartido por pequenos e médios proprietários sob cujas lideranças se formaram os cinco distritos de Colíder: Itaúba, Nova Canaã, Terra Nova, Peixoto de Azevedo e Guarantã, todos por sua vez, transformados em municípios, respectivamente através das Leis 4.995, 4997, 4.999, 5.005, e 5.008, sancionados pelo ex-governador Júlio José de Campos no dia 13 de maio de 1986.
DISTRITO DE GUARANTÃ:
O primeiro projeto surgiu com o INCRA e a Cooperativa Tritícola de Erechim LTDA – COTREL que surgiu com a finalidade de colocar os agricultores desapropriados no Rio Grande do Sul em razão da construção da barragem no Rio Jacuí. E, foi nomeado para executor do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária - INCRA José Humberto Macedo. A primeira ocorreu em 12/09/1980 e foi celebrada a primeira missa pelo Padre Silvério Schneider e começaram a chegar as famílias em dezembro do mesmo ano, havia 08 casa construídas e uma serraria em funcionamento. As principais madeiras: Angelim, Canjarana, Champanha, Ipê, Cedro da Amazônia, Cambará, Garapeira, Mescla, etc. A área rural dividia-se em Glebas: Cotrel, Nhandu, Páscoa, Redenção, Aleluia, Frater. habitado por índios Krên-aka-rorê até os anos 70.
Os Pioneiros: Sotero Minetto 1º morador, Ceará (restaurante dormitório e ponto de ônibus), Alcides Moreno Capelini farmacêutico, João Rodrigues de Oliveira e Antônio Bezerra primeiros posseiros, as primeiras vendas eram de Toninho Ripa e Inocêncio. Em julho de 1981 chegaram 330 famílias e em 1983 outras 170 procedentes do Sul Brasileiro e do Paraguay, fundado em 02/06/1981. O nome Guarantã tem origem numa árvore típica da região, madeira conhecida por sua resistência, a melhor para cabo de ferramentas. A árvore apresenta protuberâncias de alto a baixo, formando um interessante trançado. Dá a entender que o povo da região é resistente, rijo, nobre. Elevado a categoria de Distrito pela LEI 4.378 de 16/11/1981
subordinado ao município de Colíder.
DISTRITO DE NOVA CANAÃ:
Surgiu com a chegada de brasileiros oriundos do Paraná, municípios de: Guaíra, Terra Roxa, Umuarama, enfim. Atraídos pelas ofertas da Colonizadora Lider, que inicialmente compraram seus lotes na Gleba Cafezal, mas quando chegaram suas terras tinham sido vendidas para outros colonos e praticamente não havia mais áreas remanescentes então as famílias foram encaminhas para mais distantes para ocupar as terras e a partir de julho de 1976 começaram chegar os pioneiros, entre eles: Elcio Picanço Tavares com 30 pessoas, Francisco Moreira Gonçalves, 11 pessoas, João Schiulle 30 pessoas, Osmano Toledo dos Santos procedente do Rio de Janeiro da farmácia, família Comini, Pinheiro e família Castro Lobo, Olívio Ribeiro Terra em 03/06/1076 procedente de Cruzeiro D'Oeste PR. ficou acampado no Treze e posteriormente mudou-se para a localidade Noventa e Nove e de lá para as Três Bocas.
e outros que acamparam no Treze distante 9 km da terra prometida aguardando a construção da estrada.
Com a construção da ponte e abertura da estrada seguiram para Canaã: Antônio do Ponto e Maria Moreira da Silva 1ª casa, Em seguida, vieram os Srs. João Lourenço Máximo e Osvaldo do Amaral, levantando construções. Antônio Joaquim Reinaldo, (Pitoco), Aristides Formigoni, Polaco da Kombi, Dentista Joel Jose Modesto, fotógrafo Nilson, Maria Guarida da farmácia, os médicos José Wilson e Fernando Machado iniciaram os atendimentos à população, 1º motor Hotel Rodoviária, Izaltina Caetano dos Santos deu a luz Wagner (Colíder) Maria Viana Reinaldo deu a luz Adriana (Chapada) Zé do óculo verdureiro, Carlos Dias Catarino pioneiro no ramo de construção, Edson Ferreira de Carvalho carpinteiro, Aristides José Preto sorveteria, Osvaldo loja, Pedro Lima delegado, Açougue Brasil 1 casa de alvenaria, Arlindo José açougue, cinema Aparecido Gomes, Miguel Kichute sapateiro, João Alfaiate, Dirce Alves padeira, Valmor 1º padre. Maria Creuza dos Santos inaugurou a primeira escola, depois veio Eva Dellatesta, que também lecionava na localidade. O primeiro hotel foi do José Zanovello, conhecido por ″Zé Novela″. Primeira oficina mecânica foi de Álvaro Guarido. Santo do Facão (como era conhecido), acompanhou o Padre Geraldo juntamente com o Zanovello, João Ricardo Ferreira e José Martins para localizar o terreno onde seria implantado a 1ª escola de Nova Canaã.
Os primeiros moradores procuraram não se abater com os problemas fundiários e se preocuparam em crescer economicamente. O prêmio veio com a criação do distrito, através da lei nº 4.396, de 23/11/1981. Em 1982, foi criado o Cartório de Paz, sendo nomeado primeiro tabelião o Sr. Jair Borges Monteiro, e o primeiro Juiz de Paz foi o Sr. Nelson Guerreiro,
A descoberta de ouro na região deslocou verdadeira leva de aventureiros para o lugar, muita gente nova foi chegando, trazendo consigo intenso movimento ao comércio local.
O nome ″Nova Canaã″ foi sugerido pelo Bispo D. Henrique Froehlich, que quis com esta iniciativa dar a ideia de que ali era a ″Terra Prometida′ aos que vinham a se instalar na região, trazendo sonhos, coragem e muita esperança no futuro.
DISTRITO DE TERRA NOVA:
O nome de Terra Nova vem da migração de sem-terra da região gaúcha de: Nonoai, Planalto, Tenente Portela, Miraguai e Guarita. Expulsos das terras indígenas Kaingang, os posseiros foram atendidos pelo Estado do Rio Grande do Sul, juntamente com o Governo Federal. Em 05 de maio de1978, com a expulsão das famílias as margens do Riacho Passo Feio a solução foi levar os desabrigados para a região norte de Mato Grosso e futuro município de Colíder. O trabalho de abertura prévia da região, preparação das infraestruturas e transporte, nos primeiros dias, foi confiado à Cooperativa Agrária de Canarana, com sede em Canarana. Foram destinados 435 mil hectares de terras para os assentamentos. A Coopercana abriu 1.062 lotes em 9 agrovilas. O pastor luterano Norberto Schwantes utilizou de um eficiente serviço de orientação aos colonos, dispondo de equipe técnica em agropecuária. O núcleo central dos assentamentos tomou a denominação de "Terra Nova", para mostrar o ambiente de novidade dos assentamentos: a região amazônica. Era uma descoberta que se processava.
Apareceu ouro na nova terra. Os garimpos desmantelaram as frágeis estruturas colonizadoras ainda em fase de montagem. É notória a desorganização garimpeira. A malária ceifou vidas de forma avassaladora.
Em 1981, a agrovila Esteio ficou reduzida a 16 famílias, e a 3 a de Xanxerê. No entanto, novas levas de colonos foram chegando e a experiência foi ensinando a viver em território subordinado ao município de Colíder. A princípio seria fundada onde atualmente é Peixoto de Azevedo, mas dada a descoberta do ouro , os gaúchos que nada entendiam de ouro e de violência tão pouco os costumes do garimpeiro, preferiram mudar a implantação da 9ª Agrovila e Terra Nova, não fosse a descoberta do ouro, talvez as três cidades (Matupá, Peixoto de Azevedo e Terra Nova) hoje seria uma única. Agricultores, comerciantes, garimpeiros, industriais, profissionais liberais, religiosos, todos em harmonia, na região em que pese algumas ocorrências de Violências sociais naturais de região em franco desenvolvimento e de grande fluxo migratório de milhares de famílias. Distrito criado pela lei estadual nº 4397, de 24-11-1981.
DISTRITO DE PEIXOTO DE AZEVEDO:
A denominação é referência ao Rio Peixoto de Azevedo, que recebeu este nome em homenagem ao tenente de milícias Antônio Peixoto de Azevedo, que, em 1819, desceu o Rio Teles Pires em levantamento de possível navegação fluvial. A missão de Azevedo era achar uma via que substituísse a célebre, mas perigosa, Navegação Paranista ou Carreira do Pará. No entanto, após a descida, preferiu não voltar pelo mesmo Rio Teles Pires.
As origens de Peixoto de Azevedo se incrustam no tempo da abertura da rodovia Cuiabá-Santarém, na década de setenta. Nesta época, foram expulsos desta região os índios panará, outrora chamados Krên-aka-rorê, que viviam na área desde tempos imemoriais.
Nos anos de 1973 chegou Orestes Belmonte de Barros e em 1974 construiu uma casa de madeira 1º pioneiro acompanhado de Elias e Alício de Barros e naquele tempo tiveram contato com os índios e ao contrário do que se propaga não eram gigantes e sim de estatura média para baixa 165 cm e alegres o motivo da vinda foi a demarcação de suas terras, uma área de 2.522 ha registradas em 30 11/ 1965, com mais 18 proprietários, entre eles o Oswaldo Branco. Só existia o acampamento do 9 BEC em 194 com 60 homens que contava Cabo João instalou-se a 1ª balsa sobre o Rio Peixoto de Azevedo. Em 1976 chegou Ananias da FUNAI, e assim, iam chegando os pioneiros entre eles o Décio Ramos pescador.
Em 1977 chegaram os dois primeiros garimpeiros. o ouro estava a flor da terra era de 250 a 300 gramas despescadas por semana e pepitas até 300 gramas. Em 78 chegou Ditão, Agostinho e Albertino, montaram suas barracas de comercio, Godô e Manoel garimpeiros, Luizão açougueiro, Zé Doca, Bolacha, Mineiro, Zequinha, Cicero Pedro Rocha, Djalma da loja de som, Luiz e Paulista taxistas, Velho Chico Dentista, Manoel fotografo, Fabiana da Lanchonete, Maria Clarinda e Dona Antoniete das primeiras farmácias. Antônio Ângelo Barroso e Maria Clarinda fizeram as primeiras plantações. Cuiabano 1ª compra de ouro, Cecilia Jose Antônio 1º hotel ela deu a luz a seu 1º filho Tiago, primeira criança de Peixoto. Zé gordo 1º verdureiro, Claudiomiro 1º material de construção, foi também o fretista com seu caminhão Chevrolet 1966, Sergio Ney Hacbarth 1º distribuidor de bebidas, Luiz 1ª sorveteria, Lazaro Araújo Barbosa 1º delegado, Raimundo Leal 1ª panelada, Zé Pifani 1ª loja de confecções, Chico Perneta 1º alfaiate, Dr. Ramom 1º médico, Pedro 1ª Panificadora, Vera 1ª exatora, Tonico construiu a rodoviária, Maria do Pernambuco e Maria Cabeluda primeiras mulheres garimpeiras, Costa 1º barbeiro, Valdenir 1º salão,
Em 1979, o ouro aflorou no solo peixotense. A lide garimpeira transtornou a vida da comunidade.
Elevado a categoria de Distrito através da Lei Estadual nº 4389, de 16-12-1981.
Colíder é a prova eloquente da viabilidade social e econômica da Amazônia Mato-grossense, hoje definitivamente incorporada ao progresso do país, de cuja grandeza participa para honra e Gaudio de quantos aqui vivem e trabalham construindo a grande Pátria de todos nós.
