Sociopatia entre jovens e identidade
Ao abrirmos uma discussão com o acontecido em Suzano em 13 de março de 2019, nos deparamos com vários problemas sociais nas quais são relevantes, são discutidos, mas nunca tratados em sua essência.
Além da questão psicológica dos assassinos temos em vista a questão social e dados inúmeros motivos do que pode ter levado dois jovens a abrirem fogo contra outros jovens que nem ao menos tinha um convívio. Podemos identificar uma falta de identidade até mesmo por conta dos jovens que ao meu olhar critico distante da situação consigo vê-los como jovens totalmente perdidos em sua essência, em quem eram e quais os seus importantes objetivos para a vida em um contexto geral.
Para ter uma análise mais profunda a cerca de suas identidades, devemos ter um mínimo de conhecimento de quem eram esses jovens, sabendo que a mídia vai descrevê-los sempre com características de jovens que sofriam de alguma psique, levando ao público que trata-se de jovens sociopatas. Tendo em vista as investigações e argumentação da polícia e no grupo de jogos online que estavam inseridos podemos observar que trata-se de pessoas relativamente perturbadas que não estavam vivendo de forma comunitária, isoladas em seus submundos trazendo para sua realidade o mundo virtual.
No mundo virtual, aquele que criamos podemos ser quem desejamos ser e pouco nos importa a questão ética, o que queremos é ser reconhecidos e admirados pelo maior número de pessoas, criamos um anti-herói, aquele que é admirado exatamente por fazer aquilo que é contrario referente a ética, respeito aos direitos humanos e civis.
A identidade cultural na qual estamos inseridos atualmente é um cenário de violência, pois a desigualdade social que enfrentamos é um índice de aumento da violência e falta de oportunidades, falta de estrutura familiar e até mesmo não ter um auxílio de pessoas próximas que não vêem esse tipo de comportamento como anormal.
Além de trazer essa discussão para a atual realidade que enfrentamos devemos confrontá-la de forma a ter uma redução de possíveis ataques tão maiores ou em maior quantidade no futuro, é preciso abrir debates, acompanhamento psicológico por profissionais dentro de escolas, universidades e até mesmo ambiente de trabalho. Devemos dar uma atenção maior aquelas pessoas que estão sofrendo caladas.