"Tenho vergonha de não aparecer"

Escrito em 26/3

Sobre os provérbios "Nem tudo que reluz é ouro" e " As aparências enganam"

Não são todos que compreendem o que esses dois provérbios querem dizer, nem suas consequências. O modo de vida que nosso mundo tem levado condiz com o oposto dessas mensagens, já que levamos vidas boêmias e desenfreadas no consumo e simplórias no pensar.

Pensar que tudo que reluz é ouro parece se solidificar na conduta atual, assim, ficando mais difícil de desemplacar. Contudo, ao desenvolver da nosso civilização, ficou claro e remediável o decorrer desse pensamento. Ele só engana quem o acredita e gasta a essência.

Ao por o olhar e confiança em marcas de produtos, idealizamos a compra de algo incomparável, que supera nossas expectativas. Voltando à realidade, somente foi consumido salário em objetos com valor questionável e não pontuais.

Olhamos mais pra fora e menos para dentro, escondemos-nos e não somos sinceros. O credo capitalista se resume em: compre, consuma e seja feliz, mas esse desejo tem mais força em completar um vazio. Ao fazer isso, suas tristezas fugiriam e a felicidade viria de todos os olhares.

E essa ausência do "ter" nos faz querer "aparecer". A necessidade de ser aceitado socialmente não é adquirida ao obedecer preceitos estreitos ou deixando de pensar, mas sim obtendo afeto e conquistando valores mudando de dentro.

Dado o exposto, resta a nós aceitarmos os outros e a si. O que parecemos não é o que somos, não podemos deixar os outros apontar dedos e nos dizer como agir. As relações sociais distorcem a objetividade da realidade e de nosso consciente, distorcendo quem somos e quem queremos ser.