Gestão 89/92: Prefeito Evaldo Jorge Leite /vice João Ricardo Ferreira in memoriam
SEGUNDA LEGISLATURA: -
1. Adão Brives de Jesus in memoriam - PTB
2. Archimedes Fernandes Pereira - PFL
3. Benedito Moreira Brito - PMDB
4. Damião Pereira Pinto - PMDB
5. Edivaldo Santana Rocha - PTB
6. Ério Ferreira Nogueira in memoriam - PMDB - (Presidente 91-92)
7. Gil Teixeira Falzoni - PFL
8. Jose Luiz da Silva in memoriam ((Zé Jiló) PMDB Presidente 89-90))
9. José Martins da Silva - PMDB
10. Jose Ferreira da Silva – PMDB
11. Mauro Pereira da Silva - PTB
12. Sebastião Bento de Oliveira - PMDB
13. Sergio Teixeira da Silva in memoriam- PFL
TERCEIRO MANDATO – Gestão 1993 – 1996
Perfeito: Nelson Guedes
Vice: Luiz Riquena Volpato
TERCEIRA LEGISLATURA:
1. Antônio Carlos das Chagas - PTB
2. Benedito Aparecido Pinto - PTB
3. Benedito Moreira Brito - PMDB (Presidente 95/96)
4. Celso Paulo Banazeski - PFL
5. Clóvis de Almeida Matos- PL
6. Damião Pereira Pinto - PTB
7. Henrique Kastner Neto – PFL - Presidente 93-94
8. João Vieira Sguizard - PTB
9. Jose Martins da Silva - PMDB
10. Mauro Sergio Xavier Carrenho (Drº Mauro) – PL
11. Pedro Bibo in memoriam - PFL
12. Roque Guedes in memoriam PTB
13. Valdecir Augusto dos Santos – PFL
Gestão1997/2000: - Prefeito Jaime Marques Gonçalves /Vice José Afonso Pereira
QUARTA LEGISLATURA: -
1. Alice Zotareli Paleari - PDT
2. Antônio Targa - PDT
3. Adelino Domingues Freire - PMDB
4. Benedito Aparecido Pinto - PPB
5. Damião Pereira Pinto – PTB - Presidente 97-98
6. Francisco de Souza Costa - PTB
7. João Vieira Sguizardi - PFL
8. Mércio da Silva Gomes - PMDB
9. Nilson José dos Santos - PFL
10. Nivaldo Sanches Garcia- PDT
11. Orlando Carlos Vieira in memoriam – PFL – presidente 2º Biênio
12. Osmar Serafini Rodrigues - PTB
13. Sueli Leite de Jesus - PMDB
Gestão 2001/2004: - Prefeito Jaime Marques Gonçalves /Vice José Afonso Pereira
QUINTA LEGISLATURA: -
1. Benedito Aparecido Pinto - PPB
2. Benedito Moreira Brito - PSDB
3. Eldir de Oliveira dos Santos - PT
4. Francisco de Souza Costa - PFL
5. José Carlos da Silva - PFL
6. José Maria Perez - PSDB
7. Luiz Pedro Paglioco – PFL – 1º Secretário
8. Nilson José dos Santos - PFL - Presidente 2001-2002
9. Nivaldo Sanches Garcia - PFL
10. Orlando Carlos Vieira in memoriam – PFL - Presidente 2003-2004
11. Osmar Serafini Rodrigues - PFL
12. Osvaldo Jesus da Purificação – PSDB 2º Secretário
13. Valdecir do Carmo – (Marola) PPB
Gestão 2005/08: Prefeito Celso Paulo Banazeski/ Vice Edson Salgueiro
SEXTA LEGISLATURA:
1. Admar Agostini Mânica - PSDB
2. Benedito Moreira Brito – PSDB - Presidente 2007-2008
3. Eldir de Oliveira dos Santos PT
4. Ismaili Donassan - PP
5. José de Freitas in memoriam - PP
6. José Élcio de Matos -
7. Luiz Donizeti Rocha - PMDB
8. Osmar Serafini Rodrigues Presidente - 2005-2006
9. Ricardo Caldeira Rezende – Lika - DEM
GESTÃO 2009/2012: Prefeito Celso Paulo Banazeski /Vice Edson Salgueiro
PRIMEIRA DAMA: Rosângela Bloch Banazeski
SÉTIMA LEGISLATURA:
1. Admar Agostini Mânica - PSDB
2. Adir Teixeira - PMDB
3. Benedito Moreira Brito - PR
4. José de Freitas in memoriam – PP – (Presidente 2009/2010)
5. Luiz Antônio Salgueiro - PP - (Presidente 2011/2012 Biênio)
6. Luiz Donizeti Rocha – PMDB
7. Osmar Serafini Rodrigues - DEM
8. Regiane de Freitas - PP
9. Ricardo Caldeira Rezende – Lika - DEM.
Luiz Pedro Paglioco – PRP - (suplente que assumiu a vaga deixada por Regiane de Freitas)
GESTÃO 2013/2016 - Prefeito Nilson José dos Santos,
Vice-Prefeito Ademir Oscar Crispim.
PRIMEIRA DAMA: Roze Aparecida dos Santos
OITAVA LEGISLATURA:
1. Alencar Pereira da Silva - DEM;
2. Benedito Moreira Brito - PR;
3. Francelina Ferreira da Cruz - PMDB;
4. Givanildo Bispo dos Santos – PSDB/PROS;
5. Ismaili de Oliveira Donassan - PSD;
6. José Élcio de Matos - PSD;
7. José Roberto Andrade Santos – PMDB/PSDB;
8. Marcos Aragão Pinheiro - PSD;
9. Odair André - PSDB;
10. Odair José de Oliveira – PP - (Presidente do 2º Biênio);
11. Ricardo Caldeira Rezende – PDT - (Presidente do 1º Biênio);
12. Roberto Francisco Ferreira da Silva - PMDB;
13. Silvano Raimundo de Souza - PMDB.
GESTÃO MUNICIPAL 2017/2020
Prefeito: Noboru Tomiyoshi
Vice-Prefeito: Massahiro Ono
PRIMEIRA DAMA: Ana Arakaki Tomiyoshi
9ª LEGISLATURA 2017/2020
1. Alencar Pereira da Silva - DEM
2. Denny Michel Rodrigues - PRÓS
3. Dorys Rejane da Rosa Sguizardi -DEM
4. Edina Martins de Oliveira - PT
5. Jaime Pereira Lima - DEM
6. José Élcio de Matos (Rica) - PSD – Presidente 1º Biênio
7. José Moreira - PSD
8. José Roberto Andrade dos Santos - PSDB
9. Luciano Aparecido Milani - PMDB
10. Marcos Aragão Pinheiro - PSD
11. Ricardo Caldeira Rezende - PSDB
12. Roberto Francisco Ferreira da Silva (Pernambuco Filho) – PMDB - Presidente 2º Biênio
13. Ruan Batista da Silva Adão - PTB
Gestão Municipal 2021/2024
Prefeito: Emerson Lourenço Máximo – PATRIOTA
Vice-Prefeito: Valmir Teixeira PATRIOTA
DÉCIMA LEGISLATURA 2021/2024
PRESIDENTE DA CÂMARA MUNICIPAL
Biênio 2021/22: Ana Flávia Rodrigues Ramiro
1. Adriano Pereira dos Santos - PSC
2. Alencar Pereira da Silva - PSD
3. Ana Flávia Rodrigues Ramiro - MDB
4. Euler Fernando Borges - PSDB
5. Jaime Pereira Lima - DEM
6. Joize Ponciano Gonçalves Pinheiro - PSC
7. José Élcio de Matos - PSD
8. José Moreira - PSD
9. Leila da Silva Teixeira de Almeida - PATRIOTA
10. Luciano Aparecido Milani - DEM
11. Luiz Fabiano da Costa - MDB
12. Marcelo Fraccari Canova - MDB
13. Maria Helena Bernardo da Silva Cordeiro – PSD
DADOS IMPORTANTES:
Colíder é um município do estado de Mato Grosso e está localizado no norte do estado. Coordenadas - l0º 48’ 19 “latitude sul, 55º 27’ 27” longitude oeste Gr. (Coordenada da sede da prefeitura)
Eleitores – 23.467 (fonte: TER/MT - 10/2016)
Localização: no Brasil 10° 48' 19" S 55° 27' 18"
Fuso horário UTC-4
IDH- M 0,75 - PIB – R$ 322 707,172 mil (IBGE) - PIB per capta R$ 10.165,93 (IBGE)
Limites: Carlinda, Itaúba, Nova Canaã do Norte, Nova Guarita e Terra Nova do Norte.
Altitude - 315 m. (Altitude da sede da prefeitura)
Relevo - Planalto Residual Norte de Mato Grosso, Serra do Cachimbo.
Distância da Capital - 648 km
Referências:
Gentilício colidense
Geografia:
Formação Geológica
Coberturas não dobradas do Fanerozoico - Formação Prainha. Coberturas dobradas do Proterozoico com granitoides associados, Formação Iriri. Complexos metamórficos arqueanos pré-cambrianos indiferenciados. Faixa móvel Rio Negro e Juruena.
Bacia Hidrográfica:
Grande Bacia do Amazonas. Para esta bacia contribui a Bacia do Teles Pires, que recebe pela direita o Rio Peixoto de Azevedo.
Hidrografia:
Rio Teles Pires, Rio Parado, Rio Carapá, Rio do Meio e Rio Braço Dois.
Tipo de Solo: argiloso e areno argiloso
Clima/Temperatura:
Equatorial quente/úmido, 26º STRALHER, com 3 meses de seca, de junho a agosto. Índice pluviométrico Anual: 2.200 mm média, com maior precipitação e intensidade máxima em dezembro, janeiro, fevereiro e março. Temperatura média anual de 24 °C.
Riquezas Naturais: Madeira, Ouro, plantas medicinais, caça (proibido) e pesca.
Economia:
A pecuária intensiva é uma realidade, que divide espaço com culturas diversas, nos minifúndios espalhados ao longo do município. O comércio tem significativa participação na arrecadação de divisas. O extrativismo mineral faz parte da economia municipal.
Pecuária:
Bovinos 375.267 (Rebanho: oscila entre 370 a 415 mil cabeças).
Vacas leiteiras 23. 317 cabeças produzindo 27.864 litros de leite (oscila para mais ou para menos dependendo da estação do ano).
Equinos 3.907 cabeças (média)
Bubalinos 205 cabeças (média)
Suínos 5.382 cabeças oscilam para mais ou para menos
Caprinos 288 (média)
Ovinos 4.168 (média)
Galináceos 53.939 cabeças (média que depende da influencia de mercado)
Densidade demográfica 9,94 hab/km².
Em Colíder aproximadamente 10 mil domicílios ocupados e contamos com o crescimento populacional de 10,03% na última década, somando ao todo uma população de 33.244 pessoas.
Padre Geraldo da Silva Araújo: Importante personalidade na história de Colíder
No dia 12 de outubro de 1977, Dom Henrique Froehlich, bispo da Prelazia de Diamantino, criou a Paróquia Santa Cruz, desmembrada da Paróquia Papa João XXIII, de Colíder, abrangendo toda a nascente cidade de Alta Floresta. Desde então, o Pe. Geraldo se mudou para a nova circunscrição, ainda hoje, confiada aos missionários sacramentinos, que, com o tempo, se desdobrou em mais duas paróquias, Bom Pastor e São Paulo Apóstolo, constituindo, assim, a chamada Região Missionária Sacramentina –, o Pe. Geraldo permaneceu até o início de 1994. E, nessas terras, realizou aquele que é, aos nossos olhos, o seu trabalho mais admirável.
No começo, os moradores de Alta Floresta eram quase que em sua totalidade, migrantes do Paraná, homens e mulheres dedicados à lavoura, em busca de melhores condições de vida para suas famílias. Com “o desejo de ver os seus filhos em cima do que era deles, na esperança de dias melhores para a família”.
Chegando à “gleba INDECO” da INDECO - Integração, Desenvolvimento e Colonização –, os colonos tinham a ventura de encontrar uma colonizadora responsável e cumpridora de suas obrigações. Além da rodovia J-1 (atual MT-208), construída com recursos próprios, a firma abriu mais de mil quilômetros de estradas vicinais, dando acesso às diversas áreas loteadas. Vale o registro: a INDECO retardou a entrada dos colonos em um ano, aproximadamente, a fim de terminar a construção destas vias, não permitindo que se repetissem em suas terras as tristes cenas da gleba Cafezal (Colíder).
“O Empresário. Ariosto da Riva vinha de conflitos com o clero, com Dom Pedro Casaldáliga, no Vale do Araguaia; e o Pe. Geraldo, por sua vez, vinha de conflitos com o colonizador de Colíder o Sr. Raimundo Costa Filho. Ou seja, os dois tinham tudo para não dar certo. Mas, muito pelo contrário, se entenderam e, mais do que isso, colaboraram”.
Mais tarde, o Pe. Geraldo descreveria o diretor-presidente da INDECO como “um colonizador muito humano, dotado de sentimento religioso”; ou ainda “... um homem de visão, um líder de muita experiência, arrojo e persistência” (ARAÚJO, Geraldo da Silva, Pe. A Igreja católica em Alta Floresta. Folha da Floresta. Alta Floresta, mar. 1989). De sua parte, o Sr. Ariosto ”... via e apreciava o trabalho da Igreja [...] [realizado na pessoa do Pe. Geraldo]. Era visível o [seu] entusiasmo [...]ante o nascimento e crescimento de muitas comunidades que iam aparecendo na gleba”( ARAÚJO, Geraldo da Silva, Pe. Para o livro de Tombo da Paróquia Santa Cruz. Alta Floresta: 1992. p.11. [Inédito]).
O Pe. Geraldo exigia silêncio na Igreja, há um episódio que os membros da Família Carrara não esquecem até hoje. Segundo Rosa Carrara Pereira, nas proximidades do local onde se rezaria a missa, havia uma panela de pressão no fogo. Produzia, como de hábito, o ruído de todos conhecido. Pois o Pe. Geraldo pediu que o utensílio fosse retirado do fogão, de modo a se poder celebrar, sem interferências, o santo sacrifício do altar.
Outro detalhe na composição do ambiente é a modéstia no vestir que o culto a Deus exige. O Pe. Geraldo não hesitava em recusar a comunhão àquelas que se apresentam indevidamente trajado. É lógico que isso acontece apenas uma ou duas vezes. A partir daí, já advertidas, não há quem experimente comparecer sem decência.
O objetivo era, justamente, que todos participassem. E o Pe. Geraldo sempre cobrou isso. A quem tem uma voz muito forte, pede que a modere um pouco, de modo que ninguém se sobressaia e o resultado seja mais homogêneo. De outra parte, aos silenciosos, pede que cantem também, mesmo que a voz não seja bonita. Segundo Alécio Carrara in memoriam, o Sr. Francisco Carrara in memoriam, patriarca da família, não tinha o hábito de cantar. Passou a cantar com o incentivo do Pe. Geraldo. “Toda palavra, toda semente que ele plantava, ele queria plantar com a mão. Queria que aquela palavra caísse no coração de cada um”, enfatizou Paulo Jacinto. “O sermão do Pe. Geraldo era mais um diálogo com as pessoas. Todo mundo saía dali entendendo mesmo”, disse Maria da Costa Silva, a Profa. Marina. “Ele incentivava bastante o pessoal. Fazia a pessoa participar, fazia perguntas. Ele mexia mesmo com o povo, fazia com que o povo se manifestasse, falasse”, relembra Maria Luci do Nascimento Martins (Profª Luci). Ao final de suas homilias, o Pe. Costumava perguntar aos membros da comunidade qual foi a mensagem de que mais gostaram, o que mais lhes tocou o coração.
