A pena de morte no Brasil e no mundo
Volta e meia todas as vezes em que acontece um crime hediondo no Brasil a discussão sobre pena de morte é reiniciada e dado o calor do momento a maioria da população se torna favorável. Porém temos de analisar de todos os lados possíveis, visto que não trata-se apenas da condição psicológica ou biológica, mas em grande parte a relação social é contribuinte para que crimes continuem a acontecer.
O Brasil está em um dos cinco países mais desiguais do mundo segundo estudo de Centro da ONU. A conclusão é de estudo dos pesquisadores Pedro Guimarães e Marcelo Medeiros do Instituto de Pesquisa Econômica ( Ipea) .
Analisando esse contexto como podemos ser favoráveis a pena de morte contra aqueles que são vítimas do próprio sistema em que vivem? Eliminar o problema é não trabalhar políticas públicas para recuperação do individuo a sociedade é o de não ter responsabilidade em formar melhores cidadãos.
A pena de morte é um ato de vingança e não justiça social, nos colocando como vitímas queremos em verdade uma forma de vingança na qual desejamos que o criminoso apodreça na cadeia ou pague da mesma forma.
Contudo temos um sistema judiciário falho, na qual a pena de morte é apenas um modo de máscarar os nossos reais problemas sociais e quantos não seriam injustiçados com essa medida? Quantas leis não são cumpridas em um País onde a corrupção está no DNA de uma Nação?
A atual realidade na qual estamos vivendo em sociedade atualmente busca somente a solução mais simplória para os problemas sociais, e não cabe autoridades, poderes ou sociedade promover morte em detrimento de outras mortes. Visto que a pena de morte inserida já em alguns países não eximiu ou diminuiu relativamente os números de crimes hediondos.
Os países mais desenvolvidos e que trabalham melhor as suas políticas sociais são os que mais tem obtido melhores resultados contra crimes hediondos e demais violências que a sociedade de mode geral sofre.
A solução está em melhorar os trabalhos já executados e buscar inovar os métodos de ressocializar os indivíduos, prevenir ainda é melhor que combater.