A Região Missionária Sacramentina (Fonte: “O movimento da Boa Nova”.
Av. Mal. Rondon – à frente Paróquia João XXIII
No início, com maior número de fiéis, a Igreja católica em Colíder era Capela da Paróquia Santo Antônio, de Sinop. Na época do Pe. Geraldo Silva Araújo.
Desde a criação da Paróquia João XXIII até a presente data passaram por ela os Padres:
- 14 de Outubro de 1977 à 15 de Junho de 1978: Como Pároco Pe. Manoel Leandro Pereira
- 15 de Junho de 1978 à 11 de novembro de 1979: Como Pároco Pe. Heriberto Hammes SJ e Pe. Silvino Hammes
-25 de Novembro de 1979: Como pároco Pe. Sivério Schineider e como vigário Pe. Walmor Ely.
- 10 de Março de 1985: Como Pároco Frei Plíneo Ricardo Maldaner e vigário Frei Elói Hentz.
- 03 de Março de 1988: como pároco Frei Elói Hentz e como vigário Frei João Jorge, e Frei Joel Lorenzetti que assumiu como vigário Paroquial depois do falecimento do Frei João Jorge, em dezembro de 1990.
- Fevereiro de 1994: Como vigário Frei Nelson Martins e 19 de Março de 1994: Também como vigário Paroquial Frei José Morschel.
- 07 de Janeiro de 1987: Como vigário Paroquial Frei Léo Loch.
- 22 de Fevereiro de 1998: Como Pároco Pe. Sebastião Batista Viana, sdn como Vigário Paroquial Pe. Vitório Sachi, sdn; de 1988 a 1999 em estágio Frt. Julimar Pereira, sdn; 2000 em estágio Frt. Antonio Carlos Fernandes, sdn; de janeiro a agosto de 2001 Diácono Frt. João Batista Ferreira, que continuou a trabalhar nessa Paróquia após sua ordenação sacerdotal até janeiro de 2002.
-10 de Fevereiro de 2002: Como pároco Pe. José de Paula Netto, sdn e como Vigário Paroquial Pe. José de Oliveira.
- 13 de Novembro de 2002: Como Pároco Agnaldo Gomes Batista, como Vigário Paroquial continua Pe. José de Oliveira Miguel, 2003 tirocinante Frt. Rodrigo Lucio da Conceição, e 2004 Frt. Francisco João da Silva.
- 18 de Dezembro de 2006: Como Pároco José Enésio Pinheiro, sdn, e em fevereiro de 2007 como vigário Paroquial Pe. Paulo Rogério Machado.
- Em fevereiro de 2008 Pe. José de Oliveira retorna a Colíder, e em novembro com a saída do Pe. José Enésio Pinheiro, foi feita a Provisão por Dom Gentil Delazari para Pe. José de Oliveira Miguel, sdn, em 17 de Novembro de 2008. Na qual foi lida aos fiéis na Assembléia Paroquial.
- Em Fevereiro de 2009 o Diácono Carlos André Missionário Sacramentino vem para Colíder para exercer o seu Diaconato. Em 26 de Julho é Ordenado Presbítero em Maracanaú/CE e retorna à Colíder como Vigário Paroquial.
- No dia 08 de Fevereiro de 2010, Pe. José de Oliveira Miguel é transferido para Maracanaú/CE, e Pe. Renato chega em Colíder. No dia 25 de fevereiro de 2010 o seminarista Flaviano Galdino Paz chega também para ajudar na missão.
- No dia 20 de dezembro de 2011 às 19:30 missa de envio de Pe. Carlos André Soares Teodósio – SDN, que é transferido para Maracanaú/CE
Em 30 de Janeiro de 2011, a Congregação dos Missionários Sacramentinos de Nossa Senhora, deixa a Paróquia. Onde teve a missa de despedida do Pároco Pe. Renato Dutra Borges – SDN. No dia 06 de Fevereiro de 2011, chega em nossa Paróquia a nova congregação religiosa dos Agostinianos Descalços. Na presença do Bispo Diocesano, Dom Gentil, toma posse como pároco, Frei Carlos Topanotti, e os Freis Francisco Luiz Ferreira e Marcos Mezzalira como vigários paroquiais. Fonte: Paróquia Papa João XXIII – Colider/MT.
PIONEIROS ENTREVISTADOS:
OPERADOR DE MÁQUINAS PESADAS - Mario Prieto Garcia procedente de Porto Mirador - PR, primeiro operador de máquinas pesadas e de Patrol chegou em 01 de junho de 1973, seguiu por um picadão até o Rio Jacaré, onde posteriormente formou-se a comunidade Rio Jordão e acampou. Mário conta que foi com muito sacrifício e vontade de chegar a um lugar que ainda não existia. “Continuamos a nossa jornada, passamos o Rio do Meio onde fizemos um acampamento e formou-se um povoado, Rio Azul, o Rio do Peixe e ali fizemos outro acampamento, no final do ano de 1974 (novembro) mais de um ano de trabalho na abertura da estrada chegamos na localidade onde se planejava a implantação da cidade. Recorda Prieto que em 07 de fevereiro de 1974 chegou ao acampamento a sua esposa Maria José Garcia e o filho Júlio César. – “Lembro que a escola teve início de suas atividades em 19 de maio de 1975 com 120 alunos e os primeiros professores foram a Maria Helena de Oliveira, João Oliveira e a Maria José Garcia (esposa de Mário). Lembro também que a Raimunda do Nascimento mulher do Severino Nascimento, faleceu no parto da filha Izabel uma das primeiras crianças nascidas em Colíder.
PRIMEIRA PROFESSORA - Helena Maria de Oliveira, atualmente utiliza o sobrenome de casada (Miranda) conta que chegou ao final de ano. “Em 04/12/1974 aqui não tinha quase nada, a estrada era precária foram 04 dias de viagem do Paraná para a Gleba Cafezal, a ponte do Rio do Meio era com duas toras compridas lavradas que os carros passavam por cima, (o que seria) a cidade era só barracos. Encontramos o Antônio Bigode que nos recebeu, mas não encontramos nada para comer, não havia onde lanchar. Dormimos na escolinha e no outro dia acampemos na margem do Córrego Jaracatiá e fomos vizinhos do Antônio Tratorista, Dona Angélica de muitas outras famílias”. - Helena conta que onde atualmente é a Avenida Marechal Rondon era uma estradinha com barracos de ambos os lados. Os lotes localizados na Alameda Principal eram vendidos porque a colonizadora idealizava-a como uma via, tipo “Cartão Postal”. Entretanto os lotes da Av. Marechal Rondon foram doados com o compromisso de construir no prazo máximo de 90 dias com construção mínima de 42 m²., fato que promoveu a aglomerações de estabelecimentos em fluxo maior começando se destacar as construções e instalações do comercio: a loja da dona Zilda e Basílio o bar do Lázaro, enfim e a Alameda que seria a principal atual Tancredo Neves, que os lotes eram vendidos, ficou muitos anos perdendo o destaque para a paralela Rondon. Fato confirmado por Archimedes Fernandes Pereira. A professora prossegue: “A escola era uma sala grande sem divisões, muitos matrículas surgiam toda tarde chegavam 04, 05 ou mais caminhão e de mudança, as vezes com várias famílias em um só caminhão, surgiu então a necessidade de ir à Cuiabá para se preparar e saber como iria funcionar as aulas então dividiu-se a sala grande no meio e tinha aulas de manhã, ao meio dia e a tarde (3 turnos). Eu já não dava conta sozinha! Passaram então a lecionar o meu tio João de Oliveira e com o aumento crescente de crianças veio também a Maria Garcia, então já éramos em três professores. As dificuldades eram muitas, mesmo assim tenho muita saudade. ”
O Baratão
Valdivino Marcelino Araújo conhecido como Baratão, chegou em 18/12/1975 vendedor ambulante e formou rapidamente uma clientela fato que se animou a montar um comércio. Ele contava que as pessoas concentravam próximas a sua loja para ouvir os discos de modas sertanejas que ele tocava no som da loja “O Baratão”. Valdivino (Baratão) decidiu a instalar uma rádio, que funcionaram três meses, mas foi fechada por de falta de legalização juto ao departamento de telecomunicações. Foi o preparador Eleitoral Oficial nos requerimentos dos títulos eleitorais. Foi primeiro despachante para o registro civil de Chapada dos Guimarães e o primeiro casamento que realizou foi o de João Afonso dos Reis (Cipó) e Carmem da Silva Afonso, posteriormente foi desenhista publicitário na Sóplaca ateliê próprio.
BENEDITO CARVALHO
Benedito Carvalho era o titular da família dos “Paca”. Procedente do Paraná um dos pioneiros localizou-se na Gleba Paraná cultivou: arroz, milho, feijão e atuou na criação de gado. “Tudo que temos devemos a esta cidade. ”
Cássio Fernandes Ribeiro im memoriam (relatou em forma de poema)
Como foi belo (o norte de) Mato Grosso/ quando eu te conheci! / Tu És um torrão querido do Brasil/ com suas terras fertil,/ Outra igual eu nunca vi/ com suas verdes matas e o céu cor de anil. /Tu Mato Grosso, és o Estado maior do Brasil. Nesta terra maravilhosa/ Lá do Sul e (aqui) do Norte/ Chegaram tantas famílias/ Para desbravar o sertão/ Cortavam as (enormes) e fortes árvores/ Jogando tudo no chão/ Depois veio o forte (e temeroso) fogo/ Virou tudo um só carvão/ Ali (café/algodão) eram plantados/ Arroz milho e feijão/ Eram transportados em carro de boi/ Pois não existia caminhão/ E pouco a pouco chegaram no lugar desejado/ Começaram fazer uns ranchos/ Foi formando o povoado/ Assim foi como começou a Colíder/ Nosso berço adorado/ Vejo os b elos rios que traçam as belas matas/ E ao longe um belo horizonte.
JOVELINO ANTÔNIO MENDES - GUAÍRA PR
Eu era criança mais me lembro, a Avenida Mal. Rondon era apenas uma estradinha em 1974. Só alguns botecos que vendiam gêneros de primeira necessidade. Nosso primeiro barraco foi ali onde hoje é o Clube Cristal. Depois mudamos para o Córrego Jaracatiá do outo lado do povoado até pegar nosso lote no Córrego Boa Esperança, mas os jagunços do João Arantes pôs o povo para correr, depois a colonizadora deu outro lote na estrada de Canaã distante 10 quilômetros. Corremos dos jagunços também. Meu pai (Zé Luzia) tomou decisão e agiu energicamente com a Colonizadora Líder. E, num acordo recebeu uma chácara na Comunidade Santa Fé. A vida era muito boa, muita fartura muita chuva. A partir de 1985 mudei para a cidade e fui trabalhar por conta. Foi muito gratificante, vi tudo crescer. Não tinha nada hoje tem tudo.
LUIZ CARLOS PETRI ALTO PIQUIRI PR. (JÚNIOR CONFECÇÕES)
Em 1975 era uma selva amazônica, um paraíso. Eu era criança e achava tudo muito bom, o cantar dos passarinhos, os banhos de córregos. Meu pai Olentino Petri comprava cereal, e o progresso veio chegando lentamente. Eu sinto o desenvolvimento de Colíder na pele. Lembro-me das administrações anteriores. Antônio Barbiero que começou estruturar o município; João Guedes o primeiro prefeito eleito com o voto direto, o início das construções, depois veio Evaldo Jorge Leite, Nelson Guedes, infelizmente houve dificuldade com a Câmara. Jaime Marques Gonçalves, Celso Banazeski, Nilson Santos atualmente. A cidade promete muito. Casei aqui, Colíder representa a minha família. Quero crescer com a cidade, espero que os políticos pensem coletivamente e não individualmente.
Francisco Pereira dos Santos (Chiquinho) Guaíra - Casa Três Irmãos
Em 1976 ainda era tudo mato, só tinha a Avenida Marechal Rondon até na igreja que era ali no Zezinho perto do Bradesco para frente era floresta virgem. Foi muito difícil acostumar, era como estivesse preso, pois existia muito jagunço, não saíamos na rua, até porque não havia divertimentos. Só o cinema do Mineiro. Foi muito difícil superar isso tudo, a luta foi grande para chegar até aqui. Por isso Colíder é tudo para mim, tudo que tenho está aqui. Meu pai João Pereira dos Santos chegou de mudança no Natal, dia 25/12/1976.
Antônio Rodrigues dos Reis (Toninho) da Casa Baratex
Filho do Cassiano da máquina de arroz, procedente de Terra Roxa – PR - O comércio era pequeno em 1975, muita poeira no período da estiagem, muita floresta, mas chegava muita gente. A Rodovia Cuiabá/Santarém era boa, recentemente construída, depois foi ficando danificada com o excesso de movimento e chuvas. Faltava tudo, íamos buscar gasolina em Porto dos Gaúchos, em tambores de 200 litros, para vender no varejo, o preço era bem elevado. Nossa máquina de benefício de arroz foi instalada dentro do mato onde hoje é Avenida do Colonizador. A educação religiosa era feita pelo Padre Geraldo e Irmã Soledade, a filha do Olentino Petry Helena e João Ambrósio foram os primeiros professores naquela época. Ônibus fazia linha só uma vez por semana, quando chegava era uma festa, muita gente vinha ver quem chegava de viagem. O povo era mais amigo, todos se conheciam e gostavam de fazer favores. Agora cresceu já tem indústrias, aumentou a correria, acabou o futebol gostoso de outrora. Tenho saudades.
Edmilson Belarmino de Lima – procedente de Umuarama – PR. Loja Rei do Pano Quando chegamos em 1.977 Colíder era um simples vilarejo com poucos habitantes, não existia telefone e as estradas eram precárias. Só existia um horário de ônibus semanal para Cuiabá. Não tínhamos televisão e nem emissora de rádio. A nossa comunicação era feita por rádio amador. A luz era de Lampião. Para chegar de Umuarama até aqui foram gastos 05 dias na viagem com 04 noites. A aventura foi muito grande, muita batalha, mas graças a Deus superamos toda dificuldade. Colíder para mim representa um mar de maravilhas. Se Colíder tivesse desenvolvido desde o início como na última década seria atualmente o maior centro do norte de Mato Grosso.
Lourival Emídio da Silva procedente de Umuarama-PR. Relojoaria Suíça.
Só tinha mato, tinha onça e pistoleiros, para chegar até aqui foi muito difícil, hoje estamos num paraíso, um mar de rosas, essa cidade é como se fosse a minha família, é minha filha, minha irmã, Colíder né tudo. Fomos pioneiros não tinha nada vi chegar tudo e tudo acontecer.
Arnaldo Plácido - Guaíra PR
Em 1973 quando cheguei Colíder não tinha nenhuma casa, nós ficamos acampados no Rio do Meio. A cada de era para ser implantada lá atrás onde era o Chacarinha ( Rio do Peixe) depois o Colonizador Raimundo resolveu mudar um pouco mais para frente, foi onde fundou a cidade e está situada atualmente. Chegamos a pé por picadas, a estrada vinha até o Rio do Meio, mas eu já havia conhecido a Gleba Cafezal em 1972. Quando a BR-163 estava para no Rio Renato, julho de 1972, só pelo mapa. Fui corretor e comprei um lote na Cafarnaum e, a partir de 1975 começou desenvolver gradativamente. É um novo céu me relaciono bem com todos, não tenho queixa de ninguém. Aqui tenho netos e bisnetos e não quero mudar nunca de Colíder.
ANTONIO DA CRUZ (Toninho Despachante)
Quando cheguei em 1979 não havia telefone, comunicava-se através de rádio amador instalado na casa do Antônio Barbiero. Com as estradas precárias gastava-se 03 dias para ir a Cuiabá, não existia televisão e sinal nem por antena parabólica. Sem conforto a vida era muito difícil. Estabelece meu escritório, lecionei na Escola Louremberg, fui representante da Previdência Social no período 1984/89 atendendo todos os distritos: Nova Canaã, Itaúba, Terra Nova, Peixoto de Azevedo e Guarantã. Assumi a previdência em Sinop por um período, conseguiu fazer 03 mil aposentadorias. Colíder me deu o suporte principal, essa cidade representa tudo para mim.
PASCOAL DA LOJA SOM BRASIL
Pascoal Donizete de Oliveira procedente de Terra Roxa- PR “cheguei em 1975 a cidade de Colíder estava iniciando era apenas uma clareira na selva com poucas casas mas um povo otimista que pelo fato de possuir terras férteis visava um futuro promissor, principalmente os que tinham plano de formar lavouras cafeeiras. Se a cafeicultura tivesse êxito teríamos uma região de destaque e progresso. abri minha loja aqui e passei a considerar Colíder como minha cidade mãe, é minha pátria e ela eu defendo.
ALENCAR PEREIRA DA SILVA
Chegou em 1979, a principio foi plantador de café juntamente com o seu pai Clementino Pereira da Silva, foi produtor de tomate onde comercializou por 10 anos de 1985 a 1995 na feira como feirante e foi Presidente da Associação dos Pequenos Produtores de ortifrutigranjeiros de Colider por dois mandatos. De 1995/96 foi Secretário de Obras. De 1997 A 2000 Foi Juíz Classista. De 2000 a 2003 Oficial de Justiça Adoc na Vara do Traballho. 2004 voltpou para a Prefeitura de 2005 a 2012 foi Secretário Adjunto de Educação no Setor de Transportes e a partir de 2012 elegeu a Vereador e está no segundo mandato. Saiu da agricultura ainda jovem mais nunca deixou as raízes pois ainda reside no meio rural.
ALCINDO COLOMBO INVESTINDO EM COLÍDER
De Céu Azul-PR impulsionado pela febre do ouro investiu instalando aqui o Comercio de Máquinas e Equipamentos – COLIMEL. “Em meados de 1989 Colíder fervilhava ao redor da atividade garimpeira. Tinha pequena agricultura e pecuária começando a despontar, mas a atividade que me trouxe aqui foi o garimpo, mas durou pouco com a posse do Collor entrou em decadência e houve então uma grande transformação na cidade ou seja seja a agricultura começou voltar, foi uma época difícil não tinha energia, já tinha asfalto até aqui mas as estradas da região e a comunicação eram péssimas. A cidade não oferecia conforto mas mesmo assim estabelecemos aqui para fixar raízes e crescer. Com a chegada da energia através do linhão, veio também: Frigorífico, Curtume, em fim, os investidores começaram acreditar, superamos a crise e começamos se destacar.
ENTREVISTA DE SERGIO DORINI
Aquele tempo não era nada estava tudo em mato ninguém nem sabia onde seria implantado a cidade. Naquele tempo nem Colíder se falava, era Gleba Cafezal, só tinha o 9º BEC nas margens do Rio Renato onde encontrava moradores era em Cidade Vera a 220 quilômetros. Não existia Sinop somente uma clareira no meio da mata onde seria implantado a cidade. Só existia um posto de venda de combustível e uma pensão do Joaquim que atendia os compradores de terras da Gleba Celeste da Colonizadora Sinop.
Eu vim com a mudança até ali onde hoje é Nova Santa Helena onde seria a estrada para Colíder, onde tinha vindo dias antes para conhecer depois de ter chegado do Paraguai onde seria a minha nova pátria. Em Londrina anunciava esta gleba, foi aí que procurei o corretor Antônio Roque e marquei a viagem para a próxima caravana. Parei no fim da picada gostei das terras e o corretor disse que ali seria a cidade. Eu falei que viria imediatamente O corretor gostou da ideia, fomos embora e lá no Paraná na região de Alto Piquiri, ouvia anunciar que meu lote de terras estava cortado, que podia vir. Fretei o caminhão para fazer a mudança. De Cuiabá para cá era chão e mato. o Joaquim da pensão me chamou de louco mas mesmo assim mandei tocar o caminhão até onde hoje é Nova Santa Helena e descarreguei a mudança na entrada da picada onde encontrei com o senhor Antônio tratorista. Ali armei o encerado e fui providenciar água para fazer comida. Ali passamos a primeira noite. pus a família para dormir e sentei com um cachorro que trouxe e uma espingarda temendo que onça viesse rondar o meu improvisado barraco e, o motorista com o ajudante dormiram na cabine do caminhão, tomado pelo sono dormi e só acordei quando o dia amanheceu com o barulho dos passarinhos que cantavam com estivesse curiosos com a nossa presença ali.
A mulher (Aparecida) coou um café e depois que tomamos o café o motorista do caminhão muito sem graça me propôs que eu carregasse o Jeep que trouxe e ele levaria a minha mudança de volta sem me cobrar nada, alegando que havia rodado o dia inteiro sem ver uma morada além do acampamento do 9º BEC, alegando que até o acampamento da Colonizadora estava para trás. Disse ele: foi uma fraqueza do senhor seu Sergio, vamos embora! Eu disse poucas palavras, não eu vou ficar e eles despediram chorando. No outro dia começaram a chegar o pessoal da firma (Colíder): Vergílio, Bento que foi onde interroguei pelo meu lote e eles falaram que nem sabiam onde seria a Gleba Cafezal. Ficaram um olhando para o outro ali. Em seguida chegou seu Brasilino. Vespas e mosquitos não sei de onde vinha tanto fiquei muito aborrecido e me bateu o arrependimento. o mantimento foi acabando e a preocupação aumentando.
Mas tarde recebi um lote próximo ao Rio Jacaré, quando já tinha cerca de um alqueire roçado fui embargado pelos jagunços do Gueno (Fazenda Gaúcha), foi quando resolvi derrubar lá na margem da BR próximo de onde hoje é Santa Helena junto com Brasilino derrubamos três alqueires, plantamos milho, feijão e arroz.
Veio o Delegado Regional de Cuiabá e embargou o serviço. Disse não mexe com uma folha aí isso aí é particular. Apresentei a família dei café a ele, comentei sobre o que estava acontecendo e lamentei a situação, mas o delegado não quis saber, saiu dizendo: por esses dias eu voltarei a verificar se o senhor já desocupou. Mesmo assim eu prossegui trabalhando, daí uns dias o delegado voltou e pergunto a mulher: - Cadê o Sérgio? - Não está! Ele está teimando ainda! A Aparecida pediu que ele me esperasse alegando que ela não podia resolver nada - eu sou mulher, doutor eu não entendo e não sei resolver. O Delegado foi embora e nunca mais voltou. Mais tarde vieram o Bispo e o Padre Geraldo para rezar uma Missa, mas por ter muito pouca gente o bispo convidou o nós para ir lá no acampamento da SAMA e ali rezou-se uma missa onde hoje é a Igreja Nossa Senhora Aparecida na margem da BR-163.
e aí foram chegando as mudanças. Valdemar, Augusto, Gerson Preto, Cícero Ângelo e outros. Com a chegada dessas famílias a colonizadora se viu apurada e empreitou para mim (Sérgio) e o Brasilino a abertura da estrada para a futura cidade, a qual foi aberta a machado e enxadão até o Córgão (o Rio do Japonês). Fiquei um ano e sete meses na BR-163 até colher a lavoura e chegamos a colher 200 sacos de arroz, 10 carros de milho e 25 sacos de feijão, mas perdeu porque não tinha para quem vender.
Então Seu Elias, eram muitos problemas as caravanas iam chegando, veio o Eurico Teixeira e muitos outros que já citei, com uma família bem grande estava tudo seco sem água na estiagem o Capitão Darci fornecia água com o caminhão pipa que trazia do Rio Parado ia aparecendo as doenças em casa tivemos uma menina doente que precisou de internamento, os médicos e o dentistas do 9º BEC ajudaram muito.
Raimundo continuou com a abertura da estrada, sendo que o Finado louro ajudou dali da serra do Posto fiscal até o Rio do Meio, e aí cada família que chegava vinha até o final da estrada, cada vez mais para frente. No Rio do Meio ficou um acampamento que parecia uma favela, ranchos improvisados. Eu por ser o primeiro que cheguei era interrogado pelos compradores de terra Certo dia chegou uma Kombi e encalhou perto da minha casa, eu fui puxar com o jipe, e foi interrogado pelos compradores de todo tipo, muitos curiosos, queriam saber de tudo, um perguntou e os outros escutando com muita atenção. - o senhor está contente Seu Sérgio? - Não. Estou muito aborrecido. Estou em terras alheias, está muito difícil, não sei como fazer! Então foi criado um tumulto com o corretor ali, um deles virou para o corretor e disse: – como é que fala que é do Raimundo? Vira a Kombi seu cachorro! Foi um transtorno muito grande. Para o mim era um desabafo, mas para o Raimundo foi uma crítica destrutiva, ele entendeu assim e começou a me perseguir.
Recebi outro lote mais na frente perdi também, veio o terceiro lote no Jacaré e ali foi definitivo.
Um ano e sete meses em Santa Helena acabou tudo, ac abou o dinheiro, então resolveu vender pinga, foi quando apareceu o Zé Eduardo dono da Gleba de Santa Helena me pagou dez mil cruzeiros e pediu para desocupar a área, trouxe a mudança para o lote certo no Jacaré que já tinha roça plantei 22 mil pés de café, onde era mostrado para todos os compradores que vinham do Paraná e ali cultivei também milho arroz e feijão.
AMARILDO ALFAIATE
Amarildo conta que chegou com o seu pai, Sebastião Galante, procedentes de Encantado do Oeste, distrito do Município de Assis Chateaubriand PR, em 03/02/1975, e mais dois irmãos, sendo: Adenilson e Elizabeth. Vieram plantar café pois já cultivavam no Paraná onde Sebastião teve notícias sobre a Gleba Cafezal por meio do amigo testemunha de casamento da esposa, que era corretor de terras e trocou sem conhecer, uma chácara em Colíder pelo seu imóvel residencial no Paraná. Chegaram às 22h com muita chuva. Amarildo conta que era muito bom, naquela época tinha muita floresta, córregos para tomar banho, cascalho para caçar passarinhos com estilingue. O povoado estava começando, não tinha quase nada, os vizinhos compartilhavam o que tinham, Gerson Ribeiro de um lado, Waldir Maniezzo (pai do Paulinho da Eletrolíder) do outro lado, mineiro do cinema do outro lado. O povo tinha boa relação, todos se ajudavam”. Em maio daquele ano foi inaugurado a cidade, e aos poucos iam se instalando o comercio: “ a Casa Machado era um barraco, igreja católica bem pequena, farmácia, Escola Louremberg, lojinhas, Igreja Congregação Cristã no Brasil bem pequena, Assembleia de Deus a mesma coisa, o trabalho era na lavoura, o pai ganhava um dinheiro extra com a motosserra uma das poucas que tinha na época, e assim ia cuidando da Roça. Fazia engenho e fabricava o açúcar mascavo. O melado guardava-se na lata de 18 litros e assim ia decantando, separara aquela glicose e peneirava o melado cristalizado separando o açúcar, para uso próprio e comercializar. Luz era de lamparina a querosene ou a óleo diesel, quem tinha um Lampião a gás era senhor fulano”. Sebastião ia para o canavial todas as tardes para cortar cana e os filhos levava para o pé do Engenho. “Levantava às 4h da manhã, moía a cana até meio balde, fazia uma parada para tomar a garapa geladinha, da cana que teria amanhecido no sereno. Continuava até às 9h quando a rapadura já estava na forma. Almoçava enquanto a rapadura esfriava, desenformava e ia para roça com os filhos. ” O Amarildo ia de bicicleta para o povoado de Colíder vender rapadura para o sustento da família. Sebastião tinha vontade de ter um macaco em casa, “a único meio de ter um macaco foi matar a fêmea que estava com o filhote nas costas, confiscar o macaquinho da mãe morta e levar para casa, porém o animal não costumou e chorava muito”. Então Sebastião pediu para o filho Amarildo vender o filhote, “botei o animal numa caixa e fui oferecer para o Sabino da loja Nossa Senhora Aparecida que era meu cliente de rapadura, eu disse boa tarde Seu Sabino! Tenho um macaco para te vender! Quero 20 cruzeiros, ele respondeu: eu fico, pode desamarrar a caixa! Com a caixa é 21 cruzeiros. Pago, comprou, domesticou e o animal cresceu e se transformou macaco bonito”. No início da década dos anos 80 “surgiu o garimpo do Peixoto de Azevedo, aí vendia banana e galinha e tudo foi muito bom”. Amarildo lembra com emoção“ único ponto negativo era a falta de conforto, só existia farmácias, não tinha médico especialistas, meu pai teve que ir para São Paulo por duas vezes, para fazer tratamento de saúde e em 1984 ele faleceu.
A PRESENÇA DO INCRA
A unidade fundiária do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária - INRCRA foi instalado inicialmente em Terra Nova no dia 14-06-80 por força da portaria 30 de 24 01 80 posteriormente dada a necessidade e a urgência foi instalada na sede do município (Colíder) em 06/02/1981 subordinado à Cuiabá e os trabalhos arrolados inicialmente foram desenvolvidos nas Glebas: Paraná, Carapá, Nova Canaã e Teles Pires além das glebas desapropriadas, como: Cafezal (cidade de Colíder) e Novo México. Até o final do ano de 1985 os trabalhos de regularização ultrapassaram o número de 12 mil títulos. O quadro de funcionários era de somente 06 servidores, tendo: Leopoldo Pereira dos Santos como chefe e Sergio da Silva Teixeira Agente Administrativo pioneiro na criação da Unidade 01, em principio instalada em Terra Nova, 01 Técnico em Agropecuária, 01 Técnico em Contabilidade, 01 Agente em Telecomunicações e 01 Motorista.
IMPLANTAÇÃO DA CASEMAT
Complexo inaugurado em setembro de 1984 com capacidade para 22 mil toneladas e 40 toneladas de secagem por hora beneficiando 5.257 produtores, construído pela Klepper Webber, e uma balança rodoviária com capacidade de 60 toneladas. O quadro era formado por 15 funcionários: Valdir Lanza gerente, Jorge Francisco dos Anjos Subgerente.
ENSINARAM PARA O ENSINO DO FUTURO
Em razão do grande fluxo migratório a escola Estadual de 1º Grau Louremberg Ribeiro Nunes Rocha foi desmembrada em 1982. Com a criação de uma nova escola a Escola Estadual de 1º e 2º Graus Desembargador Milton Armando Pompeu de Barros e foi diretora a Professora Maria Francisca Lima Thomaz de Aquino (esposa do Médico Hélio Thomaz de Aquino) e tinha duas supervisoras: uma do 1º grau Maria Conceição da Silva Rocha e outra do 2º grau Maria Marlene Araújo Luz (irmã Marlene), a Secretária Sueli de Fátima Cardoso e 26 professores formavam o corpo docente. A escola contava com 07 salas de aulas, 892 alunos, sala de direção, cantina, almoxarifado e quadra poliesportiva. E ainda 0 salas anexas: 02 em Café Norte e 02 em Santa Helena com 5ª e 6ª séries e ainda o magistério modular através do Projeto Logos II com 03 orientadoras, sendo Professoras: Odila, Tereza e Lourdes.
Logo II
TRAMPOLIM PARA A EDUCAÇÃO ONDE OS EDUCADORES FIZERAM UMA BASE
Implantado em 1982 visando a habilitação de professores leigos em nível de 2º grau, foi um projeto muito importante que utilizava a metodologia do ensino à distância através de Material instrucional personalizado, sem que o cursista se ausentasse da sala de aula. Núcleo Pedagógico 19 e tinha como orientadoras as professoras: Odila de Almeida Noite, Tereza Piloneto Mangolin e Lourdes Lourenço Pasini. Os cursistas compareciam obrigatoriamente no núcleo por ocasião dos encontros pedagógicos e ainda poderia comparecerem quantas vezes se achassem necessário. Na época não existia faculdade na região. O projeto LOGS II foi muito importante.
MOBRAL: Colíder teve Mobral eliminando o analfabetismo.
O Movimento Brasileiro de Alfabetização - MOBRAL foi implantado em 1981, chegou a atuar com 30 salas de aulas de alfabetização e 20 para supletivo. Além de cursos de hortas comunitárias. Atendia a sede e os distritos. Nova Canaã, Terra Nova, Peixoto de Azevedo e Guarantã. Supervisionado por Anilvo Pereira Lângaro
APAE
Presidente da Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais- APAE Massao Yaguschi, médico José Humberto Carneiro Fundação SESP, Massamitsu Takano, José Roberto Vinha, Armando Ono, Irmã Sanae, Marli, Professor Leonildo, Professora Maria Celia, Basílio, Professora Neiva, Paula, Sueli, Ademir, Professora Maria Ivone, Engº Evaldo Jorge Leite, Professora Hermenegilda Moraes Correia.
EMATER (ATUAL EMPAER)
A EMPAER atuava em uma área de aproximadamente 11.000 Km² em 155 comunidades rurais, e atendia 20 mil produtores indiretamente 121.500 habitantes rurais. Os principais produtos explorados eram: arroz, milho, café, feijão, mandioca, mamona, algodão, amendoim, pecuária de corte e de leite, criação de aves e suínos. Na Unidade Operativa Local atuam 03 técnicos, 01 auxiliar de escritório, e conseguiam atender 30% das comunidades e a outra parcela conseguia atender ainda, prestando informações do mesmo caráter, todavia sem acompanhamento contínuo em razão de pouco recurso humano e de material disponível. Criando ações de assistências visando estimular o produtor rural, criando mecanismo de apoio do setor principalmente nas questões creditícias. Criando associações, grupo de jovens, excursões, cursos, campanhas, hortas comunitárias e concursos de produtividade a nível estadual.
GUARDA MIRIM
Em fevereiro de 1991 o prefeito Evaldo Jorge Leite e um grupo de pessoas: Nelma Fernandes, Madalena de Barros, Ângela Hidalgo Jorge Leite e outras pessoas tiveram a ideia de criar a Guarda Mirim e assim surgiu a 1ª diretoria. A falta de experiência dificultou muito o trabalho dos voluntários, então tomaram a iniciativa de convidar o advogado Alberto de Abreu ex-militar e ex-presidente da Guarda Mirim de Regente Feijó-SP para participar da diretoria. Abreu aceitou, mas a sua passagem durou pouco tempo em razão de divergências de opiniões. Antes do Abreu não havia um estágio preparatório mental, intelectual e físico, dava-lhe um uniforme e orientava-se a procurar serviço engraxate, serviços gerais, etc. Em 1993 Abreu assumiu a presidência da GM nas gestões: 91/92, 93/94, 95/96, reativou e modificou a atuação e permaneceu por 05 anos e foi o mentor da elaboração do estatuto e Regimento Interno da Corporação, formou o 1º Pelotão composto por 40 adolescentes. Retornou à presidência na gestão 99/00.
Fundada em 10/02/1994 a GM/Colider, Lei Municipal 715/98, e Lei 7.446/01. Dirigida por uma Diretoria com departamentos, membros voluntários, desenvolvendo um Projeto de “FORMAÇÃO CIDADÔ, não filiados a corrente ideológica, política ou religiosa. Fundadores, Sucessores, Colaboradores e Parceiros confiantes no, futuro da entidade e seus assistidos nunca foram intimidados, superando obstáculos.
Utilidade pública declarada de fato e de direito em 2001, Audiência Pública, na gestão do colaborador advogado Dr. Lourival de Oliveira, projeto que deu certo e conduziu a GM ao desenvolvimento. Permanecendo até hoje Parceria, do Executivo e Legislativo Municipal, Tira de Guerra, Corpo de Bombeiros, Secretaria de Assistência Social, Sociedade Civil organizada e Comitê Multi-Institucional da Justiça de Colider (OAB), Ministério Público, Defensoria Pública, Poder Judiciário e Justiça do trabalho. Atendimento, quatro mil crianças e adolescentes de ambos os sexos de 07 a 16 anos, proporcionando-os com o desenvolvimento integral através de ações de extensão escolar e familiar que contribuem com o desempenho físico, moral, espiritual, profissional e intelectual dos alunos, com suas atividades em horário complementar ao da educação regular.
A HISTÓRIA DE NOVA ALVORADA ATUAL MUNICÍPIO DE COMODORO (MT)
Comodoro antigamente habitado pelos índios Nambikwára, ou Nhambiquaras, cujo seus remanescentes permanecem até hoje na região em reservas indígenas que ocupam vasta área do município, e é dividida entre vários povos. As terras do atual Município, foi desbravado pela expedição do Marechal Mariano Candido Rondon, que instalou a linha telegráfica dos Nambikwaras ou Nhambiquaras, em 12 de outubro de 1911.
A colonização na região começou com os incentivos dos governos federal e estadual para a ampliação da fronteira agrícola. Por ser ponto limítrofe entre os Estados de Mato Grosso e Rondônia, foi se formando um núcleo de povoamento que, inicialmente, denominou-se Nova Alvorada, tornando-se distrito a 06 de junho de 1977. A colonização de Nova Alvorada foi idealizada por Raimundo Costa Filho, (Hoje Município de Comodoro). O resultado do empreendimento foi tão intenso que a oferta de terras tornou-se menor que a procura obrigando a imobiliária agilizar novas áreas para suprir a demanda.
SINOP
Um projeto que vinha do Núcleo de Colonização Celeste, de Jorge Martins Phillip, com área inicial de 198 mil hectares de terras destinadas à colonização. E em 1971, Ênio Pipino, que representava a Sociedade Imobiliária Noroeste do Paraná - SINOP, adquiriu as terras de Phillip. Ênio trazia consigo a experiência da formação de 18 cidades no Paraná e montou uma estrutura mista de colonização: atividade agropecuária e indústria de transformação. A estrutura agropecuária constava de secções: Vera, Sinop (Gleba Celeste), Santa Carmem e Cláudia. Cada uma delas teria um centro populacional. Em volta do centro, a curta distância, chácaras. Mais ao longe, lotes rurais. A estrutura industrial teria a sede em Sinop. Quatrocentos homens, tendo à frente o topógrafo Benedito Spadoni e o gerente geral da empresa, Ulrich Grabert, abriram a picada para chegar ao lugar de destino. Sinop foi fundada a 14 de setembro de 1974. Quatro meses depois de Colíder. O nome adotado foi o da sigla da firma: SINOP - Sociedade Imobiliária Noroeste do Paraná. O maior contingente de migrantes ocorreu em 1975. Ênio Pipino enveredou para a produção de álcool, a partir da mandioca, importando técnica de uma Universidade da Suécia. Tornou-se uma novidade na América Latina. No entanto, a cultura da mandioca não rendeu o esperado devido à grande quantidade de água no solo arenoso e nivelado. Por isto a usina de álcool não prosperou. O distrito de Sinop foi criado em 1976, e o município em 17 de dezembro de 1979, através da Lei Estadual nº 4,156. O colonizador Ênio Pipino tinha por hábito dar nomes femininos às suas colonizações em Mato Grosso. A única exceção foi Sinop.
HISTÓRIAS QUE O POVO CONTAM:
*João Batista da Rocha e Juventina Silva Rocha, procedentes de São Pedro do Ivaí PR, chegaram em 12/10/1973 com seus sete filhos: Dolores, David, Moisés, Daniel, Isaías, Itamar e a caçula Márcia com dois anos. A mudança foi descarregada na Fazenda Matusalém, na margem do Rio do Meio onde era um aglomerado dos compradores de terras acampados, ali morou por oito meses e plantou arroz na fazenda do Louro. Chovia muito na época posteriormente mudou para seu lote na comunidade Jerusalém onde nasceu a caçula Miriam. Montou uma mini máquina de arroz e beneficiou já na primeira safra por isso foi apelidado de João da Máquina. Ajudou construir a escola da comunidade com madeira rústica e formou lavoura de café. David conhecido por Didi conta que um caminhão de serviços móvel do 9º BEC assistia o povo com médico, dentista e medicamentos, que depois da inauguração da cidade, comprou pilhas novas para sua lanterna no comercio do Cabelo de Fogo e serviram para usar na estrada de volta para casa para reparar o caminhão do Louro que carregado de madeiras e compras caiu em um buraco e quebrou. Didi lembra que o Colonizador Raimundo Costa Filho deu uma volta na sua bicicleta, atitude que lhe proporcionou grande contentamento.
*O pioneiro Pedro Luna conta que fugiu do internato (colégio dos padres) de Castro PR., e voltou para a casa dos pais em Ribeirão do Pinhal. Seu pai Izídio Luna trabalhava com a família do Tenente Coronel do Exército Luiz Floriano Meneghel (pai da Xuxa), donos de uma usina de açúcar e álcool e patrono da Faculdade de Agronomia de Santa Mariana. Na sua juventude era bem relacionado com Mário Zan e José Bétio, chegou a tocar com a sanfona deles, mas a saudade de casa e o trabalho intenso no colégio levou o adolescente a engenhar ideais contrarias ao sonho de sua mãe Lourdes de Oliveira Luna, de vê-lo formado a padre. Luna pegou a linha de ferro e saiu a pé cortando voltas e fugindo de olhares curiosos, assim chegou em casa em Ribeirão do Pinhal e
e de lá, posteriormente, seguiram para o Norte de Mato Grosso. A princípio viriam para Gleba Guaporé em Alvorada, entretanto o destino os empurraram para Colíder. Já na Gleba Cafezal a lavoura cafeeira da família servira de referência para os compradores de terra, daquela época.
O QUE É DO HOMEM O BICHO NÃO COME!
*Na Gleba Cafezal os “Luna” ficaram amigos do fazendeiro ex-prefeito de Paranavaí, Benedito Pinto Dias, pois o sítio dos “Luna” era vizinho da Fazenda Rio Parado. Com a experiência que tinha desde 1960, quando foi eleito vereador, presidente da Câmara de Paranavaí, Prefeito por dois e deputado estadual por três mandatos, Pinto Dias, chegou a mobilizar um grupo com o intuito de ser o primeiro Prefeito de Colíder, todavia, apoiado por líderes mato-grossense e com a força popular João Guedes veio a ser o primeiro prefeito antecedido por Antônio Agostini Barbeiro nomeado para administrar o recém instalado município até à eleição de 1982.
CARNE PARA O JANTAR...
*Muito saudoso, Pedro Luna lembra que matou, a tiro, um Tamanduá, achando que teria a mistura da janta (carne para o jantar), mas que serviu de muita caçoada. Ele conta que correu com medo do churriar da coruja ao escurecer na mata, quando a ave emitia um uuh uuh que o levou a imaginar que seria o rugido da onça e correu muito de volta para casa.
*Urandi Silva Lima (Garrincha) conta que seu pai Sebastião Louro de Lima foi o primeiro criador de porcos e os primeiros animais trouxe de Paraguaçu Paulista - SP., construiu a primeira casa de madeira serrada e o primeiro curral na Gleba Cafezal. A madeira veio de Rosário Oeste próximo à Cuiabá.
*Que Valdevino Marcelino Araújo (Baratão) possuía um cão adestrado, que buscava pães na padaria e carne no açougue. O comerciante fazia o pacote com ele amarrado no pescoço ou preso da boca o cachorro voltava para casa do seu dono.
*Que o 1º carpinteiro de Colíder Amado Fernandes e sua esposa Iracema Serencovick Fernandes, procedente de Presidente Bernardes-SP, chegou a Colíder em 02/11/1973, o filho mais velho Vilme Fernandes tinha 04 anos de idade. Antes de vir para Colíder ficaram por 30 dias em Cuiabá.
*Jose Bezerra de Oliveira (Zequinha), nascido aos 17/08/1930, São Gonçalo do Amarante – CE. Mais velho dos 17 filhos de Jose Saturnino de Oliveira e Maria de Jesus Oliveira. Casou-se em 1952, em 1958 mudou-se para Andradina - SP, em 1966 foi para Iporã PR, em 09/08/1966, recebeu o Batismo na Congregação Cristã no Brasil, estudou o BONA, foi musico 07 anos. Em 09/06/74, veio para a Gleba Cafezal, morou três anos em um sitio na Estrada Emaús, em 77 foi para a cidade, com um grupo de evangélicos implantou o 1º templo da Congregação em Colíder.
Permaneceu fiel e guardou a palavra. Foi ordenado Ancião em 19/06/1979, tendo a partir de então dedicado toda sua vida à evangelização até os dias atuais. Formou-se uma descendência de 22 netos e 35 bisnetos. No início Colíder era a regional, ele atuava em Alta Floresta, Sinop e Juara. Sua pregação sempre foi inspirada por Deus, por ocasião de uma pregação ele falava: “O homem pode ser bravo como fera, mas o Senhor transforma-lhe numa ovelha”, naquele momento converteu e levou a decisão de descer as águas para ser batizado, um pistoleiro profissional que atuava a 14 anos no ramo criminoso. Quando saiu do tanque batismal apresentou um revolver e uma significada quantidade de munição perguntando o que fazia coma quilo ele respondeu o Senhor te orientará. O homem desmontou a arma e jogou no rio juntamente com as munições.
*Que, certa noite no início de Colider o Neno do cinema reuniu uma galera e estavam na rua conversando por volta das 20:00h quando perceberam um avião sobrevoando a cidade imediatamente correu no estúdio ligou os alto-falantes e convocou os proprietários de carros para iluminar a pista de pouso facilitando para o avião pousar.
*O Mineiro do Cinema era um dos poucos que tinha motor gerador de luz e fornecia luz para a Casa Machado. Toda noite o Irineu Martins comunicava com Alvares Machado -SP, para fazer pedidos de mercadorias via rádio amador, muitas vezes reclamava que o som do cinema atrapalhava a comunicação. O Neno fez as primeiras instalações elétricas da Casa Machado.
*Que, certo dia os alto falantes foram ligados para localizar duas crianças que se perderam na cidade, anunciando foi fácil a localização?
*O Delegado de Ensino Professor Osvaldo Sobrinho quando vinha de Cuiabá para fazer reuniões ficava na rua até altas horas e muitas vezes participou de serenata com os jovens.
*Que, Áureo Sampaio trouxe Ricardo Krause e a colonizadora doou uma quadra para a instalação da serraria com o compromisso de serrar madeira para a colonizadora e moradores que iam chegando, mas o acordo foi quebrado e ele acabou perdendo a metade da quadra.
*Que o modelo da Bandeira Municipal de Colíder apresentado pela aluna Ivete Emi Furiama, do Magistério foi vencedor do concurso do Grêmio Estudantil da Escola Milton Pompeu de Barros.
*Que, Antônio Thomaz de Aquino também veio com Áureo Sampaio numa Kombi de Borrazópolis até Londrina onde pegou o caminhão para a Gleba Cafezal e foi o 1º operador de patrol nas aberturas das ruas da cidade. Antônio tratorista ajudou produzir Colíder, ninguém pode negar o reconhecimento e capacidade profissional daquele pioneiro que juntamente com outros executou a sua função, inestimáveis serviços prestados a nossa Colíder. Aquino sempre contou com o apoio primordial de dona Sebastiana Tomás de Aquino.
* Aníbal de Souza procedente de Terra Roxa PR, contou que seus pais João de Souza Filho e Maria Madalena de Jesus chegaram em 1974 em Colíder havia apenas 03 casas construídas e acampou na fazenda do Louro de quem comprou 90 alqueires de terra na estrada da Cachoeira, Comunidade Santo Antônio e fez vizinhança com os mineiros da família de Jorgino Pereira. Era tudo mata virgem sem estradas e sem recursos.
*Que o casal de gaúchos Alberto Kuffel in memoriam e Isabel Kuffel com a filha Ivalina Kuffel, chegaram em julho de 1974 e junto com eles vieram Mário Ghioto in memoriam e a esposa Eli Ghioto e o filho Carlos Ghioto procedentes de Medianeira-PR.
*Que, Marcílio de Castro Lobo e dona Geralda chegaram em 1975, comprou uma chácara próximo a recém fundada Colíder, chácara que originou o Bairro Jardim Europa. o filho mais velho do casal, Manoel de Castro Lobo foi morar no Treze onde foi localizado o lote que a família comprou da Firma Colíder?
*Jose Gama (Zé Poceiro) chegou em 30/07/1975 e morou por dois anos na cidade, depois mudou-se para a comunidade Ponte Nova e plantou 8 mil covas de café.
*Que no dia 04/01/1976 chegou um caminhão com as mudanças de João Aprígio Lourenço (João Camilo), seu genro José de Assis (Zéze) e Juarez Vitor da Silva, com respectivos familiares e acamparam na Alameda Principal (Av. Tancredo Neves), onde atualmente localiza-se a Floricultura Recanto Verde. João Camilo havia –comprado da colonizadora, 100 alqueires de terras na localidade que seria a Comunidade Monte Carmelo, mas a colonizadora acabou vendendo o lote para outros e não tendo terras para entregar, foi assentar Camilo na estrada Pinhal onde recebeu apenas 50 alqueires, onde nem estrada existia para chegar até a localidade. Chovia muito na época formavam lodo nas ruas e estradas, na cidade havia poucas casas comerciais. A Cezarina Lourenço de Assis, filha do João Camilo e esposa do Zezé, foi substituir o Professor Osvaldo Súniga (Sanção), pois um aluno havia ameaçado o professor com uma faca, e ele não quis continuar. O Juarez Vitor da Silva foi o primeiro dono do lote onde posteriormente foi instalado o Hospital Santo Antônio (do Takano), Zezé veio tentar a sorte, acompanhando o sogro com esposa e um casal de filhos de 1 e 2 anos e trouxe uma Trilhadeira Línder que puxava com um jipe para atender os produtores de cereais na colheita.
*Elvira Mengue de Oliveira, paulista de Itaporanga com 15 anos mudou-se para São Miguel do Iguaçu PR, de onde veio em 1977 juntamente com seu marido o mineiro de Capitólio Joaquim Soares Figueiredo in memoriam. Dona Elvira conta que mandou os filhos com na idade escolar com o pai, no mês de fevereiro, na primeira etapa da mudança para morar na Chácara que compraram do Rosalvo Leiteiro, no final na Av. do Colonizador onde ficou a familia, já que a fazenda de 400 alqueires adquirida pela famila na Gleba Nova Canaã, distava cerca de 70 kilometros de Colíder. No dia 10/07/1977 ela chegou na segunda mudança com outra parte da famila. Ao todos eram 09 filhos e o casal, dentre eles o Nilson in memoriam (conhecido por Jurubeba motorista da Satélite) e o Milton (Nilton) Soares de Figueiredo da Sorveteria Pinguim, as meninas que, três delas se tornaram professoras: Nelci, Nadir e Neila. Joaquim tinha um caminhão que na época transportava muita gente da gleba que vinham para a cidade fazer suas compras. Posteriormente mudaram-se para a fazenda e formaram comunidades e uma das filhas foi a professora da Escola Castro Alves, atual municipio de Nova Canaã, Distrito desmembrado de Colíder. Dona Elvira ficou viúva muito nova, tendo que assumir a responsabilidade de chefa de familia, ser mãe e pai ao mesmo tempo, porém com a perseverança e fé lutou e venceu. Conta com muita satisfação.
*Que, Antônio Furtado de Souza (Nico) natural de Porto Novo do Cunha (Arraial Novo) morou nos municípios de Primeiro de Maio, posteriormente mudou-se para Borrazópolis, ambas no Paraná de onde veio. A princípio Nico visitou a Gleba Cafezal por 04 viagens além de outra viagem a Cuiabá no INCRA onde solicitou um Título de Ocupação o que te garantiu a posse da terra e chegou de mudança em 21 07 1976 com a esposa e 12 filhos, comprou 150 alqueires de terra, mas recebeu um lote de 127 alqueires depois de muita discussão. Trouxe um caminhão Chevrolet 1963, adquiriu um F-600 e mais dois Chevrolet 1977, formaram 30 mil pés de café. Trabalho no frete por muitos anos durante o ciclo da produção agrícola, quando acabou a produção foi trabalhar para a prefeitura na coleta de folhas e entulhos, e por último na coleta de lixo?
*Que, Josias do Bar, comprou do Messias 1 kg de carne de gado, chegou em casa o irmão tinha matado um veado e estava com uma bacia cheia de carne.
*Que, Messias e Zezinho cunhado do Lázaro do Bar abatiam gado e vendia no varejo?
*Que, o jagunço mataria outro jagunço o qual seria o primeiro a ser sepultado e quando foi manobra a carabina atirou no próprio pé e o outro fugiu correndo.
*Eldir de Oliveira dos Santos conta que seu pai Clemente José de Oliveira chegou em novembro de 1978, acampou 04 dias na margem do Córrego Jaracatiá porque a estrada faltava 500 metros para chegar em Cafénorte onde acampou por 03 meses até construir uma casa de pau-a-pique (tabuinha e pranchas de Marupá) no lote que havia comprado
*Que a policia da capital chegou de avião, sobrevoava a cidade e o delegado Joaquim Florentino juntamente com a população foram para a pista de pouso receber os visitantes e o delegado ao apresentar-se para as autoridades foi desarmado e algemado na presença da população, pois estava envolvido no caso Louro de Lima.
*Que o Professor Ezequiel Franquini elegeu-se vereador no primeiro pleito de Colíder e não assumiu o mandato ressentido por que seu pai candidato Franquini que concorreu a eleição para Prefeito com outros 05 concorrentes, não se elegeu?
*Que o povo chamava a cidade de Colidinha de Jesus? “de dia faltava água e à noite faltava luz!” Pois a rede de abastecimento não supria a demanda e os motores da CEMAT desligavam as 22:00h, sem contar que ocorria Breackout durante o dia. Morreu um eletricista para dar a LUZ a todos. Às pressas para terminar e deixar tudo pronto, na noite da véspera da inauguração da Subestação. Você sabia.
*Que Osvaldo Sansão Súniga da (Loja Alô Paraná), chegou em junho de 1976 procedentes de Porto Rico PR, casado com Elza Ferreira e são pais das primeiras colidenses formadas a nível superior, sendo: Adriana Míriam em Farmácia e Andreia Marta em Direito.
*Contam que Altamiro José, conhecido por Mociço, chegou em 18/08/1985 Icaraíma PR. Altamiro levou uma televisão no conserto e perguntou ao técnico se o aparelho teria conserto e se ficaria maciço, após a conclusão do serviço o técnico exclamou “ficou maciço!” E, assim ficou apelidado.
VOCÊ SABIA?
*Que em 1955 Antônio Ricardo da Silva foi integrante de uma caravana de homens que chegaram à Fazenda Tratex às margens do Rio Teles Pires com a missão de construir no meio da floresta uma pista de pouso (aeródromo) a foice, machado e enxadão que serviria de base de acesso para os proprietários, barrados pela FUNAI, retornaram às suas origens, e em 1976 veio definitivo para a já implantada Colíder, onde radicou sua família.
*Que, Thermozina Siqueira Lopes da Costa – Dona China foi a primeira e única mulher, até essa data, a comandar a prefeitura de Chapada dos Guimarães, nossa cidade sede? Dona China foi prefeita do município no período de 1970 a 1973 quando este figurava nas estatísticas como o maior município do mundo em extensão territorial, tanto que avançava até a divisa com o Pará, e foi vereadora por dois mandatos. Você sabia?
*Que o Hospital e Maternidade Santa Inês do Dr. Ono, era Santa Rita de Cássia da Drª Angélica Ana Castro da Silva Godinho e Lucilena Tozzi Silva, tendo como diretor clínico Sebastião Eustáqui da Silva Godinho?
*Que onde é a Cometa Motocenter era o Mercado Santa Maria?
*Você sabia que o corpo do Frei João Jorge, falecido em 10/12/1990, vítima de acidente, está sepultado na Igreja Matriz de Colíder?
*Que José Maria Peres - Zé Baixinho - (soldado 444), morador de Colíder, participou diretamente do desbravamento de Colíder quando serviu o tempo no 9º BEC e trabalhou na terraplanagem da Rodovia Cuiabá/Santarém BR-163, no trecho entre a Fazenda São João até no Rio Peixoto de Azevedo e deu baixa em 11/11/1972. Que Zé Baixinho é piloto de avião e mora em Colíder, Sabia?
*Que, em Colíder, o padre Geraldo recebeu guarida na casa do Senhor Eurico Teixeira da Fonseca, de onde partia de manhã para visitar as famílias e retornava a noite para descansar?
*Que, a Comunidade Betânia era considerada sede Pastoral?
*ABEL XAVIER GARCIA chegou com esposa e 08 filhos, sendo: 04 homens e 04 mulheres em 23 de junho de 1973 procedentes de Carlópolis - PR, com o sonho de implantar a cafeicultura, por consequências climáticas, após 05 anos existiu e migrou para pecuária. A princípio veio com o filho Nivaldo e um sobrinho para abrir o lote e foi a terceiro a inicia abertura do lote na Gleba Cafezal. A mudança foi descarregada oito meses depois, na BR-163 onde permaneceu 03 meses e depois seguiu para a Comunidade Caná da Galileia. Ainda era município de Chapada dos Guimarães, a estrada estava parada no Rio do Meio, passou cerca de 10 meses para chegar na localidade a ser implantada a então futura cidade de Colíder. Abel substitui o nome da Rua Anápolis, seus filhos foram: professores, vereador, comerciantes, enfim, sua esposa Maria Sanches Garcia vendia confecções na comunidade Caná da Galileia.
*Que o 1º fotógrafo de Colíder Benício Alves Martins procedente de Icaraíma PR., veio em 1974 retornou ao Paraná e chegou definitivamente recém-casado em 1975 e instalou seu Studio Fotográfico denominado de Foto Central na Avenida Presidente Dutra?
*Que a 1ª morte no parto, ocorrida em Colíder foi com Leonora Ivo Vicente de Araújo ao dar à luz à 2ª criança do sexo feminino nascida na Gleba Cafezal Maria Izabel de Araújo Rocha, e a menina foi adotada pelo casal Severino e Raimunda do Nascimento?
*Que, o Primeiro vestido de noiva foi de Domingas filha do Raimundo que casou com o Osvaldo de Oliveira (Vardinho)?
*Que Dona Maria Antônia de Sousa separada mãe e pai ao mesmo tempo, chegou em Junho de 1974 com seus 06 filhos. O mais velho com o pseudônimo de Catingão, muito popular, Guaracy (Guará), Ex-Deputado e Ex-Prefeito Jaime Marques Gonçalves e outros. Grávida do filho caçula Klebil Marques que nasceu em Colíder no dia 23/01/1975. Maria Antônia assistiu muitos partos, cuidou e lavou roupas de muitos pobres doentes, criou os filhos e atualmente tem seu nome perpetuado no Bairro Maria Antônia. Sabia?
*Que José Ramos (Zé Ramos), trouxe de Guaíra-PR, em 1972 os filhos: Célio, Cleusa, Neide, Cleide, Maria Helena e Edna. Também vieram seus parentes: Aparecido Borges Pinto, casado com Maria Madalena. Ao todo eram 06 famílias. Ficam em Vera na Gleba Celeste onde compraram 50 alqueires de terras por três anos e de lá seguiram para Colíder em 1975. Aqui instalou um Venda que chamamos hoje de mercadinho.
*Que, a 1ª loja de Maria Garcia (tia Maria) foi instalada na comunidade?
*Que Jose Alves Aranha conta que quando chegou abriu um armazém (mercadinho) na Avenida do Colonizador, em frente aço escritório da Colíder, fazia frete com um caminhão Chevrolet que trouxe de Umuarama, posteriormente vendeu o comercio e foi para o garimpo. Zé Aranha foi um dos primeiros transportadores de carga viva (gaioleiro). Como garimpeiro enfrentou muita dificuldade chegou a sofrer mais de 30 malárias. Conta que presenciou muitos fatos indesejáveis, sofreu, lutou, venceu e é muito grato a isso.
*Pedro Minerval dos Santos veio de São Jorge do Patrocínio PR, no final da década de 70, trazer um carro para um parente em Colíder, quando retornava, já com a passagem de voltar, passou no Armazém (Comercial Santo Antônio) do Antônio Cardoso (Antônio Português) que por aqui já estava estabelecido e precisando de um motorista de caminhão perguntou quanto custava a passagem, pagou o bilhete e entregou-lhe a chave do caminhão dizendo vais trabalhar!
*Que Em 1978 chegou Simão Martins de Oliveira na Estrada Paraná e ali liderou comunidade religiosa e esportiva e influenciado por ele veio seu sobrinho Getúlio Martins de oliveira (pai da Comandante da Genislei e da Professora/Vereadora Edna Martins.
*Edina Martins de Oliveira chegou em 1979 na Comunidade Altônia ainda criança, estudou até os 10 anos de idade e mudou-se para a região do Trevo Ouro Verde. Passou por muitas dificuldades, lutas e sacrifícios. Continuou estudando e reciclando, cursou o Projeto Logos II (estudo modular equivalente ao Magistério), deu aulas na escolinha de pau a pique na Comunidade São Domingos, voltou para Comunidade Altônia em 1991 morar com o tio Simão e dar aulas na Comunidade São Mateus, morou no Zé Reis, posteriormente foi para a cidade onde estudou matemática na UNEMAT, foi representante dos trabalhadores no Conselho Nacional das Cidades por dois mandatos, presidente do SINTEP e elegeu vereadora em 2016.
*Que Francisco Vicente da Silva (pai do Mário da Gráfica-Professor Mário) veio de Mandaguaçu PR, para Sinop no início dos anos 70, em 1979 seguiu para Colíder onde foi abrir uma chácara para o Júlio Furiama (pai da Professora Ivete Emi Furiama).
*Que A Escultura da Santa Ceia do Senhor, obra de Mário da Silva, Anísio Matias, Antônio Rodrigues e Nelson da Silva, em mogno, a maior da América Latina, medindo 11.50 x 3.65 metros, encontra-se fixada na parede, fundo com o altar na Igreja Matriz?
*Que o Country Club chamava Clube dos Vinte?
*Que Luiz Ferreira da Silva (Luiz da Emaús ou Luiz da Água), chegou em 23/07/1977 procedente de Ubiratã- PR. trabalhou muito anos como leitor de hidrômetros na CAB e conhece todos os domicílios da cidade?
*Que Girgefredo Américo de Oliveira procedente do Paraná, chegou em 1976 e abriu a Loja Tupy seu filho Carlos Roberto da Silva Terra foi um dos gerentes da CASEMAT - Armazéns Gerais.
*Que Décio Fogliato chegou em 02/01/1979 com a família e foi acolhido pelo casal Albaniza e Edson Siqueira? Que foi idealizador do movimento em prol a divisão do Estado de Mato Grosso?
* Que Benedito Fernandes Pereira e seus irmãos Adão (Caça e Pesca) e Archimedes (Didi) chegaram em 10/03/1979 procedentes de Icaraíma-Pr e aqui estabeleceu uma casa comercial denominada de Casa Icaraíma?
* Que Henrique Carbo Gutierrez chegou em 12-04-1979?
* Sabia que Benedito Domingos chegou em 28 de agosto de 1979 procedente de Maria Helena-PR, trouxe esposa e 12 filhos. Acamparam na margem do Rio Carapá, e sua filha Nadirce foi professora na Comunidade Santos Reis? Posteriormente Nadirce assumiu aulas nas comunidades: Água da Prata e Colíder. Em 1981 a família fixou residência na Comunidade Água da Prata e formou lavoura café. Também foram professoras: Margarida, Dirce e Terezinha Domingos.
*Que José Luiz Cabral chegou em 07/09/1979, procedente de Vera Cruz do Oeste (então Distrito de Céu Azul) PR.
*Que o Rotary Club de Colíder foi constituído em 06/03/1987 e
foi Orlando Carlos Vieira o 1º Presidente?
*Que Ceslau Stobienia Chrostowski foi o 1º Presidente do Lions Clube de Colíder, que dois dos sócios fundadores permanecem no Lions até a data de hoje, sendo eles: Geralgo Fhur e Sergio Fogliato?
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*Que Antônio Agostini Barbiero chegou a Colíder no ano de 1975 e o município foi instalado em 1981, uma luta que teve início desde a implantação do povoado de Cafelândia/Colíder, foi indicado pelo governo de Mato Grosso para administrar Colíder. Para construir o prédio da Prefeitura foi necessário usar de crédito pessoal e aos poucos foi ampliando.
Que, Izaias dos Santos conta que a mudança de seu pai Jair Maciel de Oliveira, veio de São Jorge do Patrocínio PR, em março de 1978 época do ano em que as chuvas caiam em maior precipitação, e gastaram 32 dias de Mercedes trucado para chegar em Colíder. Aqui seu pai era conhecido como o Jair do Bar, foi Presidente do ECCO (Esporte Clube Colina). O caminhão do Ricardo da Serraria era o meio de transportes dos jogadores?
*Que Clementino Pereira da Silva chegou em 20/04/1978 e foi o melhor produtor de café vencedor do concurso do Estado de Melhor Produtor em 1983/84 contemplado com medalha de ouro?
*Que, um incêndio em uma casa vitimou 02 crianças em 1979 em Nova Canaã?
*Que Antônio de Aquino Alves chegou de Nova Cantú-PR. em 12/06/79, morou seis meses na Comunidade Santo Antônio e posteriormente mudou-se para a Gleba Morrinhos por lá ele matou uma Jacutinga e a pendurou na entrada da picada fato que denominou a Estrada Jacutinga, acampou no córrego onde deparou com uma revoada de aves e denominou o lugar como Água da Arara. O seu filho Adão de Aquino Alves foi trabalhar de maloteiro de banco para ganhar o pão-de-cada dia e permaneceu por 12 anos, posteriormente abriu seu próprio negócio Padaria Pão Nosso.
*Que o Balica da farmácia era alcoólatra e, dizia ironicamente que não passava álcool nas aplicações para não chupar no lugar.
*Que na noite de 7 de setembro de 1980 reuniram a cúpula da colonizadora, delegado e policiais para uma comemoração macabra e os exaltados gritavam: Era Louro, agora é periquito depenado! Quem passava na rua não entendia naquele momento o motivo da horrenda euforia e o porquê do nefasto evento.
*Que, o 1º morador da Estrada Silveira batizou- a deste nome em homenagem ao Distrito de Silveirópolis (Assis Châteaubriant-PR) de onde veio?
*Que, Antônio Garcia o Toninho da Novo Horizonte foi um dos melhores jogadores no início de Colíder e tinha o apelido de Sarará?
*Que, o homem que inicialmente como o primeiro vereador representando o distrito de Umuarama na Câmara Municipal de Cruzeiro do Oeste.Com a emancipação política de Umuarama, elevada à categoria de município em novembro de 1960, Henio se elege como primeiro prefeito de Umuarama. E também foi o primeiro representante de Umuarama na Câmara Federal, que oficialmente deu inicio a história política, no dia 15 de novembro de 1960 com a sua eleição a prefeito Hênio Romagnolli, foi assassinado dentro de um Ônibus da Expresso Maringá na BR 163 entre Itaúba e Colíder. Que, Romagnolli retornava de Cuiabá para Colíder depois de haver ganhado um questão de terras no Fórum da capital, o Toninho da Comercial Brasil (Toninho da Congregação) contratou dois matadores de aluguel que executaram o Ex- prefeito com um tiro no ouvido e matou também seu companheiro de poltrona o João Chicada. Sabia?
*Sabia que João Crispim de Oliveira, conhecido por João Chicada um pioneiro procedente de Terra Rocha - PR, em 04,06/1975, tocava uma sorveteria onde situa-se atualmente a Loja Rei do Pano e fazia frete com uma camionete?
*Que Chegaram a Colíder em 04 de fevereiro de 1983 a convite do Bispo Dom Henrique as irmãs: Marlene Maria de Araújo Luz, (atuou como supervisora educacional), Maria Benedita Martins (atuou como professora), e Sanae Magoya (atuou como enfermeira no posto de saúde). As três eram pertencentes à Congregação da Imaculada Conceição e além dos mencionados trabalhos e dos religiosos, pregando o apostolado cristão participavam de atividades comunitárias?
*Que, Colíder já teve Plebiscito do SIM ou NÂO, consultando o povo na época do desmembramento de Chapada dos Guimarães ao qual Colíder pertencia, e foi unânime a votação do SIM?
Sardinha e Morô na Janga (Olivio)
*Que o Comissário de Menores “Sardinha”, também conhecido por Juiz de Menor era temido pelos menores e adolescentes nos anos 80 e início de 90 em Colíder? Que o Conceituado José Rodrigues Caldeira (Sardinha) veio de Colorado PR. 1979 e foi uma pessoa bem relacionada e importante figura de nossa história?
*Que Anilino Ribeiro Ferraz (Nilo) veio em 1976, mas fixou residência em 1980 no Leo Baiano (Trevo da Amizade), onde montou uma máquina de Benefício de arroz.
*Que, as mulheres que chegavam à Colíder no início da colonização reuniam no Córrego Jaracatiá para lavar roupas?
* Principais Glebas: Cafezal, Nova Canaã, Planalto, Cambará, Morrinhos, Paraná, Teles Pires, Carapá, Novo México, Acará?
*Manoel Antônio Afonso (Mané Português) sogro do Vaguinho, foi o primeiro Presidente da SSVP (Vicentinos). Em 24/07/1983 realizou-se a primeira reunião de Conferência Vicentina e em 1985 iniciou-se a construção da Casa dos Peregrino, em 1987 transformou-se em instituição de permanência do idoso?
*Que Alécio Carrara antes de morrer deixou num testamento uma doação de aproximadamente 200 mil para os Vicentinos (SSVP)?
*Você sabia que o cruzamento das Avenidas: Dom Pedro com São Paulo, havia uma nascente de água no período da colonização? Que naquela época os filhos do Zé do Óculos brincavam muito e tomavam banho por lá? José Luiz Batista conhecido por Zé do Óculos e sua esposa Esmeralda Vieira Batista, com 10 filhos, chegaram em Colíder EM 1982, e o Zé do Óculo foi o construtor do Hospital Ebenézer, do Dr Vilmar Stroher, posteriormente alguns de seus filhos foram funcionários do hospital.
*Que Oscar Luiz Crespim procedente de Ubiratã-PR, chegou em 11/06/1976, no Treze (Comunidade Boa Esperança), Gleba Nova Canaã, trouxe três filhos: Alda, Juciê e Ademir Oscar Crespim. Foi dono da 1ª venda, foi professor, atuava nas celebrações da igreja católica, e posteriormente mudou para a cidade e foi professor juntamente com José Afonso e João Ambrósio, foi compositor em parceria na letra que originou o Hino oficial do município. Composição através do concurso e adaptação de Evaldo Pereira Merim.
*Que o Vice prefeito de Colíder, na gestão 1969/92 deixou de o cargo para ser Juíz classista na Junta de Conciliação e Julgamento (atualmente Vara do Trabalho), a única instalada no norte de Mato Grosso naquela época? João Ricardo Ferreira, natural de Paraguaçu Paulista-SP, nascido em 14/07/1939, casado com Delvira de Carvalho Ferreira, filho de Alcides Ferreira e de Lázara Pastoril Ferreira, , procedente de Mariluz - PR., chegou em Colíder com seus quatro filhos: Vera Lúcia Ferreira , João Henrique Ferreira, Lucinei Aparecida Garcia, Alcides Luiz Ferreira, no ano 1974 onde por mais de 30 anos. Foi Presidente do Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Colíder, Vice-Prefeito, na Gestão 1989/92, do então Prefeito Evaldo Jorge Leite, e outros, vindo a falecer em 08/07/2005 na cidade de Juína MT., aos 65 anos, vítima de um infarto.
Hino de Colíder - MT
Salve, Salve ó linda Colidir Terra de
prosperidade e saber Pra grandeza desta
pátria brasileira Com certeza tu hás de vencer
Ó Colidir que tem traços de Menina Terra
grande de povo juvenil Tu estás destinada ao
crescimento Contribuindo na grandeza do Brasil
Refrão
Avante Colidir, avante Com teu povo audaz e
tão gentil Vamos trabalhar sempre unidos Para
grandeza do nosso Brasil
Sob o manto de teu céu celeste Por Deus tu
és abençoada Sua gente te ama eternamente
Em nosso peito já tens a morada
Torturada por ser vil e aventureiro Ficastes
livre por fim terra amada Em tua historia se
mostra coragem Pela luta tens a gloria alcançada
Refrão...
Tua rica fauna e tua flora São riquezas e
orgulho pro Brasil Tens o brilho das estrelas
reluzentes Que ornamentam o céu cor de anil
É por isso que amamos terra nossa Por
grandeza e abençoada que tu és Tens a tripla
aliança consagrada Natureza, Deus e homens como pés
MOÇA BONITA: Filha do Médico José Nunes Soares e da Professora Paulina Nunes Soares, Marcia Andréia Nunes Soares de 13 anos, jogadora de Vôlei, foi eleita rainha do esporte de Colider.
*Que Claudemir Basílio de Lima filho de Basílio e dona Zilda foi jogador com a camisa 8 do Esporte Clube Colína – ECCO primeiro time registrado de Colíder. O Pedrinho da Sorveteria foi o 1º Presidente.
*Você sabia que Osvaldo João Rizzo, procedente de Nova Londrina/PR, foi pioneiro na função de sonoplasta na, também pioneira Rádio Educadora AM?
A FRIEZA E A BRUTALIDADE DOS CRIMES PRATICADOS PELOS PISTOLEIROS
PROCURADO DA POLÍCIA: MATAVA E FAZIA PIADAS ENTRE COLEGAS
Agiu no período da colonização e ficou mais conhecido como “Zé Baiano”. Ele tinha o instinto assassino, vontade de matar alguém, e quando praticava o crime gabava-se em detalhes como fazia isso sem pesar os prós e contras e, obviamente, não percebia que aqueles atos não faziam sentidos. Afinal, além de contrariar seus princípios morais, sociais e religiosos, o risco de ser pego e o custo seriam muito grande. Fazia parte da lista dos procurado pela polícia brasileira. O mais temido entre todos. Disputavam entre si sobre quem seria o mais atroz dos assassinos.
Foi assassinado ali em frente o escritório da firma no bar do hotel Mundo Novo. com um tiro de espingarda no peito um de revólver na cabeça e mais três ou 4 tiros de revolver, Baiano estava com um revólver calibre 32 na bota e uma caixa de balas Zé Balbino foi atingido no pé e foi encaminhado para Cuiabá e o Chico do Banco (um visitante procedente do Paraná) foi atingido no braço. O povo “comentavam na época que os mascarados eram o Edivaldo e o Neném. ” Quando também alguém desfigurar o seu próximo, como ele fez, assim lhe será feito: Quebradura por quebradura, olho por olho, dente por dente; como ele tiver desfigurado a algum homem, assim se lhe fará. ” - Levítico 24:19,20
CADA UM COLHE AQUILO QUE SEMEIA:
Mexeu com a mulher de Pistoleiro, marido não gostou e o matou.
Os próprios companheiros mataram o Severino. Ele havia mexido com a mulher do Sebastião (Tião) uma moreninha que morava com eles os três trabalhavam juntos a mulher vivia com o Tião. O Severino se interessou por ela e passou a planejar o crime contra o companheiro. Severino empreitou Sebastião para o Toninho, mas Toninho era amigo do Tião e não teve coragem de mata-lo. No entanto, Severino ameaçou o Toninho dizendo: “se você não o matar eu vou matar você”. - Toninho ficou sem saída, prometido de morte, então saiu para a rua, encontrou Sebastião e contou toda a verdade. O marido da mulher não gostou, e juntou-se com Tião, ficaram de prontidão. Então saíram andando pela rua a procura de Severino que havia passado no bar tomado uma pinga com amargo e seguiu para dormir no Dormitório de um pernambucano (Pernambuco), então os dois colegas o encontraram (naquela época havia muitos terrenos baldios e ali serviam de esconderijo), e naquela noite assassinaram o Severino próximo ao armazém do português. A cidade era pacata, os tiros ecoaram. Além de 04 tiros desferiram 42 facadas, algumas transpassaram o corpo e o povo ficou amedrontado.
MALFEITOR DEDO-DURO DECRETA A PRÓPRIA SENTENÇA:
NÃO te indignes por causa dos malfeitores, nem tenhas inveja dos que praticam a iniquidade. Porque cedo serão ceifados como a erva, e murcharão como a verdura. Salmos 37- 1e 2.
Canário foi com a polícia do estado no barraco dos capangas e só encontraram a mulher (aquela pela qual Severino havia se interessado). O PM oficial perguntou: onde estão Tião e Toninho – não está respondeu – e Canário sugeriu ao PM dizendo: pega essa nega e mete o pau que ela conta onde estão os homens! O tenente respondeu: ela não tem nada com isso, não deve nada para a justiça. Os procurados escondidos no mato escutaram ao retornar para o barraco teve o ocorrido narrado pela mulher. Toninho havia comentado que iria derrubar o Canário. E a promessa se concretizou: Toninho matou Canário. Ele havia escapado de um atentado quando foi atingido por algumas facadas, recuperado da cirurgia passou um período sumido depois foi trabalhar de vigilante no hospital e numa certa noite voltava da rua quando entrou foi surpreendido pelos atiradores que o esperavam e foi atingido sem tempo de escapar, correu, mas não teve tempo de pegar sua arma guardada no quarto. Após os tiros os cangaceiros Sebastião e Toninho saíram com um pano amarrado cobrindo a cabeça e andando ligeiro rumo ao Córrego Jaracatiá e foram reconhecidos.
A MORTE DO FAZENDEIRO SEBASTIÃO LOURO DE LIMA E SEU EMPREGADO NIVALDO VENTURA
“Raimundo mandou sequestrar, torturar dopar, capar, cortar a língua e furar os olhos, matar, queimar enterrar e passar a máquina de esteira por cima.”
Segundo o livro “Colonização e Massacre” que, “as crianças estavam alegres com as apresentações e no palanque encontrava-se o colonizador, as autoridades e os convidados e foram aplaudidos pela população advinda das comunidades rurais”. Fonte: OLIVEIRA: Siloé
Após as comemorações de 07 de setembro de 1980 com a participação de autoridades estaduais e regionais nos desfiles com a presença maciça da população, entusiasmos e aplausos, logo que os aviões levantaram voo a caravana de Raimundo Costa Filho foi a fazenda do Sebastião Louro de Lima para executar o plano sinistro de sequestro e assassinato e assim ocorreu. Os policiais deram voz de prisão ao fazendeiro alegando ser ordem do Delegado e conduziu sob a mira de armas para o massacre, Louro e seu empregado Nivaldo Aventura (Mutum). “Felizmente que seu filho Urandir da Silva Lima havia saído momentos antes acompanhado por José Alves, para levar sal na espera (ceva de caça) e Mutum (Nivaldo aventura) havia retornado à casa minutos antes de onde estava olhando uma queimada. Urandi ao retornar observou tudo que ocorria escondendo como se pode, observou tudo, mas suportou calado.” Quando o bando saiu o rapaz, “seguiu por uma picada mais na frente, já na estrada, pegou uma carona e pode finalmente contar o ocorrido. Os trabalhadores chegaram para trabalhar no dia seguinte encontrou tudo parado e sem ninguém, imaginaram o ocorrido e a noticia correu a passos galopantes e a conclusão intuitiva, de que, Raimundo era o suspeito principal.” Posteriormente (todas as saídas vigiadas) Urandi viajou disfarçado e escondido como se pode para Cuiabá onde denunciou tudo com muita inspiração e sabedoria.
*Leia mais sobre o assassinato de Sebastião Louro de Lima no artigo de Elias Alves Aranha
A MORTE DO FAZENDEIRO SEBASTIÃO LOURO DE LIMA E SEU EMPREGADO NIVALDO AVENTURA...
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